Com “Dia D” de combate ao Aedes aegypti, ações e atividades de combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya serão intensificadas neste sábado (21), em Campo Grande.
Vistorias em residências serão realizadas para eliminação de depósitos e criadouros do inseto na região do Bairro Estrela do Sul. Serão aproximadamente 100 agentes comunitários atuando no serviço, que se prolonga até a manhã de domingo.
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As equipes de agentes irão se encontrar na Escola Estadual Arthur Vasconcellos Dias, junto ao Corpo de Bombeiros para iniciar as visitas nos imóveis do bairro, com apoio de militares para alcançar áreas de difícil acesso e proceder a busca de locais abandonados e piscinas sem tratamento.
De acordo com a Prefeitura, cerca de seis mil imóveis entre residências, terrenos baldios, construções abandonadas e outros pontos que poderão ser constatados no momento deverão ser vistoriados.
A ação conta ainda com o apoio da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), para que todos os objetos inservíveis que forem descartados pelos servidores sejam recolhidos em sequência.
Na identificação dos depósitos, os agentes irão recolhê-los e acionarão a equipe da secretaria. A população deve estar ciente de que não pode eliminar esses resíduos nas ruas de suas residências, visto que a retirada dos resíduos só será realizada se a equipe que estiver trabalhando no local for acionada.
Atividades complementares
A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) implementou medidas para diminuir o número de criadouros do Aedes aegypti nas regiões em que há um índice elevado de infestação pelo mosquito, como é o caso do Bairro Iracy Coelho, em que ocorrerá o mutirão do “Cidade Limpa” nos próximos dias.
Durante a próxima semana, o serviço será realizado no Bairro Tiradentes. Segundo a Prefeitura, no mês seguinte será iniciada a soltura de mosquitos do Método Wolbachia, da World Mosquito Program/Fiocruz, em que a bactéria wolbachia junto ao Aedes aegypti reforçará as atividades de combate ao inseto, nos Bairros Guanandi, Tijuca, Lageado, Centenário, Coophavilla 2, Aero Rancho e Jardim Batistão.
Levantamento
Nesta semana, foi divulgado o Levantamento de Infestação Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), o qual aponta que Campo Grande está em alerta para um surto de doenças causadas pelo inseto, visto que 1% dos imóveis vistoriados na capital possuía focos do mosquito.
O Ministério da Saúde considera como índice satisfatório que a quantidade de locais visitados que contém criadouros do inseto seja de até 0,9% do total.
A dengue é a doença mais comum provocada pelo Aedes aegypti, e conforme a Prefeitura, mais de 19 mil notificações foram feitas neste ano, sendo quase 12,5 mil delas confirmadas, com sete óbitos desde o início de 2020.
Em fevereiro, devido ao crescimento exponencial da dengue, a Prefeitura começou as ações do “Mosquito Zero”, que se estendeu até abril e resultou no impedimento de avanços dos casos da doença.
Mais uma atividade como essa será realizada até dezembro, para impossibilitar a elevação do número de pessoas infectadas já no início do próximo ano.