Brasil

SEGURANÇA

8/1 muda patamar da segurança presidencial, com câmeras, vidros blindados e mais vigilantes

Devido ao ataque à Praça dos Três Poderes, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) implementou uma série de medidas para reforçar a segurança do Palácio do Planalto

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O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) implementou uma série de medidas para reforçar a segurança do Palácio do Planalto nos últimos dois anos. A motivação são os ataques à Praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023, episódio que mudou o patamar da preocupação com a segurança do local.

Responsável pela segurança do presidente da República e do vice, seus familiares e os palácios presidenciais, o GSI aumentou em 60% seu efetivo desde o ataque e ampliou de 68 para 534 câmeras de vigilância nesses locais - outras 174 devem ser colocadas, totalizando 708. O órgão aguarda recursos para blindar os vidros do prédio onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) trabalha.

No Palácio do Planalto, o número de câmeras de vigilância deve aumentar de 44 para 348. Dos 40 equipamentos com capacidade para reconhecimento facial, 23 ficarão no prédio. Um banco de dados com as imagens dos visitantes já está sendo abastecido há cerca de 15 dias.

O GSI deve nos próximos meses firmar convênios com os Estados para cruzar informações de bancos de dados de pessoas procuradas pela Justiça com as imagens captadas nas câmeras do Palácio do Planalto. Os palácios da Alvorada, do Jaburu, a Granja do Torto e os anexos presidenciais fazem parte do sistema de monitoramento.

A licitação para a instalação dos vidros blindados ainda não foi feita, mas os recursos federais já estão separados para a obra, segundo o ministro do GSI, Marco Antonio Amaro. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), de acordo com ele, autorizou a reforma.

"O que nos auxilia é uma ação orçamentária que nos possibilita recursos para melhorar as instalações, como, por exemplo, câmeras, blindagem de vidros, melhoria das guaritas, tirando de dentro do palácio a primeira inspeção feita aos visitantes, dando maior segurança. Além disso, aquisição de equipamentos antidrones. São medidas que se somam e melhoram a estrutura de segurança", declarou Amaro a jornalistas durante uma visita às instalações do GSI.

Questionado sobre por que a Praça dos Três Poderes têm vivido ataques como os do 8 de Janeiro e, mais recentemente, de explosões a bomba, Amaro atribuiu à arquitetura de Brasília a falta de segurança dos prédios públicos. Ele disse que a Esplanada não tem muros que impeçam pessoas de se aproximarem das autoridades.

"Vocês percebem que o Palácio do Planalto e outras sedes de Poderes foram construídos sem uma preocupação maior com segurança. A Praça dos Três Poderes (foi idealizada) como um espaço de manifestações democráticas. Às vezes essas grandes manifestações descambam para essa invasão das sedes dos Três Poderes", afirmou.

Além da falta de barreiras físicas para manter ameaças afastadas da Presidência da República, Amaro se queixa da proximidade com que carros trafegam na Via N1, no Eixo Monumental, avenida que separada o Palácio do Planalto da Praça dos Três Poderes.

Em 8 de janeiro de 2023, manifestantes bolsonaristas invadiram os prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto, causando estragos sobretudo nos dois últimos. A facilidade com que os invasores conseguiram destruir o patrimônio público levantou críticas aos órgãos de segurança, como o GSI.

O ministro foi perguntado se o GSI concluiu o processo de "desbolsonarização" de seus quadros - uma vez que a existência de militantes radicalizados no órgão foi motivo de desconfiança da Presidência da República no começo do atual mandato -, e afirmou que o GSI não tem mais tido problema com a partidarização de seus membros.

genial/quaest

Governo Lula termina 2024 com 52% de aprovação e 47% de desaprovação

O trabalho do presidente continua com a maior aprovação no Nordeste, ainda que tenha havido uma queda de 69% para 67%

11/12/2024 07h41

Na região Sul, o índice dos que aprovam o trabalho de Lula subiu quatro pontos porcentuais, passando de 42% para 46%

Na região Sul, o índice dos que aprovam o trabalho de Lula subiu quatro pontos porcentuais, passando de 42% para 46%

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A desaprovação ao trabalho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu dois pontos porcentuais, de 45% em outubro para 47% em dezembro, diz pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, 11. A aprovação oscilou um ponto para cima, de 51% para 52%, no mesmo intervalo. Não sabem ou não responderam 1% dos entrevistados, ante 4% no levantamento anterior.

O trabalho do presidente continua com a maior aprovação no Nordeste, ainda que tenha havido uma queda de 69% para 67%. O índice de nordestinos que desaprovam o trabalho de Lula subiu de 26% para 32%, enquanto os que não sabem ou não responderam caíram de 5% para 1%.

No Sudeste, os que aprovam o trabalho presidencial caíram um ponto, de 45% para 44%, enquanto os que desaprovam se mantiveram em 53%. Não sabem ou não responderam continuam em 3%.

No Sul, os que aprovam o trabalho de Lula subiram quatro pontos porcentuais, de 42% para 46%, enquanto os que desaprovam oscilaram de 53% para 52%. Não sabem ou não responderam se mantiveram em 2%.

Nas Regiões Centro-Oeste e Norte, pesquisadas de forma conjunta, os que aprovam o trabalho do presidente oscilaram 1 ponto porcentual para baixo, de 49% para 48%, e os que desaprovam subiram quatro pontos, de 46% para 50%. Não sabem ou não responderam 2%, ante 4% da Genial/Quaest de outubro.

Entre os Estados pesquisados (Bahia, Pernambuco, Minas Gerais, Paraná, São Paulo e Goiás), a maior aprovação do trabalho de Lula é entre os baianos, com 66%, ante 69% em outubro, enquanto a desaprovação foi de 29% para 33%. Em Pernambuco, houve a maior queda na aprovação, de 73% para 65%, e a desaprovação subiu de 27% para 33%.

Em São Paulo, a aprovação do trabalho de Lula caiu de 50% para 43%, enquanto a desaprovação subiu de 48% para 55%. No Paraná, a aprovação se manteve em 44% e a desaprovação caiu de 54% para 53%. Já em Goiás, a aprovação caiu de 49% para 41% e a desaprovação aumentou de 50% para 56%.

Renda familiar

Quando o critério é a renda familiar, Lula tem seu trabalho aprovado por 63% dos que ganham até dois salários mínimos, ante 62% em outubro. Nesta faixa, 32% o desaprovam ante 34% no levantamento anterior. Entre os que recebem de dois a cinco salários mínimos, a aprovação do trabalho do presidente caiu de 51% para 48% e a desaprovação subiu de 46% para 50%. Entre aqueles com renda superior a cinco salários mínimos, os que desaprovam (57% para 59%) superam os que aprovam (40% para 39%)

Gênero, faixa etária e religião

As mulheres aprovam mais o trabalho do presidente - 54% ante 55% em outubro - do que os homens - 49% ante 48%.

No recorte por faixa etária, o trabalho de Lula é mais aprovado por quem tem 60 anos ou mais - subiu de 49% para 57%. Nesta faixa, a desaprovação caiu de 48% para 40%. Entre os entrevistados de 16 a 34 anos, a aprovação caiu de 53% para 48% e a desaprovação subiu de 43% para 50%. Na faixa dos 35 a 59 anos, os que aprovam foram de 51% para 52% e os que desaprovam de 45% para 46%.

Já 56% dos evangélicos desaprovam o trabalho de Lula, ante 55% em outubro, e 42% aprovam, ante 41%. Entre os católicos, 56% aprovam, ante 54% da última sondagem, e 42% desaprovam, mesmo índice do levantamento de outubro.

Ficha técnica

A Genial/Quaest entrevistou 8.598 brasileiros de 16 anos ou mais entre 4 e 9 de dezembro. A margem de erro é de 1 ponto porcentual e o nível de confiabilidade, de 95%.
 

bom velhinho

Camboriú veste Papai Noel de verde e amarelo e gera polêmica

A escolha das cores tem sido interpretada por internautas como tentativa de associar a imagem natalina a um apoio velado ao grupo político do ex-presidente Jair Bolsonaro

11/12/2024 07h30

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A decoração de Natal de Balneário Camboriú, no litoral de Santa Catarina, gerou debate político nas redes sociais depois que a prefeitura substituiu as cores tradicionais do Papai Noel por verde e amarelo.

A escolha das cores tem sido interpretada por internautas como uma tentativa de associar a imagem natalina a um apoio velado ao grupo político do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A cidade é conhecida por ser um dos redutos eleitorais do ex-presidente, tendo registrado ampla votação em sua candidatura.

O atual prefeito do município catarinense é Fabrício Oliveira, do PL. Em nota, a prefeitura disse que o conceito da decoração "busca simbolizar prosperidade e exclusividade".

O monumento em verde e amarelo foi erguido na praça Almirante Tamandaré, na Praia Central, uma das principais da cidade.

A figura aparece em vídeos divulgados no perfil oficial da prefeitura, que também mostram outras representações do Papai Noel nas cores tradicionais no local. Segundo o município, as cores foram escolhidas para transmitir valores associados ao potencial turístico da cidade e ao resgate de memórias infantis.

Por causa da nova roupagem, internautas apelidaram o boneco natalino de "Papai Noel patriota".

Um usuário da rede social X (ex-Twitter) disse que o bom velhinho vestido como "um autêntico patriota" é ridículo.
Outros elogiaram: "Eu amei esse Papai Noel patriota. Sem o vermelho ficou lindo".

Em 2022, mesmo derrotado pelo presidente Lula (PT), o então candidato à reeleição Jair Bolsonaro obteve 74,5% dos votos válidos em Balneário Camboriú.

Considerado um dos principais polos bolsonaristas, o município elegeu em outubro como vereador mais votado o filho mais novo do ex-presidente, Jair Renan Bolsonaro, 26, também do PL.

Em julho, a cidade sediou o evento CPAC Brasil (Conservative Political Action Conference), cúpula da direita radical sul-americana que contou com a participação do presidente da Argentina, Javier Milei, e do ex-candidato à presidência do Chile,

José António Kast, derrotado por Gabriel Boric em 2021, além do próprio Bolsonaro.
Também participaram o filho do ex-presidente, deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL).

A cor vermelha tradicionalmente usada nas decorações natalinas também foi substituída no shopping Beiramar, na capital Florianópolis. Imagens que circulam na internet mostram um Papai Noel usando roupas nas cores branca e dourado, e internautas questionaram se haveria razões políticas.

Em comunicado, o shopping negou a relação com questões partidárias. "Toda a decoração, assim como a comunicação da campanha Doce Natal, segue a paleta de cores candy, que tem a predominância de cores suaves, delicadas, em tons pastéis", afirmou o shopping que disse estar tomando medidas legais para combater as fake news.

(Informações da Folhapress)

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