Cidades

JULGAMENTO

Acusados pela morte do menino Bernardo vão a júri popular

O corpo do menino foi localizado em uma cova em um matagal

Folhapress

13/08/2015 - 16h52
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Os quatro acusados pela morte e ocultação do corpo do menino Bernardo Boldrini, 11, ocorrida em abril de 2014, serão julgados por júri popular. A decisão é do juiz Marcos Luís Agostini e foi proferida na manhã desta quinta-feira (13).

Após denúncia do Ministério Público, Leandro Boldrini (pai do menino) e Graciele Ugulini (madrasta) respondem pelos crimes de homicídio quadruplamente qualificado -e Boldrini responde ainda por falsidade ideológica. Edelvânia Wirganovicz é acusada de homicídio triplamente qualificado e o irmão dela, Evandro, de homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.

Na sentença, o juiz afirma que há prova de materialidade e indícios suficientes de autoria em relação aos quatro réus para que eles sejam levados a júri popular. Cabe recurso.

Segundo a assessoria do TJ-RS, o magistrado levou em consideração a Constituição e o Código Penal em sua decisão -crimes dolosos contra a vida podem ser levados a júri popular.

A Folha entrou em contato com a defesa de Leandro Boldrini, mas não obteve resposta. A reportagem tentou contato com as defesas de Graciele Ugulini e de Edelvânia Wirganovicz, sem sucesso.

Bernardo morava em Três Passos (RS) com o pai, a madrasta e a meia irmã quando desapareceu, em 4 de abril de 2014. Dez dias depois, o corpo foi localizado em uma cova em um matagal na cidade de Frederico Westphalen, a 80 km de Três Passos.

Caso Bernardo Boldrini

No mesmo dia, a polícia prendeu o pai e a madrasta de Bernardo, além de Edelvânia, por suspeita de participação no crime. Foi Edelvânia quem indicou o local do corpo e admitiu o crime.

A perícia ainda apontou presença do medicamento sedativo midazolam no corpo do menino.
"Diante da prova produzida nos autos e os fundamentos apontados na presente decisão, não se pode afastar, de plano, a intenção de matar", afirmou o magistrado na decisão.

O juiz também levou em conta outros elementos, como imagens da câmera de segurança que registraram, no dia do crime, Graciele e Edelvânia saindo de carro com Bernardo e voltando sozinhas; conversas interceptadas entre as acusadas após o fato, nas quais combinam declarações que serão dadas à polícia; a compra do medicamento, cavadeira, pá e soda cáustica, que teriam sido utilizadas para abrir a cova e tentar dissolver o corpo do garoto.

Em relação à participação do pai, o juiz mencionou a forma hostil como o acusado tratava o filho, demonstrada em vídeos feitos com celular. Todas as teses das defesas foram rejeitadas pelo juiz.
Ainda não há data definida para o julgamento.

CÂMARA

Vereadores derrubam veto da Prefeitura sobre repasse de R$8,7 mi a entidades sociais

Os vereadores garantiram, em votação, a destinação dos repasses às instituições

22/05/2025 16h15

Vereadores criticaram o veto a Projeto de Lei

Vereadores criticaram o veto a Projeto de Lei Divulgação/CMCG

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Os vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande derrubaram o veto da do Poder Executivo ao Projeto de Lei nº 11.736/25, garantindo a destinação de R$8,7 milhões a entidades assistenciais e de saúde. O Projeto de Lei institui o Plano de Aplicação de Recursos do Fundo de Investimentos Sociais e o veto foi derrubado por unanimidade durante a sessão ordinária desta quinta-feira (22). 

Os vereadores mostraram indignação com o indeferimento do Projeto e ressaltaram a importância do trabalho das pessoas do Terceiro Setor, além de defenderem o aumento nos valores que precisam ser repassados às instituições. 

Os recursos auxiliam os trabalhos desenvolvidos por instituições que atendem crianças e adolescentes, pessoas com deficiência, famílias que estão em situação de vulnerabilidade, hospitais, unidades de saúde e de tratamentos. 

O presidente da Câmara, o vereador Epaminondas Neto, o Papy, ressaltou que “a Câmara tem um compromisso com o Terceiro Setor, que presta um serviço para a população que o município não consegue atender. Então, não tem como esse prejuízo ficar para as instituições e a Câmara defende esse interesse”. 

Para ele, a derrubada do veto não é uma forma de ‘bater de frente’ com o Executivo, mas uma forma de defender a posição da casa de leis, para que haja uma solução para esse pagamento. 

O projeto de lei aprovado na Câmara garante que cada vereador possa destinar R$300 mil para instituições, sendo R$150 mil para entidades da área de assistência social e outros R$150 mil para a área da saúde, recursos estes que estão previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA).

Com a derrubada do veto, a proposta com as emendas será expedida pelo presidente Papy e se torna lei. 

Instituições

Representantes de várias instituições sociais estiveram presentes para acompanhar a votação. Para a presidente da Associação Sul-Mato-Grossense de Amparo à Criança e ao Adolescente, Meire Pasquini, as emendas têm um valor fundamental para a entidade, pois elas garantem que o trabalho continue. 

“A expectativa quanto ao trabalho dos vereadores foi atendida, especialmente no que diz respeito à importância das emendas destinadas à nossa instituição. Estou muito feliz, pois foi essencial a derrubada do veto para que a gente possa dar continuidade ao nosso trabalho. Nós que estamos na ponta, lidando diretamente com a população, muitas vezes não conseguimos contar com o apoio do Poder Público Municipal. Por isso, essas emendas têm um valor fundamental — são elas que nos permitem manter nossas atividades funcionando”, ressaltou. A entidade atende 70 crianças.

Veto

De acordo com a prefeitura, a justificativa foi de que “o veto é medida que se impõe e tem como diretriz o ajuste fiscal, com objetivo de promover o equilíbrio entre receita e despesa, priorizando obras e serviços em andamento em detrimento de novos investimentos”. 
 

Tráfico

MS: Comboio de 4 caminhonetes de luxo é interceptado com R$ 16 milhões em cocaína

Volume interceptado é de 217 quilos de cocaína; droga estava em modelos com Hilux, S10 e Toro

22/05/2025 15h29

Droga foi apreendida na entrada de Campo Grande, na BR-060

Droga foi apreendida na entrada de Campo Grande, na BR-060 Divulgação/PF

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A Polícia Federal apreendeu 217 quilos de cocaína nesta quinta-feira (22), na BR-060, entre as cidades de Sidrolândia e Campo Grande. A droga vinha da cidade de Ponta Porã e tinha como destino a capital de Mato Grosso do Sul.

Um comboio de caminhonetes levava o entorpecente para Campo Grande. Ao todo, seis pessoas foram presas em flagrante pelos policiais federais.

O “prêmio” pelo transporte da droga seria entre R$ 10 mil e R$ 15 mil. Conforme a Polícia Federal, a cocaína estava embalada com a mesma marca, indicando possível origem comum.

Tabela usada por algumas polícias para avaliar o valor aproximado das apreensões indica que a cocaína retida com o comboio pode valer mais de R$ 16 milhões.

Campana

Os agentes federais receberam informações de que um grande comboio estava a caminho de Campo Grande. A ação de fiscalização ocorreu na BR-060, saída para Sidrolândia.

O trabalho de inteligência e a análise das informações foram essenciais para a interceptação do comboio, informou a Polícia Federal.

A droga estava escondida em compartimentos ocultos, como caixas de roda, tanques de combustível e estruturas atrás dos bancos. “Em alguns casos, foi necessário o corte da lataria dos veículos para acesso aos entorpecentes”, informou a PF.

Foram apreendidos quatro veículos: uma Fiat Toro, duas caminhonetes Hilux e uma caminhonete S10.

Corumbá

Mais cedo, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 2,4 kg de cocaína em Corumbá (MS).

A droga estava com um passageiro de carro de aplicativo. Em vistoria à bagagem dele, foi encontrado um fundo falso, onde havia uma "placa" de cloridrato de cocaína.

O homem disse que iria de Corumbá até Bonito e não deu mais informações sobre o transporte da droga. Ele foi preso e encaminhado à Polícia Civil em Corumbá.

 

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