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Marcelinho Carioca é suspeito de "esconder" resort para fugir de dívida

Marcelinho Carioca é suspeito de "esconder" resort para fugir de dívida

Folhapress

03/10/2017 - 13h30
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Marcelinho Carioca, 46, um dos maiores ídolos da história do Corinthians, teve sua carreira de jogador marcada por polêmicas. Agora, aposentado dos gramados, não consegue ficar longe delas.

O ex-craque é alvo de ação na Justiça de São Paulo na qual é acusado de ocultar patrimônio -entre eles um resort no interior paulista- em nome de "laranjas" para tentar escapar de credores.

O imbróglio jurídico foi parar no Superior Tribunal de Justiça, que pediu investigação para penhorar os bens.

Esse processo contra Marcelinho -há pelo menos outros dez, por motivos variados- é movido pelo escritório de advocacia L. Coelho e J. Morello Advogados, que representou o ex-jogador entre 2000 e 2005 e que cobra honorários não pagos por ele.

A Justiça paulista já deu ganho de causa ao escritório e, no final de 2013, condenou o ex-craque ao pagamento de dívida que supera R$ 1 milhão, em valores atuais.

Como Marcelinho não pagou a dívida e não tem bens em seu nome para serem tomados, os credores contrataram um escritório especializado para investigá-lo.

Os advogados levantaram documentos para apontar que o Resort Sports Hotelaria, um hotel construído na área rural de Atibaia (a 60 km da capital), pertence a Marcelinho -embora registrado em nome de outras pessoas jurídicas.

O ex-jogador já assinou, na condição de responsável pelo estabelecimento, documentos de ajustamento de conduta por danos ambientais e de parcelamento de IPTU.

Em depoimento à polícia, Ubiraci da Costa Cardoso, 47, ex-empresário de Marcelinho, disse ser dono do resort no papel, mas que, na verdade, era só um "laranja" do ex-craque.

Ele afirmou que entre 2009 e 2010 emprestou o nome para a abertura de empresa "em decorrência de problemas que ele [Marcelinho] tinha com membros de sua família, bem como dois casamentos frustrados, não podendo ter nada registrado em seu nome".

"Disse-me que seria por um período curto de três meses. Acreditando na sua palavra, acabei 'emprestando' meu nome e a empresa fora aberta em meu nome e no nome de minha genitora, a qual inclusive na época tinha aneurisma cerebral", declarou Cardoso, em junho de 2014.

O empresário havia procurado a polícia ao descobrir, segundo ele, dívidas trabalhistas de ex-funcionários do resort, inclusive com sentença de execução, além de falsificações de assinaturas dele em documentos do hotel.

Marcelinho hoje é secretário de Esportes de Ubatuba. Tentou se eleger vereador em São Paulo pelo PRB na última eleição, mas não conseguiu –recebeu 12.602 votos. Neste ano, foi para o Podemos.

A defesa do ex-craque diz que o resort está em nome de empresa da família e que Marcelinho só empresta seu nome para promover o local.

BRASÍLIA
A disputa foi parar nos tribunais de Brasília porque a Justiça de São Paulo disse que o hotel não poderia ser penhorado por não estar oficialmente no nome de Marcelo Pereira Surcin (nome de batismo de Marcelinho).

Consultados por meio de recurso especial, os ministros do STJ decidiram em agosto, por unanimidade, que a Justiça paulista deve abrir investigação para verificar se o resort pertence ao jogador –para que seja penhorado, mesmo sem estar no nome dele.

"O Poder Judiciário não pode ignorar o que qualquer jogador do Clube Atlético Penapolense sabe", disse Fábio Gentile, do escritório BGR, sobre a equipe do interior hospedada no local em 2014.

O ex-jogador do Corinthians afirma abertamente aos hóspedes do resort que é o proprietário do espaço.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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