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‘Tenho uma visão totalmente alinhada à do ministro Queiroga’, diz Dr. Rosana

A cirurgiã foi nomeada para o cargo de secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19

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A médica cirurgiã Rosana Leite de Melo foi nomeada nesta quinta-feira (17) como secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde.  

Anteriormente ela atuava como diretora-presidente do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS), em Campo Grande, que é referência no tratamento de pacientes com a doença no Estado.

Ao Correio do Estado, a secretária afirmou que tem uma visão totalmente alinhada com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.  

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Além disso, ela adiantou que a experiência a frente do Hospital Regional lhe deu embasamento necessário de como é o comportamento da doença e de como enfrentá-la. 

"Quando entrei para gerir o Hospital, pouco tempo depois a pandemia chegou ao país. Foi um susto para todo mundo, pois se tratava de uma doença nova e estávamos buscando formas de enfrentá-las. No entanto, hoje já aprendemos muito e essa minha experiência que eu irei levar até Brasília para implementar", relatou Leite.

A secretária especial também adiantou que a ideia é trabalhar em três frentes para conter o avanço da pandemia no país.  

O primeiro, segundo ela, já havia sido implementado pela doutora Luana Araujo - que acabou não assumindo o cargo por pressão da base aliada do presidente Jair Bolsonaro.  

A ideia é fazer testagem em massa, como em outros países, para isolar infectados e, com isso, conter a disseminação do vírus.  

“Nós vivemos muitas pandemias, pois a doença se comporta de forma diferente em diversas regiões do país. Portanto, temos que identificar onde e quando pode ser que aconteça uma terceira onda, por exemplo. Esse fato foi feito em sucesso em outros países, mas aqui nunca conseguimos implementar esse sistema”, disse.

Ainda de acordo com Melo, a segunda etapa já ocorre quando o paciente já está infectado. 

“No hospital devemos realizar o melhor tratamento possível para os pacientes e para reduzirmos o número de mortos. Tivemos boas experiências no Hospital Regional e, essa expertise, pretendo implementá-las agora na Secretaria", salientou.  

Já na terceira fase, a doutora afirmou que ocorreu após recuperação do paciente infectado com a Covid-19.  

"Sabemos que a doença traz sequelas graves a muitos pacientes após recuperados dela. Por esse motivo, a ideia é acompanhar esse paciente e fazer o tratamento adequado para que ele se recupere dessas enfermidades, ou mesmo que elas sejam amenizadas", frisou Melo.

“Tratamento precoce”

Um assunto polêmico que gerou muita demora para implementação definitiva da Secretaria Especial é o chamado “tratamento precoce”, defendido pelo presidente Bolsonaro e sua base aliada.  

Porém, assim como já afirmou o ministro Queiroga na CPI da Covid, a médica afirmou que ainda não existe nenhum fármaco que evite, ou minimize, as infecções do novo coronavírus. 

“Esse assunto é superado, pois infelizmente não temos nenhum retroviral, até quando o paciente está internado, para o tratamento da doença. O que temos realmente é a vacinação, na qual pretendemos vacinar todos os brasileiros até o fim deste ano”, exemplificou.

Currículo

Rosana Leite de Melo é cirurgiã de cabeça e pescoço e servidora pública federal desde 2003. No mesmo ano, começou a trabalhar no HRMS e em 2014, começou a atuar como professora do curso de medicina da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).

De 2017 até agosto de 2019, Leite era coordenadora-geral de residências em saúde no Ministério da Educação (MEC).  

A cirurgiã afirmou que foi convidada a sair do MEC por divergências políticas com o então ministro da Educação, Abraham Weintraub.

Em 6 de novembro de 2019, meses antes do início da pandemia, assumiu a presidência do HRMS.

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Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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