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Países anunciam aplicação de terceira dose de vacina contra a Covid-19

Até esta quarta-feira (28), 73,5% dos uruguaios receberam ao menos uma dose dos fármacos anti-Covid

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O Ministério de Saúde Pública do Uruguai anunciou nesta quarta-feira (28) que todos os vacinados no país com as duas doses do imunizante Coronavac poderão receber uma terceira injeção do fármaco produzido pela Pfizer.

De acordo com um comunicado divulgado pela pasta, a medida se baseia na recomendação de uma comissão que assessora o governo uruguaio. 

O documento prevê uma aplicação escalonada, válida para quem recebeu a segunda dose da Coronavac há pelo menos 90 dias.

Na terça-feira (27), o ministério já havia anunciado a aprovação da aplicação de uma terceira e até de uma quarta dose da vacina contra a Covid-19 para pessoas com imunossupressão moderada e grave decorrente de outras doenças -por terem um sistema imunológico deficitário, essas pessoas tornam-se elegíveis a receber doses de reforço contra o coronavírus.

O Uruguai iniciou sua campanha de vacinação há quase cinco meses. 

Até esta quarta-feira (28), 73,5% dos uruguaios receberam ao menos uma dose dos fármacos anti-Covid, e pouco mais de 63% estão completamente imunizados.

Últimas notícias

O bom desempenho na imunização coloca o Uruguai na quinta posição na lista de países com mais doses aplicadas em proporção ao tamanho de suas populações. 

Foram 1.365,4 doses a cada mil habitantes.

O ranking é formado por Malta (1.700,1), Emirados Árabes Unidos (1.683), Seychelles (1.438,2) e Islândia (1.372,7) -o Brasil é o 59º da lista, com índice de 648,7 aplicações.

A adesão à vacinação também se traduz em uma queda acentuada no número de novos casos, mortes e hospitalizações por complicações provocadas pela Covid-19. 

Em abril, o Uruguai tinha a maior taxa de contágios diários do mundo e também se tornou o recordista de mortos por milhão de habitantes.

Esses índices tiveram uma ligeira queda no final de abril, voltaram a subir em maio e, a partir de meados de junho, despencaram. 

Em 10 de junho, por exemplo, a média móvel de casos diários era de 3.659. Na última terça-feira (27), o índice registrado foi de 202 -queda na faixa dos 94%. 

No número de mortes, a porcentagem é semelhante. Em 10 de junho, morriam, em média, 57 pessoas por dia em decorrência do coronavírus. Na terça, o índice foi pouco maior que 6.

Israel também começará a oferecer, a partir desta sexta-feira (30), uma terceira dose da Pfizer para pessoas com mais de 60 anos. 

"Peço a todos os idosos que receberam a segunda dose, que busquem a suplementar", disse o premiê israelense, Naftali Bennett. 

"Meu primeiro telefonema, depois de terminar de falar, será para a pessoa mais querida por mim, minha mãe, para que eu possa levá-la para ser vacinada [com a terceira dose] imediatamente."

Nesta quarta, a Hungria também anunciou a aplicação de uma terceira dose do imunizante contra o coronavírus para todos os que foram vacinados há mais de quatro meses. 

O objetivo é reforçar a imunidade dos mais idosos e vulneráveis, principalmente com a disseminação da variante delta -que foi inicialmente identificada na Índia e é mais contagiosa- no continente europeu. ​

Ainda não há um amplo conjunto de evidências científicas suficiente para avaliar se os beneficios de uma vacinação de reforço compensam os custos, mas alguns pesquisadores têm apontado para uma queda no número de anticorpos após a vacinação a partir da terceira semana. 

Após quatro meses da vacinação total, o número de anticorpos varia entre um quinto e a metade dos encontrados pouco depois da imunização.

No Brasil, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou nesta quarta que a pasta encomendou um estudo para avaliar a necessidade de uma terceira dose em pessoas que receberam a Coronavac. 

A pesquisa será conduzida pela Universidade de Oxford em São Paulo e Salvador, e envolverá testes com uma nova dose da Coronavac e de outras três vacinas aprovadas no Brasil: Pfizer, AstraZeneca e Janssen. A expectativa é que os resultados sejam divulgados até novembro.

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Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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