Cidades

PROJETO DE LEI

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Abrir as escolas sem estrutura é um erro, dizem doutores em Educação

Especialistas dizem que retorno ao presencial não resolve o problema

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Especialistas concordam que a educação é atividade essencial, mas o projeto de lei aprovado na terça-feira (20) pela Câmara dos Deputados, que proíbe o fechamento de escolas e não oferece um suporte adequado para o retorno, não resolve o problema que se arrasta desde o início da pandemia.

O texto, que segue para apreciação e votação no Senado, coloca nas mãos dos pais a decisão de mandar os filhos para as aulas presenciais. 

Quem preferir manter os estudantes em casa teria direito a fazer atividades. 

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

A doutora em Educação Ângela Maria Acosta comenta que, na rede particular, o retorno às atividades já foi autorizado desde o fim do último ano letivo. 

O problema é a rede pública. Nela, nem todas as crianças têm acesso a smartphones e internet para acompanhar os conteúdos. 

Ainda que busquem exercícios impressos, o suporte do professor é oferecido por aplicativos.

“Eu acho que a escola deveria ser considerada atividade essencial desde o começo. O sistema público está folgado, esperando sempre o semestre que vem para fazer alguma coisa e não faz nada. Era para ter aumentado o número de salas, aumentado os espaços abertos nas escolas”, afirmou Ângela.

Contudo, também é preciso oferecer segurança às famílias. “Primeira coisa: vacinar todos os professores e funcionários dos estabelecimentos de ensino. Segunda: disponibilizar testes para identificar os alunos que por ventura apresentarem algum sintoma [de Covid-19], no sentido de promover o isolamento e evitar o contágio dentro da sala de aula”.

Houve até uma emenda no projeto de lei que condicionava o retorno às atividades escolares à vacinação em massa dos trabalhadores da educação, porém, foi derrubada. 

O texto prevê a possibilidade de fechamento, mas seguindo critérios científicos, e não se sabe como isso será interpretado.

“A própria Organização Mundial da Saúde disse que as escolas têm que abrir. As crianças estão sofrendo. Quem está confinado pode estar sofrendo abuso sexual, violência sem o escape, sem ninguém para ouvi-los”, disse a doutora em Educação.

Para Ângela, mesmo quando a situação epidemiológica permitir o retorno às aulas, nada poderá ser como antes.

“Já prepararam a escola? Temos salas que podem abrir com menos alunos? Campo Grande agora disse que vai esperar até agosto, mas nesse ínterim não estão fazendo nada”, opinou ao Correio do Estado.

O doutor em Educação Antônio Osório também se posiciona contrário ao projeto. “Acho que o oportunismo vai tomar conta. Quais as condições para que as escolas abram? É cômodo normatizar sem se preocupar com as condições de quem vai, por exemplo, de transporte coletivo”, disse ao Correio do Estado.

TEXTO

Dos oito parlamentares que compõem a bancada sul-mato-grossense, três se posicionaram favoráveis à medida.

São eles: Loester Trutis (PSL), Beto Pereira (PSDB) e Luiz Ovando (PSL). Os demais representantes do Estado na Casa – Dagoberto Nogueira (PDT), Fábio Trad (PSD), Rose Modesto (PSDB), Bia Cavassa (PSDB) e Vander Loubet (PT) – foram contra.

De autoria de Paula Belmonte (Cidadania-DF), o projeto vale para situações de emergência e calamidade pública. A suspensão das aulas só é reconhecida “em condições sanitárias aferidas com base em critérios técnicos e científicos devidamente publicizados”.

Embora a pandemia da Covid-19 seja a principal impulsionadora da ideia do projeto de lei, ele vale para situações semelhantes no futuro, para que as escolas sempre sigam abertas.

Em Mato Grosso do Sul, policiais e membros das forças de segurança, que estavam no mesmo grupo dos profissionais da educação, passaram na frente e foram vacinados, já que estão diariamente nas ruas expostos à doença.

Centros como São Paulo já deram início à vacinação dos professores, mas, no Estado, a meta é iniciar quando chegarem imunizantes suficientes para garantir ao menos a primeira dose a todos.

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Prazos

Mais de 68 mil pessoas poderão concluir o processo de obtenção da CNH até 31 de dezembro em MS

Os processos para retirada da CNH, que foram prorrogados por mais 12 meses, foram interrompidos em 2019

18/04/2024 18h26

Foto: Rachid Waqued

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De acordo com a deliberação nº271/2023, todos os processos de habilitação ativos até dezembro de 2023 tiveram o prazo de conclusão ampliado para 31 de dezembro de 2024.

De acordo com o levantamento do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), mostra que 8,6 mil processos estão parados na etapa de agendamento teórico, enquanto  12,6 mil na etapa de agendamento do exame prático de duas rodas. 

Ainda de acordo com o departamento de trânsito, 14,3 mil veículos estão na fase de agendamento prático de quatro rodas.Os demais são alunos que se encontram na fase de exames de saúde e ainda não chegaram na etapa de aulas.

O aviso do Detran é para as pessoas que ainda tem interesse em dar andamento ao processo procurem os seus respectivos CFC (Centro de Formação de Condutores) e não deixem para fazer isso perto do prazo expirar.

Ainda segundo o órgão, uma notificação eletrônica será encaminhada para os cidadãos que se qualificarem para a prorrogação. O alerta será enviado ao e-mail cadastrado no sistema durante a inscrição. Não haverá necessidade de efetuar novos pagamentos ou emissões de novas guias.

 

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"Vacina no braço"

Casos de Síndrome Aguda Respiratoria Grave aumentam em Campo Grande

Conforme o boletim da InfoGripe divulgado nesta quinta-feira (18) os casos de síndrome gripais aumentaram na Capital; a recomendação é que os grupos prioritários tomem vacina

18/04/2024 18h15

Os indicativos correspondem a semana Epidemiológica (SE-15), entre os dias 7 e 13 de abril, considerando dados dispostos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Campo Grande está entre outras 19 Capitais que apresentaram aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), conforme boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (18), pela Fiocruz. 

 O relatório apontou que aumentou o número de pessoas internadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), de Influenza A (vírus da gripe) e o vírus respiratório (VSR).

"Na presente atualização observa-se que 19 das 27 capitais apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas 6 semanas) até a semana 15: Aracajú (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Manaus (AM), Palmas (TO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA) e São Paulo (SP)", indica o relatório.

Divulgação InfoGripe

A Covid-19 segue em queda e em alguns Estados permanece em níveis baixos de incidência. Os dados apontam que a disseminação da Síndrome Respiratória Aguda Grave, de Influenza A e o vírus respiratório para as próximas semanas em 19 Estados e Mato Grosso do Sul pode apresentar aumento nas próximas semanas. 

Os indicativos correspondem a semana Epidemiológica (SE-15), entre os dias 7 e 13 de abril, considerando dados dispostos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

Segundo o pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, para impedir o crescimento dos casos o público alvo deve procurar a unidade de saúde mais próxima e tomar a vacina contra a influenza. 

“Para o vírus da gripe, a gente conta com vacina e campanha de vacinação em todo o país. Então quem é grupo de risco, deve buscar o posto de saúde para se vacinar. A vacina da gripe, tal qual a vacina da Covid, têm como foco diminuir o risco de agravamento de um resfriado, que pode acabar desencadeando uma internação e até, eventualmente, uma morte. Ou seja, a vacina é simplesmente fundamental. Em relação ao VSR, a rede privada tem uma vacina já disponível para idosos, que também é muito importante, já que embora o risco do VSR seja muito maior nas crianças pequenas, a gente também observa internações nos idosos”, explica Marcelo Gomes.

A recomendação do pesquisador para pessoas que apresentem sintomas gripais usem máscara de qualidade as recomendadas são: N95, KN95, PFF2; no caso de sair de casa para procurar atendimento médico em unidades de saúde. 

Veja outros Estados com tendência de aumento da Síndrome Respiratória Aguda Grave:

  •  Acre;
  • Alagoas;
  • Amazonas;
  • Bahia;
  • Ceará;
  • Distrito Federal;
  • Goiás;
  • Maranhão;
  • Minas Gerais;
  • Pará;
  • Paraíba;
  • Paraná;
  •  Pernambuco;
  • Rio Grande do Norte
  • Rio Grande do Sul;
  • Rio de Janeiro;
  • Santa Catarina;
  • Sergipe;
  • São Paulo;
  • Tocantins;

Nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul a incidência de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave em decorrência da Covid-19 apresenta queda. 

No país

Somente em 2024, óbitos ligados a SRAG foram registrados  2.322 óbitos, sendo 1.411 (60,8%)
com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 728 (31,4%) negativos, e ao
menos 78 (3,4%) aguardam resultado.

Casos positivos

  • 12,3% Influenza A;
  •  0,1% Influenza B;
  •  3,1% vírus sincicialrespiratório (VSR);
  •  81,7% SARS-CoV-2 (COVID-19);

 

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