Peças de um aparelho de Raio X odontológico foram descartadas na manhã desta quinta-feira (1º) no Aterro Municipal de Campo Grande e o fato intriga motoristas e funcionários do local. A preocupação dos trabalhadores é de uma possível emissão de ondas radioativas, que são extremamente prejudiciais a saúde.
De acordo com o professor de odontologia da Universidade Uniderp, Paulo de Tarso, as imagens recebidas são de um aparelho raio X. Porém, o equipamento não contém material radiativo por si só. Os cabeçotes dessas máquinas são os responsáveis por emitirem feixes de elétrons radiativos e precisam estar ligados na corrente elétrica.
“As imagens são da base de suporte de um aparelho, compatível com uma base de RX odontológico, mas observe que na ponta os fios estão soltos e o cabeçote não está lá. Não vi o cabeçote em nenhuma das fotos. No cabeçote que os RX são produzidos, disse o professor.
Um motorista do aterro, que preferiu não se identificar, disse ao Portal Correio do Estado que por volta das 8 horas, quando chegou no local, o aparelho estava jogado próximo ao portão, do lado de dentro. Quando retornou, às 10h15, continuava no mesmo lugar. O funcionário está preocupado, já que o cabeçote do aparelho não foi encontrado.
"A gente fica preocupado, porque depois que os responsáveis do aterro saíram, a entrada e saída de pessoas aqui está sem controle nenhum", disse.
Os equipamentos de raios X não contêm material radiativo, no entanto, essas máquinas emitem feixes de elétrons quando são ligadas na corrente elétrica. Ao se chocarem contra um alvo, esses elétrons desaceleram e liberam energia – os raios X.
DESCARTE CORRETO
Os profissionais responsáveis por máquinas de raios X, em especial no uso médico, devem ficar atentos à maneira correta de descartá-los, evitando graves problemas. A maioria dos descartes desse tipo de equipamento não é informado, como é a obrigatoriedade. O alerta é para o fato de que esses aparelhos possam vir a ser reutilizados de modo irregular em outras situações ou por pessoas sem qualificação ou instrução.
"No cabeçote os raios ionizantes são produzidos quando o aparelho é acionado. Em tese, não há armazenamento de material radioativo, mas o descarte do cabeçote deve ser feito junto à empresa que o produz e faz manutenção. Mas, como disse, não vi essa parte do aparelho, parece ter sido retirada e esperamos que corretamente descartada", finalizou o professor.
Por precaução, os funcionários pedem a retirada do equipamento por uma empresa responsável. O Portal Correio do Estado entrou em contato com a Prefeitura, mas até o fechamento da matéria não obteve respostas.
WHATSAPP - Essa matéria foi sugerida por leitor através do nosso WhatsApp, envie sua sugestão pelo número 9971-4437.