No dia em que se comemora o Dia dos Professores (hoje), muitas são as dificuldades enfrentadas por esses profissionais no ambiente escolar. Porém, mesmo com todas as adversidades, é no amor à profissão que os professores encontram força e estímulo para continuarem na arte de lecionar, segundo reportagem na edição desta terça-feira (15) do jornal Correio do Estado.
Um dos principais pontos que atingem essa nobre profissão é, justamente, a desvalorização profissional. Diante desse quadro, o professor de Educação Física, Angelo Mendonça, cobra por políticas públicas realmente voltadas para a educação no País.
“Ainda tenho esperança que a educação venha a mudar no Brasil. Precisamos de mais valorização, a começar pelo salário”, comenta Mendonça, que há dez anos leciona na rede pública de ensino em Campo Grande.
“Aqui no Brasil se dá muito mais valor para outras profissões, sendo que os professores que formam os advogados, os juízes, os médicos e até os políticos”, completa. Como exemplo, ele lembra que um servidor público federal com ensino médio é melhor remunerado que um professor com pós graduação na rede pública de ensino.
Segundo a reportagem de Rafael Bueno, além da desvalorização profissional, outras situações também atingem a categoria: o desrespeito e a violência, que partem dos próprios alunos. Essa situação está levando profissionais ao afastamento por licença médica em decorrência de problemas psicológicos, bem como depressão, estresse, tristeza e baixo estima.
Para mudar esse cenário nas escolas, o doutor em Educação, Antônio Carlos do Nascimento Osório, acredita que a família precisa reassumir o papel de educadora em relação aos filhos. Porém, ao contrário disso, atualmente, os pais transferem essa responsabilidade aos professores.