Cidades

Escolas em Alerta

Após atentado em escola no Ceará, livro digital reforça as questões de segurança

Caso em Sobral reacendeu as discussões sobre protocolos de segurança nas escolas

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Escrito por 33 especialistas como advogados, administradores, diretores de escolas, empresários, engenheiros, especialistas em segurança pública e privada, jornalistas, militares, psicólogos, professores e servidores públicos, o livro digital Escolas em Alerta foi lançado este mês com a proposta de debater segurança e gestão de crises para fortalecer a cultura de proteção da infância e o combate à violência nas escolas no Brasil.

Organizado pela Cosafe, empresa de tecnologia para alerta e gerenciamento de incidentes críticos para organizações, o livro reúne propostas voltadas a educadores, gestores escolares, autoridades e famílias interessados em construir ambientes educacionais mais seguros.

Diretora executiva da Cosafe, especialista em gestão de incidentes e uma das autoras, Ana Flavia Bello Rodrigues destaca que a análise foi feita para escolas públicas e privadas. Segundo ela, as questões de proteção escolar não são apenas ligadas à violência urbana. 

"Elas são ligadas a diversos aspectos da escola, desde acidentes, drogas, suicídio e tentativa de suicídio, automutilação, problemas de saúde mental. Existem muitas questões além da violência extrema do atentado por agressor ativo que pode acontecer a qualquer hora e em qualquer lugar", explica Ana Flavia.

De acordo com a especialista, os maiores riscos da escola ocorrem dentro das unidades. 

"O impacto das redes sociais na saúde mental dessas crianças tem afetado muito, trazendo violência para dentro das escolas, como bullying. O sofrimento dessa geração hoje vem muitas vezes de casa, com abandono que começa dentro de casa, e resulta em uma situação na escola. Temos casos de agressão entre os alunos ou que atingem funcionários e professores", avalia Ana Flavia. 

Caso de Sobral

Na quinta-feira (25), dois alunos morreram e três ficaram feridos em uma escola estadual de Sobral, no Ceará. Os assassinos pararam a motocicleta na rua lateral e correram a pé em direção às grades da escola, onde atiraram em direção a um grupo de estudantes. 

O crime ocorreu no intervalo, horário em que vários alunos estavam no pátio. As duas mortes foram de vítimas com 16 e 17 anos, que estavam no estacionamento e morreram no local. De acordo com as informações, a motivação do atentado não foi extremismo, mas sim uma disputa no tráfico de drogas. 

Na sexta-feira (26), as Forças de Segurança do Ceará prenderam um suspeito, que já respondia por homicídio, roubo, associação criminosa e corrupção de menor. Também apreenderam uma moto vermelha, que teria sido usada durante o crime.

Atentados em escolas

Apesar do ataque na Escola Estadual Luís Felipe, no Ceará, ter motivação diferente de extremismo, relembra a violência e atentados ocorridos em outros estados, como em Realengo, no Rio de Janeiro, em 2011, Suzano, em São Paulo, no ano de 2019, e Blumenau, em Santa Catarina, no ano passado. 

Em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, houve um caso de atentado em 2023. Um ex-aluno da escola Municipal Bernardo Franco Baís, menor de idade, foi até sua antiga escola armado com quatro facas e uma marreta. 

O ex-estudante deixou uma advogada, mãe de outro aluno, ferida após atingi-la com uma facada ainda na porta do colégio. As autoridades que apuraram o caso na época especulam que ele planejava um ataque em massa, mas foi impedido por dois funcionários da escola.

Anuário

O Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública de 2023, voltado à violência nas escolas, mostra que a percepção de violência por professores e diretores atingiu níveis alarmantes. 

"Há relatos de tiroteios ou bala perdida em ao menos 1,7% das escolas brasileiras; de situações de assédio sexual em 2,3% e de interrupção do calendário letivo de 2021 em decorrência de episódios de violência em 0,9% das escolas. Pode parecer pouco, mas isso significa que milhares de alunos e alunas, bem como professores e professoras, têm na violência uma das experiências mais indeléveis de suas trajetórias pessoais e profissionais na sua relação com a escola", alerta o anuário.

Ainda segundo a publicação, "são muitos, portanto, os desafios que se impõem para que a educação realize, em meio ao fogo cruzado, sua função social de fazer com que o saber sistematizado seja criticamente apropriado pelos estudantes e, ademais, capacite-os à participação cidadã na vida social do país".

Com informações da Agência Brasil 

INTERIOR

Juiz libera três dos cinco suspeitos pela morte de padre em MS

Permanecem detidos um dos menores de idade e Leanderson Júnior, 18 anos, apontado como autor do crime; grupo estaria atrás do Jeep do religioso, inclusive com comprador por R$40 mil no Paraguai

17/11/2025 12h48

Segundo o delegado, não há qualquer indício de que Leanderson de Oliveira Júnior tivesse alguma ligação afetiva ou sexual com a vítima

Segundo o delegado, não há qualquer indício de que Leanderson de Oliveira Júnior tivesse alguma ligação afetiva ou sexual com a vítima Reprodução Redes Sociais/Montagem Correio do Estado

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Após realização de audiência de custódia ontem (16), a decisão judicial optou por liberar três dos indivíduos inicialmente listados como participantes na morte do padre Alexsandro da Silva Lima, caso registrado no interior de Mato Grosso do Sul, cerca de 225 quilômetros de Campo Grande. 

Depois que foi dado como desaparecido a partir da noite de sexta-feira (14), o corpo do padre foi encontrado sábado (15), enrolado em um tapete em uma área de mata no Distrito Industrial de Dourados, distante aproximadamente 225 km da Capital. 

Pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida de Douradina, Alexsandro da Silva Lima, de 44 anos, residente do bairro Jardim Vival dos Ipês, que fica a 226 km de Campo Grande, foi vítima em um caso investigado como latrocínio, roubo seguido de morte, e ocultação de cadáver.

Até o domingo pelo menos cinco pessoas haviam sido inicialmente detidas, sendo dois rapazes de 18 anos e três adolescentes de 17, todos detidos até a noite de sábado (15), com três deles liberados após audiência de custódia ontem (16).

Pela decisão judicial, abordada pelo portal local Dourados News, permaneceram detidos apenas um dos menores de idade e Leanderson de Oliveira Júnior, 18 anos, apontado pela polícia como autor do crime, ambos à disposição da Justiça enquanto o inquérito segue em andamento.

Já João Victor Martins Vieira, 18 anos, e duas outras adolescentes de 17 foram liberados ontem (16), depois de analisadas as circunstâncias que levaram à prisão e os materiais apresentados até o momento. O caso segue sob investigação.

O crime

Delegado responsável pelo caso, Lucas Albe Veppo adiantou durante o final de semana que as buscas pelo padre se intensificaram, após agentes conseguirem encontrar o celular da vítima no bairro Jardim Canaã I, ocasião em que Leanderson de Oliveira Junior teria sido detido. 

Os agentes do Setor de Investigações Gerais (SIG) da Polícia Civil localizaram o Jeep Renegade preto que pertencia ao padre, com os dois indivíduos dentro que inclusive confessaram a participação no crime e foram detidos. 

Esses suspeitos afirmaram que o objetivo era roubar o carro, dinheiro, jóias e outros pertences do padre, sendo que um deles disse ter cometido o homicídio, enquanto o outro relatou ter ajudado na ocultação do corpo.

Todo esse ataque inicial teria ocorrido na residência do padre, que fica localizada no bairro Jardim Vival dos Ipês, e relatos periciais apontam que Alexsandro apresentava ferimentos no pescoço causados por facadas e lesões na cabeça compatíveis com golpes de martelo.

Motivações

Conforme detalhado pela mídia local com base no conteúdo da audiência de custódia, Leanderson de Oliveira Júnior teve sua prisão em flagrante convertida para preventiva, alegando em depoimento que teria sido forçado pelo religioso a praticar atos libidinosos no dia do crime. 

Segundo o depoente, em fala que segue sob investigação, a vontade de cometer o crime não teria sido repentina, mas sim surgido após uma sequência de encontros que teriam acontecido através de pagamento.

Uma vez "forçado a praticar ato sexual", o homem de 18 anos teria começado a agressão com um golpe de marreta, munindo-se de uma faca posteriormente para concluir a execução. 

Porém, conforme repassado pelo delegado responsável pelo caso, durante coletiva de imprensa na manhã de hoje (17), acompanhada pelo portal local Dourados News, não há qualquer indício de que Leanderson de Oliveira Júnior tivesse alguma ligação afetiva ou sexual com a vítima, alegação que teria sido apresentada em interrogatório sem respaldo nas evidências coletadas. 

“Essa é uma informação não oficial, que não foi fornecida pela Polícia Civil. Foi uma alegação feita durante o interrogatório do autor. Ele tem direito de dizer o que ele bem entender como meio de defesa. Até o momento não tem nenhum indício de que tenha realmente acontecido, de que tivesse algum envolvimento anterior com o padre ou de que o padre tenha tentado atacá-lo com intuito sexual.”, cita Lucas Veppo.

Para o delegado, a versão que mais se sustenta é que o padre pode ter sido atacado de forma sorrateira, como em uma emboscada, reforçando que não há elementos técnicos que comprovem essa versão da possível tentativa de abuso. 

Oficialmente o caso passou a ser oficialmente tratado como latrocínio, roubo seguido de morte, já que ambos acusados confessaram que já tinham feito o planejamento, e premeditado o crime um tempo antes. 

Em complemento, o delegado destaca que os acusados não sabiam que Alexsandro era padre e estariam atrás do Jeep do religioso, inclusive possuindo comprador no Paraguai que pagaria R$40 mil pelo veículo. 

Haverá perícia completa nos celulares apreendidos, o que a polícia espera que confirme a premeditação, que deve inclusive colocar por terra a hipótese de que um possível ataque do padre teria motivado o crime. 

 

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Cidades

Macaco-da-noite é socorrido por morador após tomar choque na rede elétrica

Depois de receber a descarga elétrica, o animal chegou a ficar desacordado

17/11/2025 12h44

Divulgação PMA

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O 3º Grupamento de Bombeiros Militar recebeu um morador que entregou um macaco-da-noite após o animal ter levado um choque elétrico ao subir em um poste, em Corumbá, município localizado a 425 quilômetros de Campo Grande.

Segundo relatou aos bombeiros, o primata subiu no poste de energia, no bairro Cravo Vermelho, no sábado (15), quando acabou tomando um choque e chegou a ficar desacordado.

Mesmo após recobrar a consciência, o macaco estava debilitado. A equipe verificou que o macaco-da-noite apresentava queimaduras na mão direita e na perna esquerda, compatíveis com choque elétrico.

A equipe prestou os primeiros cuidados e, em seguida, o animal foi levado até a Polícia Militar Ambiental (PMA).

No pelotão, o macaco irá receber os cuidados necessários, como avaliação com um veterinário, que irá determinar a alta para reintrodução segura ao habitat natural.
 

Divulgação PMA

Outro resgate

A Polícia Militar Ambiental de Campo Grande foi chamada para resgatar uma coruja-suindara (Tyto furcata), que estava presa na fenda do ninho em um imóvel rural no município de Rochedo.

A ave ficou com a asa presa no ninho e sofreu uma lesão. Ela foi retirada e colocada em uma caixa de transporte para ser encaminhada aos devidos cuidados.

Durante a ação, a equipe da PMA percebeu a presença de três filhotes no ninho. Como estavam vulneráveis sem a mãe, foram retirados do local e encaminhados ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) no Hospital Veterinário Ayty.

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