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TARIFA

Agência atrasa redução do preço do pedágio há 2 meses

Valor reduzido deveria ter começado a valer no dia 14 de setembro, mas ANTT questiona dados

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Confrontando parecer da área técnica, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) afirma que as novas tarifas do pedágio da BR-163 não precisam ser aplicadas na data de aniversário do início da cobrança (14 de setembro), protelando por até 52 dias que os usuários paguem em média 53,94% a menos para usar a rodovia, que está com as obras de duplicação paradas desde abril de 2017.  

Essa demora na definição ocorre pela primeira vez desde a concessão, em 2014, e na única vez em que a área técnica da autarquia recomendou que o pedágio fosse reduzido em virtude do descumprimento do contrato de concessão pela CCR MSVia. Nos anos anteriores, os valores que elevaram a tarifa foram aplicados no dia 14 de setembro.

No ano passado, no dia 13 de setembro, foi publicada no Diário Oficial da União a Deliberação nº 700/2018, que definiu os valores que estão em vigor. Em 2017, no dia 11 de setembro, foi publicada resolução da autarquia com aumento médio de 6,96%. No dia 13 de setembro de 2016, foi autorizado o reajuste médio de 8,74% pela ANTT, por meio da Resolução 5.183, publicada no Diário Oficial da União.

Com o processo de revisão tarifária e reajuste aberto desde o dia 4 de abril, a diretoria da ANTT até nesta sexta-feira (25) ainda não havia definido sobre a aplicação da redução da tarifa. Na praça de Mundo Novo, a diminuição pode chegar a 60,78%, caindo dos atuais R$ 5,10 para R$ 2,00 a serem pagos por carro de passeio. Na praça de Campo Grande, o valor vai cair de R$ 7,80 para R$ 3,90.

De acordo com o sistema eletrônico da agência, desde as 15h27min do dia 11 de outubro o processo sobre o novo valor da tarifa está com o diretor Marcelo Vinaud, que foi escolhido relator três dias antes (8 de outubro) por meio de sorteio. Ele é responsável por agendar a análise do processo na reunião da diretoria, que ocorre todas as terças-feiras. Por estar nesse estágio, o processo foi classificado de acesso restrito no mês passado, sendo impossível à população acessar as informações. 

MAIS 52 DIAS

Sem estar agendado para análise na próxima reunião da diretoria, marcada para o dia 29, o processo da concessionária CCR MSVia só pode ser apreciado no dia 5 de novembro. Mas ainda não há a confirmação que seja nesta data. Até esse dia serão 52 dias, período em que os usuários poderiam pagar menos para usar o serviço.

Ao ser questionada, esta semana, sobre o porquê da demora na definição dos valores do pedágio, a ANTT informou que “não há como adiantarmos informações sobre reajuste nem sobre a deliberação da diretoria, uma vez que esta depende de avaliação de relatório da área técnica de rodovia da agência. E também não existe obrigatoriedade de o reajuste ser exatamente no dia de aniversário da concessão, mas o reajuste sempre é perto desta data. O resultado dessa deliberação precisa ser publicado no DOU”.

Só que esta afirmação é contraditória ao item 16 do Ofício Circular 863/2019, encaminhado aos diretores da agência no dia 9 de setembro, no qual é afirmado: “A vigência dos efeitos financeiros dessas revisões está inicialmente prevista para 14 de setembro de 2019, sendo que o atraso na concessão da revisão/reajuste deste ano caberá ser reequilibrado na próxima revisão ordinária”. Na prática, a gerente de Gestão Econômico-Financeira de Rodovias, Mirian Ramos Quebaud, e o superintendente de Exploração da Infraestrutura Rodoviária, Marcelo Alcides dos Santos, reconhecem que as novas tarifas com redução deveriam valer a partir de 14 de setembro e sua não aplicação nesta data vai gerar consequências em 2020 para a concessionária, entretanto, já gera para o motorista, que continua pagando mais pelo pedágio.    

O documento também detalha como ficará a tarifa de pedágio em cada uma das nove praças, explicando os porcentuais da redução e os arredondamentos nos valores para facilitar o troco. Posteriormente, foi elaborada a minuta para os diretores deliberarem sobre a redução.

Enquanto o usuário continua pagando o valor maior sem direito a ressarcimento, a ANTT usa como parâmetro a data de aniversário para aplicar punição ou conceder direitos à concessionária.

Com o risco de caducidade de contrato, a duplicação da BR-163 deve demorar, pelo menos, um ano e meio para ser retomada. Este é o período estimado para trâmite do processo de licitação para que uma nova empresa assuma a administração da rodovia, que atualmente está sob responsabilidade da CCR MSVia.

A concessionária abandonou a obra há mais de dois anos, após ter pedido de revisão do contrato negado. Desde então, a empresa faz apenas a manutenção do trecho.

De 2016 até junho deste ano, a MSVia arrecadou R$ 994,1 milhões com pedágio. Foram R$ 291,8 milhões em 2016; R$ 269,3 milhões em 2017; R$ 293,6 milhões no ano passado; e R$ 139,3 milhões no primeiro semestre deste ano.

CONTA ERRADA

Reportagem publicada pelo Correio do Estado no dia 2 de setembro mostrou que a redução no valor da tarifa de pedágio cobrada pela CCR MSVia na BR-163 deveria ter sido aplicada desde setembro de 2016, em vez da diminuição de 54,27% prevista para ser aplicada de uma vez este ano, de acordo com a ANTT. Nota técnica da autarquia considera que houve erros nos cálculos da tarifa, apontando que em 2016 não foi aplicado o porcentual de redução de 2,44% no cálculo da tarifa; outros 9,53% em 2017; e mais 24,03% no ano passado. Esses índices estão relacionados com o fato de a concessionária deixar de duplicar a rodovia e não fazer obras de melhorias.

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Pai e filho são presos por roubarem e sequestrarem idoso em MS

Um dos suspeitos já estava sendo monitorado por tornozeleira eletrônica, mas havia instalado dois bloqueadores de sinal para dificultar o monitoramento pela AGEPEN

20/03/2025 17h00

Pai e filho são presos por roubarem e sequestrarem idoso em MS

Pai e filho são presos por roubarem e sequestrarem idoso em MS Divulgação

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Três homens, incluindo pai e filho, foram presos por envolvimento em um roubo cometido contra um idoso de 66 anos no município de Miranda, ocorrido na noite do dia 18 de março de 2025.

Na ocasião, os homens invadiram uma conveniência em Miranda, onde, além de subtrair jóias e outros pertences da vítima, mantiveram o idoso sob ameaça, utilizando uma arma de fogo. Após tomar conhecimento do crime, o DRACCO iniciou as investigações para identificar os responsáveis, recuperar os objetos roubados e apreender a arma usada no crime.

A operação contou com a troca de informações entre as equipes do DRACCO e as Polícias Civil e Militar de Bonito. Após diligências, os policiais identificaram três suspeitos: I.P.O. (50), líder do grupo, seu filho W.F.O.L. (26) e J.S.R.J. (34).

Já na tarde da última quarta-feira (19), o líder do grupo foi localizado enquanto se deslocava para Campo Grande, dirigindo um veículo GM/Onix de cor prata. Durante a busca no veículo, os policiais encontraram as jóias roubadas, que foram prontamente reconhecidas pela vítima.

Além disso, foi constatado que o suspeito estava sendo monitorado por tornozeleira eletrônica, mas havia instalado dois bloqueadores de sinal para dificultar o monitoramento pela AGEPEN/MS.

Dando continuidade às investigações, policiais civis e militares de Bonito conseguiram prender W.F.O.L. e J.S.R.J. e apreenderam a arma usada no crime um revólver calibre .38 além de roupas e outros objetos relacionados ao crime.

Os três suspeitos foram autuados em flagrante pelos crimes de roubo contra pessoa idosa, com as qualificadoras de concurso de agentes, emprego de arma de fogo e restrição da liberdade da vítima. Vale ressaltar que tanto I.P.O. quanto seu filho W.F.O.L. possuem passagens na polícia, por crimes como roubos e extorsão mediante sequestro.

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Polícia indicia "falsa biomédica" que deformou paciente em Campo Grande

A suspeita, que não possui nível superior, foi investigada após quatro mulheres que passaram por procedimentos estéticos irem parar no hospital, e uma delas ficar com deformidades

20/03/2025 15h33

Crédito: Freepik

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Uma mulher de 27 anos, que atendia pacientes se passando por biomédica e esteticista e levou pacientes a diversas internações após o atendimento, foi indiciada pela Polícia Civil de Campo Grande.

A investigação teve início quando quatro mulheres que foram atendidas pela suspeita, que atuava em um espaço de coworking, apresentaram sintomas graves após um tratamento estético de preenchimento labial em setembro de 2024.

A suspeita sequer possui formação superior e, ainda assim, se apresentava para as clientes como biomédica e esteticista.

Para se ter ideia, depois de realizar o procedimento, as vítimas foram parar no hospital, passaram por atendimento médico e, em um dos casos, uma paciente precisou ser submetida a uma traqueostomia.

Os laudos do Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol) indicaram que, ocorreram lesões de natureza gravíssima, já que uma vítima acabou com deformidade permanente na região da mandíbula em decorrência de fibrose.

Investigação

Policiais da Segunda Delegacia de Polícia (2ª DP) apreenderam, na residência da investigada, medicamentos de uso estético que só podem ser utilizados por profissionais formados em medicina, odontologia e biomedicina.

Além disso, a medicação não estava armazenada da maneira indicada. Outro ponto é que os produtos não possuíam registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e foram importados ilegalmente.

Na casa da “falsa biomédica”, a equipe localizou um diploma de estética falsificado em nome de uma faculdade de Campo Grande, o que, segundo a investigação, foi utilizado para induzir os pacientes ao erro, já que confiavam na suposta formação técnica da profissional.

Ao analisarem o certificado, os peritos constataram que o documento era falso.

Com isso, a Polícia Civil acionou a Justiça, que proibiu a mulher de continuar atuando como esteticista. A suspeita foi indiciada por lesão corporal de natureza gravíssima, uso de produto medicinal sem registro na Anvisa, indução do consumidor a erro e uso de documento falso.

O próximo passo fica a cargo do Ministério Público, que definirá por quais crimes ela será denunciada. Para se ter ideia, somando apenas as penas mínimas dos delitos cometidos, a reclusão ultrapassa dez anos e pode chegar a mais de 25 anos no máximo.

“São, em geral, métodos invasivos, com injeção de medicação além da derme”, explica a delegada que atuou no caso, Bárbara Alves. “São procedimentos caros, então o interessado deve sempre desconfiar de preços muito promocionais e pesquisar antes se o profissional possui registro no conselho de sua categoria”, alertou a Polícia Civil.

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