Casas lotéricas de Mato Grosso do Sul recebem até as 13h de hoje os jogos da Mega Sena da Virada, com prêmio estimado pela Caixa Econômica Federal em R$ 200 milhões. Em Campo Grande, os estabelecimentos registraram aumento de até 50% na procura por apostas nos últimos dias. Além de registrar a tradicional fezinha, hoje é o último dia para pagar boletos bancários nas lotéricas, já que os bancos estarão fechados.
Na Lotérica Quina de Ouro, situada na Rua 14 de Julho, ontem de manhã o movimento estava tranquilo, mas de acordo com a gerente do estabelecimento, Kelby Cristina Devicari, na última semana dobrou o número de pessoas procurando o local para fazer apostas. "Como os jogos começaram em novembro, a maioria das pessoas que apostam em grupo dentro de suas empresas ou entre amigos, por exemplo, já fizeram os seus jogos. Agora a procura é principalmente de apostadores individuais", comentou.
Em outra casa lotérica da região central, a 13 de Maio, houve aumento de 30% no movimento. Somente na quarta-feira, o estabelecimento contabilizou 1.800 jogos, segundo informações da gerência. Ontem, também estava sendo registrada grande procura de clientes para pagar contas, em função do feriado bancário de hoje. Já a lotérica Sorte Grande, situada na Rua Marechal Rondon, a estimativa é que a cada 10 atendimentos realizados nos últimos dois dias, nove tenham sido somente para apostas na Mega Sena da Virada.
Sonhos
Sondados pela reportagem do Correio do Estado sobre o que fariam com tal bolada, apostadores de Campo Grande têm sonhos diferenciados. Se for contemplada com a sorte grande, a atendente Ana Aparecida Monteiro, 38 anos, já tem suas prioridades. "Primeiro, comprar uma casa, porque hoje moro de aluguel; além disso, garantir o sustento, os estudos e cursos para os meus seis filhos (de 18 a 2 anos de idade), que moram comigo", contou.
Já o empresário Cláudio Bosco Júnior, 27 anos, tem outros planos. "Eu não iria sair gastando. Aplicaria em algum fundo de investimento para ficar rendendo, claro que depois de escolher bem a opção", comentou.
O aposentado João Teixeira da Silva, 71 anos, afirmou que com essa bolada em mãos ajudaria a família e realizaria seus próprios sonhos, como viajar e adquirir uma chácara, mas também se preocupa com os menos favorecidos. "Nesse nosso país tem muita gente que não tem nada e poucos que têm muito, é injusto. Eu tentaria ajudar os menos favorecidos, quem sabe alguma instituição de caridade", disse.