Cidades

Violência

Líder sem-terra é morto
em região de chacina no Pará

Líder sem-terra é morto
em região de chacina no Pará

Folhapress

09/07/2017 - 19h00
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Rosenilton Pereira de Almeida, 44, uma das lideranças de um acampamento sem-terra em Pau D'Arco (867 km ao sul de Belém) foi assassinada na noite de sexta-feira (7) em Rio Maria, cidade a 60 km do assentamento.

O local já havia sido palco de outro episódio violento em 24 de maio, quando uma ação conjunta de 29 policiais deixou dez mortos no acampamento na Fazenda Santa Lúcia.

Desde então, cerca de 200 famílias deixaram o assentamento e montaram uma nova ocupação próxima dali -na divisa do terreno da fazenda com um assentamento do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). Rosenilton era uma das lideranças no novo acampamento.

De acordo com José Batista, advogado da Comissão Pastoral da Terra (CPT) que atua na região, Rosenilton vinha sofrendo ameaças. "Dois dias antes de sua morte, ele foi procurado por pessoas desconhecidas no acampamento. Por isso, decidiu sair de lá e ir para Rio Maria", disse à reportagem.
Rosenilton foi assassinado por volta das 22h após sair de uma igreja em Rio Maria. Segundo a Polícia Civil, ele seguia de moto para sua residência na cidade quando foi atingido a tiros pelo garupa de outra moto.

A polícia não tem ainda indícios da autoria ou da motivação do crime. Batista afirma que a CPT vem pressionando as autoridades locais para esclarecer se o crime tem ligação com a chacina em Pau D'Arco.

"Nós sabemos que foi uma execução. Agora é necessário esclarecer as causas e quem encomendou", disse Batista.

A assessoria da Polícia Civil informou ainda que Rosenilton vive em Rio Maria com sua mulher e uma enteada, que já prestaram depoimento. Ele tem filhos e atua na ocupação da Fazenda Santa Lúcia. Os filhos, porém, ainda não foram localizados.

Segundo Batista, o procurador-geral de Justiça do Pará irá ao local para acompanhar as investigações sobre o assassinato de Rosenilton e sobre a chacina.

A morte dos dez camponeses está sendo analisada em quatro frentes de investigação: Ministério Público, Polícia Civil, Polícia Federal e corregedorias das polícias Civil e Militar. Nenhum dos inquéritos foi concluído.

O Ministério Público do Estado, contudo, já descarta a tese de confronto, defendida pela polícia. Os 21 PMs e oito policiais civis envolvidos no caso foram afastados de suas atividades.

Entidades de direitos humanos atribuíram o assassinato de Rosenilton à "omissão do governo federal e do governo do Pará em relação ao massacre de Pau D'Arco" e acusam "o poder do latifúndio na região, que, mesmo após a visibilidade com o massacre, segue fazendo vítimas entre aqueles que ousam lutar pelo direito à terra".

O texto é assinado pela CPT, Justiça Global, Comitê Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos e Terra de Direitos. Segundo a CPT, entre 1995 e 2010 foram registrados 408 casos de conflitos por terras no Pará. Foram 61 vítimas no total e apenas 15 casos foram levados a julgamento, com 24 condenados.

A reportagem não conseguiu contato com a Secretaria de Segurança Pública do Pará e com o Ministério Público do Estado neste domingo (9).

Cidades

Governo do Estado coloca porto de Murtinho a venda por R$ 16,6 milhões

Todo o terreno soma cerca de 50 mil metros quadrados, localizadas na área urbana de Porto Murtinho, à margem do Rio Paraguai

13/12/2024 18h00

Porto de Murtinho

Porto de Murtinho Arquivo

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O Governo do Estado colocou as áreas e a estrutura de equipamentos do Terminal Portuário de Porto Murtinho à venda por R$ 16,6 milhões. O anúncio foi realizado por meio do Diário Oficial, publicado nesta sexta-feira (13).

Conforme o edital, os interessados na compra poderão apresentar lances entre os dias 20 e 27 de janeiro de 2025. Estão inclusas no pacote, ao todo, três áreas. Todo o terreno soma cerca de 50 mil metros quadrados, localizadas na área urbana de Porto Murtinho, à margem do Rio Paraguai.

Entre a lista de equipamentos inclusos, constam balanças, plataformas, compressores de ar, elevador, correias para transporte de produtos para embarque ou desembarcados. No total, todo o terminal soma o valor de R$ 16,665 milhões.

Incialmente, o complexo seria concedido ao setor privado, contudo, o poder Executivo optou por reavaliar o cenário, após a retomada do processo.

Agência federal aprova a "privatização" da hidrovia do Rio Paraguai

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) aprovou ontem (12) e encaminhou a modelagem da concessão da hidrovia do Rio Paraguai para o Ministério de Portos e Aeroportos.

O processo prevê a “privatização” da hidrovia e, assim, atribui ao ganhador da licitação a responsabilidade pela remoção dos bancos de areia que atrapalham o transporte, principalmente, de minério de ferro.

De acordo com a Antaq, a análise do Ministério será necessária para que seja verificado se o modelo proposto para a concessão da hidrovia está de acordo com as políticas públicas estabelecidas para o setor hidroviário nacional.

“Após a verificação do MPor [Ministério de Portos e Aeroportos], será aberta audiência e consulta pública para obtenção de contribuições, subsídios e sugestões voltadas ao aprimoramento da modelagem e dos documentos propostos”, explicou a Antaq, em nota.

Cidades

Denúncia diz que candidata usa fotos 'fake' para enganar a justiça

Fotos enviadas pela própria candidata, apontam que ela não estava no município onde dizia realizar a campanha eleitoral; as imagens também incluíam pessoas do círculo pessoal de Daniella

13/12/2024 17h47

Denúncia diz que candidata usa fotos 'fake' para enganar a justiça

Denúncia diz que candidata usa fotos 'fake' para enganar a justiça Reprodução

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A candidata Daniella Rodrigues de Oliveira, do Partido Republicanos, está no centro de uma polêmica em Rio Verde de Mato Grosso (MS), após ser acusada de envolver-se em uma candidatura fictícia nas últimas eleições.

O caso ganhou um novo capítulo quando, em sua defesa, Daniella apresentou uma série de fotos, alegando comprovar sua participação em atos de campanha. De acordo com a denúncia protocolada pelo advogado Dr. Lindomar Martins, responsável pela acusação, as fotos entregues pela candidata foram tiradas em Campo Grande, cidade onde Daniella reside, e não em Rio Verde de Mato Grosso, onde ela dizia realizar a campanha eleitoral. 

As imagens também incluíam pessoas do círculo pessoal de Daniella, levantando suspeitas de que o material foi criado com o intuito de enganar a Justiça Eleitoral. A análise pericial das fotos revelou indícios claros de que os atos de campanha foram simulados em locais que não condizem com a dinâmica de uma eleição real.

“O esforço coordenado para induzir o juiz ao erro é evidente. As imagens mostram locais e pessoas que não têm relação com a campanha de uma candidata em Rio Verde de Mato Grosso”, afirmou Dr. Lindomar Martins.

Além das provas fotográficas questionadas, a denúncia inicial já apontava diversas irregularidades envolvendo o uso de recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC). 

A ação destaca que Daniella recebeu R$ 2,5 mil em recursos do FEFC, mas não distribuiu material de campanha conforme exigido. Parte do valor foi destinada ao pagamento de seu próprio pai, Atanagildo Ferreira de Oliveira, no valor de R$ 500, com a acusação de que ele foi contratado com o único objetivo de “zerar a conta” e evitar a devolução do saldo ao Tesouro Nacional. 

O processo ainda aponta que Atanagildo, eleitor em Campo Grande, não teria se envolvido em nenhuma atividade de campanha, o que pode ser considerado como fraude. Outros R$2 mil foram destinados a uma contratada, Dara Cristina Pereira, residente também da Capital. 

A acusação sustenta que a contratação de Dara não tinha base em sua experiência ou capacidade para o cargo, sugerindo que ela foi escolhida apenas para dar uma aparência de legalidade à operação.

O caso ainda revela que Daniella Rodrigues de Oliveira não possuía domicílio eleitoral em Rio Verde de Mato Grosso até as vésperas do prazo de filiação, algo que contraria as regras para a candidatura. 

Por fim, foi apontado que Daniella ocupava cargos em outras entidades, como vice-presidente da Comissão Organizadora da II Conferência Municipal de Esporte e Lazer em Rio Verde, mas foi exonerada de suas funções pouco antes do prazo final para a transferência de filiação partidária. 

A Federação de Judô de Mato Grosso do Sul, onde ela exerce a função de diretora de secretaria, também questionou sua mudança repentina para Rio Verde, sugerindo que sua candidatura seria uma estratégia para atender à cota de gênero, sem a real intenção de concorrer ao cargo de vereadora.

O caso está sob análise do juiz eleitoral Rafael Mateucci Cássia, caso seja comprovadas as fraudes, Daniella Rodrigues poderá enfrentar severas sanções, incluindo a cassação de sua candidatura, além de possíveis penalidades eleitorais e criminais. 

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