A Estação de Tratamento de Água (ETA) de Paranaíba foi inundada pelo transbordo da calha do rio Santana de Paranaíba, na manhã de ontem (5), devido ao grande volume de água, interrompendo o abastecimento na cidade de 38 mil habitantes, localizada a 370 km da Capital. Hoje o fornecimento ainda continuava com problemas.
Bairros mais próximos à ETA já tiveram o fornecimento suspenso e, segundo informou o diretor da Sanesul, José Carlos Barbosa, ao site Perfilnews, caminhões-pipas já estão levando água para a população que não tem reserva doméstica.
O prefeito de Paranaíba, José Garcia de Freitas, o Zé Braquiara, afirmou que a expectativa é de que em dois dias a situação esteja normalizada. “Só temos que aguardar o nível do rio abaixar, para retomar o abastecimento. Mas a prefeitura, a Sanesul e os bombeiros vão levar água onde faltar”, afirmou.
Para ele, a suspensão do abastecimento público não vai afetar a festa de Carnaval, que começou quinta-feira e vai até terça-feira, com a expectativa de atrair 140 mil turistas. “Água não vai faltar. Nossa festa está linda e vai continuar”, garantiu, apesar de também já ter sido registrado muito estrago na zona rural, com queda de pontes de madeira. O prefeito não soube precisar quantas caíram porque as equipes estão circulando e alguns lugares estão inacessíveis.
Com a inundação, máquinas de captação e do laboratório de tratamento teriam sido atingidas, porém foi realizada operação emergencial, com sucção da água, evitando avarias permanentes.
A estação de captação e tratamento fica ao lado da margem do rio. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, a chuva na região não tem dado trégua, provocando alagamentos nos bairros mais periféricos. Ontem, o volume de água que desceu da região da Cassilândia aumentou, provocando a inundação do rio Santana.
A ponte sobre o rio, na BR-158, e que dá acesso na ligação entre Aparecida do Taboado e Paranaíba está praticamente encoberta por uma fina camada de água, mas o trânsito no local ainda não foi prejudicado. A Polícia Rodoviária Federal (PRF).
O mesmo incidente foi registrado em março do ano passado, quando a cidade ficou sem água tratada do sistema da Sanesul, por três dias, e o fornecimento foi realizado por caminhões pipas, com água retirada de dois poços desativados, e até por carros do Corpo de Bombeiros. A situação só não foi mais crítica porque muitas residências contam com poços semi-artesianos ou poços comuns e a solidariedade entre vizinhos proporcionou a distribuição de água.
Braquiara disse que a localização da ETA provoca riscos, mas é uma situação demuitos anos. “E temos que considerar que na de quarta para quinta choveu 260mm na região. O rio não agüenta este volume”, explicou.