Cidades

MATO GROSSO DO SUL

Agência Estadual de Metrologia dá destinação sustentável a produtos apreendidos

Brinquedos e artigos escolares serão reutilizados

RAFAEL RIBEIRO

11/08/2019 - 17h37
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A AEM/MS (Agência Estadual de Metrologia de Mato Grosso do Sul), órgão vinculado à Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) e delegado do Inmetro realizou no mês de julho a destinação sustentável de produtos apreendidos entre os anos de 2014 e 2018, em caráter definitivo, com processos devidamente encerrados e que deveriam ser destruídos por não poderem ser utilizados.

Entre os produtos apreendidos pela AEM/MS e que terão nova destinação estão brinquedos, artigos escolares, produtos de EPI, materiais eletrônicos, produtos automotivos, copos plásticos descartáveis, pneus, retalhos de amostras têxteis, embalagens de álcool, isqueiros e fósforos.

Todo esse material apreendido foi devidamente descaracterizado, inutilizado ou destruído e entregue à Associação dos recicladores de eletroeletrônico de Campo Grande (RECIC.LE), que deverá dar a destinação sustentável e ambientalmente adequada, conforme prevê a legislação. O processo de destruição foi acompanhado por uma comissão de servidores da AEM/MS especialmente designada e ocorreu na própria sede da AEM/MS, nos dias 15, 17 e 26 de julho.

“A Agência tem a atribuição de fiscalizar e, quando necessário, apreender produtos e instrumentos irregulares no comércio, como brinquedos e eletrônicos sem o selo de identificação da conformidade. Muitos desses produtos apresentam risco à saúde da população. A Portaria INMETRO nº 070/14 e demais legislações pertinentes estabelecem que eles sejam destruídos após a sua tramitação processual”, lembra Nilton Rodrigues, diretor-presidente da AEM/MS.

A destruição desses materiais, normalmente, era feita por meio de empresas especializadas em incineração industrial e a respectiva destinação ambientalmente segura, operação que gerava custos à administração estadual. Há dois anos, após sugestão do agente Metrológico Maurício Tadiotto, da AEM/MS, os materiais, após destruídos e inutilizados, passaram ter destinação sustentável.  “Essa foi uma proposta que surgiu dentro da própria Agência. A primeira experiência foi realizada no ano passado”, lembra Nilton Rodrigues.

De acordo com o presidente da Comissão Permanente de Destruição de Produtos Apreendidos – CDPA da AEM/MS, o advogado Airton Edson de Araújo Filho, “é de extrema importância a destruição segura de produtos apreendidos que terão uma destinação ambientalmente adequada, sem custo ao erário, promovendo ainda uma agenda social, ao auxiliar nos trabalhos dos catadores de materiais recicláveis”, afirma.

“Nos últimos dois anos a Agência de Metrologia remodelou sua gestão administrativa para manter o equilíbrio financeiro e continuar prestando um serviço com qualidade e eficiência para a sociedade. Agora, assimilando a sinergia existente entre os órgãos vinculados à Semagro, que lidam com fiscalização, meio ambiente, sustentabilidade e desenvolvimento econômico, a direção da Agência buscou uma solução alternativa, mais econômica para a destruição desses produtos sem deixar de atender as exigências legais. Além disso, a ação também tem apelo social”, conclui o secretário Jaime Verruck, da Semagro.

FATALIDADE

Passageira passa mal em ônibus e chega a Campo Grande morta

Idosa embarcou em Cuiabá (MT) e foi vista ainda com vida em Rondonópolis (MT), era hipertensa e diabética, mas teve medicação interrompida pelo médico recentemente

24/03/2025 12h20

Idosa de 87 anos chegou a Rodoviária de Campo Grande morta

Idosa de 87 anos chegou a Rodoviária de Campo Grande morta Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Uma idosa de 87 anos, sem nome divulgado, morreu durante viagem de Cuiabá (MT) a Campo Grande, mas só teve a morte constatada quando chegou na capital sul-mato-grossense.

Segundo boletim de ocorrência, registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac-Cepol), a passageira foi vista ainda com vida em Rondonópolis (MT), quando desceu do ônibus para ir ao banheiro e se alimentar.

Na volta para o veículo, a idosa disse ao seu filho que iria dormir até chegar a Campo Grande, um trajeto de quase 500 quilômetros, cerca de 8h de ônibus.

Porém, ao chegarem na rodoviária da capital sul-mato-grossense, a passageira se encontrava em rigidez cadavérica, ou seja, mudança bioquímica nos músculos o corpo entra duas a três horas após a morte.

À Polícia, o filho da idosa afirmou que ela era hipertensa e diabética, mas sua medicação havia sido interrompida pelo médico recentemente. Na Depac-Cepol, o caso foi registrado como morte natural, às 11h da manhã de ontem, domingo (23).

Morte acidental

Uma mulher de 68 anos morreu ao bater a cabeça no teto do carro, enquanto passava pelo quebra-molas da rodovida, BR-163, no município de Sonora (MS), em outubro do ano passado

Conforme o boletim de ocorrência, o caso aconteceu em uma rodovia onde a idosa e seu marido viajavam de Varzea Grande (MT), com destino a Campo Grande. Ainda segundo informações, o carro teria "rampado" em um quebra-molas, causando o acidente,

A mulher foi socorrida pela equipe de suporte da BR e encaminhada para o hospital local, onde foi constatado uma fratura na vértebra. Por conta da gravidade, ela foi novamente encaminhada a Santa Casa de Campo Grande no dia 12/10, onde aguardava cirurgia para correção. 

No entanto, no início da noite de ontem, depois de uma piora no quadro com hemorragia, a mulher veio à óbito por morte encefálica.

*Colaborou Alicia Miyashiro

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MPL

Protesto por reforma agrária ocupa Incra em Campo Grande e rodovias de MS

Multidão foi vista descendo em 'peregrinação' pela avenida Rui Barbosa até chegarem à sede do Instituto, presentes até em trechos rodoviários pelo interior do Estado

24/03/2025 11h39

Manifestentes chegaram à sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) após longa caminhada em Campo Grande

Manifestentes chegaram à sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) após longa caminhada em Campo Grande Marcelo Victor/Correio do Estado

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Manifestantes em busca de reforma agrária protestaram na manhã de hoje (24) em Mato Grosso do Sul, com a ocupação de trechos rodoviários no interior do Estado e a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) após longa caminhada em Campo Grande. 

Quem passou pela Rui Barbosa nas primeiras horas desta segunda-feira (24) se deparou com o grupo, formado em maioria por integrantes do chamado Movimento Popular de Luta (MPL), que marcharam com bandeiras e faixas rumo ao prédio do Incra na Capital. 

Reivindicando que o Governo Federal faça o assentamento, as famílias do movimento se dizem "cansadas de tantas promessas".

"Os trabalhadores sem terra de Naviraí, mundo novo, Anaurilândia, nova Alvorada do Sul, Campo grande, cobram agenda com o presidente Lula e assentamento das famílias no MS", expõe o MPL em nota.

Reflexos dos protestos

Além do leve transtorno causado na Rui Barbosa em Campo Grande, graças ao engarrafamento causado ainda que os manifestantes seguissem em uma única faixa próximos ao meio fio, os protestos se espalharam por alguns pontos do interior do Estado. 

Como por exemplo a altura do quilômetro 112 da rodovia MS-395, segundo informações da Polícia Militar Rodoviária (PMR), que liga Anaurilândia ao município de Bataguassu, bloqueada nas primeiras horas da manhã. 

Com a maioria desses manifestantes pertencendo ao assentamento Florestan Fernandes, localizado em Anaurilândia, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) indicou que até antes do horário do almoço esse trecho citado já havia sido liberado dos pneus e bloqueios colocados. 

Além desse ponto, as duas principais rodovias de Mato Grosso do Sul também receberam pontos de interdição, sendo a BR-267 em Nova Alvorada do Sul e ponto da BR-163 em Naviraí, ocupado por volta de 04h, que ainda se manteve após sete horas de duração. 

Há cerca de um ano, em 16 de abril de 2024, esse mesmo movimento realizou a ocupação do Incra em Campo Grande com a mesma finalidade: chamar atenção dos representantes do Instituto e tirar a reforma agrária do papel. 

MPL

O Movimento Popular de Luta foi inaugurado em 2017, sendo que em junho de 2023 cerca de 400 famílias já se acomodavam à beira da BR-262, no anel viário de Campo Grande, classificado pelos internos como uma "insatisfação dos vários movimentos existentes", surgindo com o papel de denunciar e reivindicar terras improdutivas. 

Aproximadamente seis anos após sua fundação, o MPL já contava com cerca de oito acampamentos e em torno de duas mil famílias acampadas à época, com o acampamento de Campo Grande dividido em seis grupos com coordenadores e sistema de organização próprio, como acompanhado pelo Correio do Estado. 

"Sabemos que o capitalista diz não ser preciso ter reforma agrária, seu projeto traz misericórdia milhões de sem terra jogados na estrada, com medo de ir para cidade enfrentar favela, fome e desemprego sair dessa situação e segurar na de outro companheiro", cita hoje o Movimento em publicação nas redes sociais.

 

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