Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg) estabeleceu medidas para que a Águas Guariroba adote medidas de ampliação do sistema de abastecimento de água e realize intervenções imediatas para amenizar os problemas com a falta d'água em Campo Grande.
Conforme resolução publicada nesta quinta-feira (8) no Diário Oficial do Município, as condições climáticas da Capital nos últimos dias, que enfrentou longos períodos de estiagem e umidade abaixo de 20%, afetam drasticamente os sistemas produtores de água, causando vazão dos mananciais e, consequentemente, redução da capacidade de produção.
Na publicação, assinada pelo diretor-presidente da Agereg, Vinícius Leite Campos, consta que esta situação não é inédita e vem se repetindo ano a ano, já sendo previsível o impacto direto no fornecimento de água.
Isto porque as temperaturas elevadas aumentam significativamente o consumo, enquanto a estiagem reduz substancialmente a vazão das captações subterrâneas e superficiais.
Segundo a Agereg, a capacidade de produção atual do Sistema de Abastecimento de Água (SAA) não é suficiente para abastecer a população durante os períodos de estiagem.
Em outubro do ano passado também houve desabastecimento e foi requisitado que a Águas elaborasse um plano de ação objetivando antecipar investimentos necessários no sistema de abastecimento, tendo em vista que a falta de água do ano passado já trazia indícios de que a situação se repetiria neste ano.
No entanto, segundo a agência reguladora, os investimentos não foram suficientes e as informações prestadas pela concessionária “têm sido insuficientes e incompletas”.
Na resolução, a Agereg requer o início imediato de obras de perfuração de poços nas regiões mais críticas, como forma de amenizar o comprometimento no fornecimento de águas para a população.
Também é estabelecido que, até abril de 2021, a concessionária amplie a capacidade de produção do sistema de abastecimento de água, em pelo menos 8 l/s.
Em até 30 dias, a Águas deverá disponibilizar modelo de simulação hidráulica do sistema de abastecimento, contemplando sistemas de produção e distribuição de água.
No mesmo prazo, devem ser apresentados indicadores operacionais para o monitoramento do sistema a curto, médio e longo prazo.
Correio do Estado entrou em contato com a assessoria de imprensa da Águas Guariroba para saber se as medidas serão adotadas, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.