Cidades

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Adolescentes desafiam regras e brigam para continuar no trabalho

Adolescentes desafiam regras e brigam para continuar no trabalho

Redação

23/02/2010 - 04h03
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grupo de adolescentes conversa animadamente. Se não fossem os trajes sujos e o assunto, seria apenas mais um grupo como outro qualquer. O tema é o material reciclável e a ação dos funcionários que trabalham no lixão. “Mas esse povo só atrapalha a gente, isso quando não tomam os ganchos e ainda dão uns tapas”, reclama Clayton. O jovem mente dizendo que tem 15 anos, e logo é corrigido por um comprador. “Fala a verdade, você tem só 12”. A entrada de crianças e adolescentes é proibida no local, e de acordo com os funcionários, a ordem é não deixar que menores trabalhem. “É para protegê-los, mas não conseguimos controlar todo mundo, e eles entram mesmo”, explica um dos funcionários da prefeitura, que prefere não se identificar. Para ele, deveria deixar que eles continuassem. “É melhor do que eles ficarem por aí roubando”, fala. Este tipo de proibição faz com que jovens como Clayton sintam medo de não conseguir mais catar lixo. “Muitos ajudam os pais ou mesmo sustentam a casa com o dinheiro do lixo e por causa da lei os funcionários tomam os ganchos deles”, explica o mesmo comprador. Clayton trabalha em grupo com Marcos, 17, e Adriano, 15. Recolhendo cerca uma tonelada, cada um chega a ganhar R$ 1,5 mil mensalmente. “Não vou achar serviço melhor que no lixo”, conta. Ele acredita que se não fossem os guardas, conseguiria ganhar muito mais do que isso. Trabalho Os bags (sacos) estão cheios e os plásticos e materiais que podem ser comercializados precisam ser separados para render mais. Os meninos parecem não se importar com o mau cheiro ou com os restos de comida misturados. Sem luvas ou qualquer outro tipo de proteção, eles param e comem salgados sentados em volta do material coletado durante a noite. Uma cena chocante para muitos, mas considerada normal ali. “Não tem onde lavar a mão, e nem compensa, vai sujar de novo”, explica Marcos. Entre eles, não há discussões sobre meninas, planos, sonhos ou internet. Os assuntos da moda não interessam a eles e sim aquilo que gera dinheiro. “Sem dinheiro, não vamos a lugar nenhum. Como vamos ter as coisas sem dinheiro?”, questionam. Para os meninos do “garimpo do lixo”, sonho mesmo é conseguir comprar os próprios pertences sem ter que recorrer ao crime. “Eu trabalho e ganho igual a gente grande e quero ser tratado como adulto, o resto não me interessa muito”, finaliza Clayton, dizendo que não quer mais conversar com a reportagem. (LBC)

Campo Grande

Alta demanda faz com que vacina da dengue esgote em 17 unidades de saúde

Público foi ampliado na última quinta-feira para pessoas de 4 a 59 anos; saiba quais unidades não possuem mais doses da vacina

17/01/2025 08h45

Divulgação: Sesau

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A Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (Sesau) ampliou para pessoas de 4 a 59 anos o público apto a vacinar contra a dengue. A medida foi bem recebida pela população, e 17 unidades da Capital já estão sem estoque. Além disso, as unidades que ainda tem doses disponíveis estão com poucas doses restantes.

"A Sesau esclarece que é natural que as doses se esgotem ao final de uma campanha temporária, especialmente considerando a alta procura da população. É importante ressaltar que o movimento atípico observado nesta quinta-feira desde cedo nas unidades de saúde se deve a essa procura pela imunização", disse a pasta, em nota.

Segundo a Sesau, o objetivo da ação era evitar o desperdício das vacinas, que estavam prestes a vencer,.

"Com isso, a comunidade respondeu com grande engajamento, com apoio da imprensa, demonstrando compromisso com a saúde pública", acrescenta.

Para essa campanha temporária, foram disponibilizadas 3.139 doses para os novos públicos. Todos que se vacinaram já têm garantido a segunda dose do esquema vacinal após completarem o período de três meses entre a primeira e a segunda dose.

A Secretaria reforça que as vacinas são seguras e protegem contra os sorotipos da dengue que estão em circulação no município. A previsão é que todas as doses sejam finalizadas ainda nesta quinta-feira, nas unidades de saúde, como já ocorre em várias delas.

Até o momento, as unidades que já estão esgotadas as doses são:

  • Seminário
  • São Francisco
  • Paradiso
  • Cox
  • Nova Bahia
  • Mata do Jacinto
  • Noroeste
  • Estrela Dalva
  • Marabá
  • Alves Pereira
  • Silva Regina
  • Cristo Redentor
  • Caiçara
  • Vila Fernanda
  • Portal Caiobá
  • Três Barras
  • Ana Maria do Couto

A Sesau destaca que, apesar do esgotamento das doses destinadas à campanha temporária, a cidade ainda conta com cerca de 16 mil doses em estoque. Estas doses são destinadas ao público inicial da campanha de 10 a 14 anos de idade, conforme o plano de vacinação definido pelo Ministério da Saúde e pelo Estado, e não fazem parte da atual ação temporária.

"A Secretaria Municipal de Saúde continua monitorando a situação e reitera a importância da vacinação para o controle da dengue. A adesão da população foi fundamental para o sucesso desta ação de saúde pública, e a Sesau agradece a todos que participaram", conclui nota.

Esquema vacinal e eficácia

A vacinação contra a dengue é realizada em duas doses, com intervalo de três meses entre uma dose e outra. A eficácia da vacina é garantida apenas com o esquema completo. A Sesau lembra que, para garantir a proteção total, é essencial que a população complete as duas doses.

Orientações à população

A vacinação foi disponibilizada inicialmente nas 74 Unidades de Saúde da Família de Campo Grande, durante o horário de funcionamento das unidades. A população deve seguir as seguintes orientações:

  • Menores de idade (4 a 17 anos) devem estar acompanhados de um responsável legal e com documento de identificação.
  • Adultos devem levar um documento de identificação com foto. Se possível, apresentar a carteirinha de vacinação, embora ela não seja obrigatória.
  • O intervalo entre as doses é de três meses, sendo importante que as pessoas que já tomaram a primeira dose retornem para completar o esquema.

Contraindicações da vacina

  • Indivíduos menores de 4 anos e maiores de 59 anos.
  • Pessoas com histórico de anafilaxia ou reação alérgica à substância ativa ou a qualquer excipiente da vacina.
  • Indivíduos com imunodeficiência ou em uso de terapias imunossupressoras.
  • Gestantes e lactantes.

Dados de dengue em Campo Grande

Em 2024, Campo Grande registrou mais de 12.000 casos notificados de dengue, com um óbito associado à doença. Em 2025, já foram notificados 119 casos, o que destaca a necessidade urgente de ações preventivas.

VAN DA ENERGIA SOLAR

PRF descobre 657 kg de cocaína na rota predileta do narcotráfico

Carregamento foi interceptado na BR-158, próximo a Paranaíba, a mais de 700 quilômetros das fronteiras da Bolívia e do Paraguai

17/01/2025 08h11

Cocaína apreendida na BR-158 poderia render em torno de R$ 120 milhões se chegasse à Eropa o Ásia

Cocaína apreendida na BR-158 poderia render em torno de R$ 120 milhões se chegasse à Eropa o Ásia

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Um carregamento de 657 quilos de cocaína foi interceptado por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nesta quinta-feira (16) na BR-158, próximo a Paranaíba, na região nordeste de Mato Grosso do Sul, onde as descobertas de grandes carregamentos viraram rotina nos últimos anos. 

Diferentemente do que normalmente ocorre, desta vez a droga não estava em um caminhão, mas em um  compartimento oculto de uma van que supostamente estava transportando placas de energia solar. 

A descoberta, segundo nota divulgada pela assessoria da PRF, ocorreu depois que os patrulheiros solicitaram nota fiscal das placas. Como o motorista não apresentou a documentação, o veículo passou por uma vistoria mais detalhada e a droga foi descoberta, informou a nota.

Os policiais tiveram de pedir ajuda de bombeiros para conseguir acessar uma espécie de parede secundária no interior da carroceria da van. O motorista, cuja identidade não foi revelada, foi entregue à Polícia Civil de Paranaíba. 

A nota da PRF não informou a suposta origem e também não faz menção sobre o provável destino do carregamento, o maior do ano interceptado em Mato Grosso do Sul. Porém, segundo informações do site jornaltribunalivre, a van saiu de Mato Grosso e tinha como destino o estado de São Paulo. 

Apesar de a cidade de Paranaíba ficar a cerca de 700 quilômetros de distância das fronteiras do Paraguai e da Bolívia, a região se caracteriza pelas grandes apreensões de cocaína nos últimos anos feitas pela PRF no Estado. 

Em 2023, por exemplo, foram pelo menos oito grandes interceptações na mesma região, sendo aquele posto responsável por cerca de 25% das dez toneladas de cocaína interceptadas naquele ano pela corporação em Mato Grosso do Sul. 

Conforme investigações da PRF, boa parte da cocaína apreendida na região entra no Brasil pelo estado vizinho de Mato Grosso, na fronteira com a Bolívia e normalmente segue para o porto de Santos, de onde é enviada para a Ásia ou a Europa. 

A PRF não estimou o valor do carregamento interceptado nesta quinta-feira, mas de acordo com estimativas feitas em apreensões anteriores, a van que supostamente transportava placas de energia solar levava cocaína que renderia em torno de R$ 120 milhões, caso chegasse à Europa. 

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