A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) disse ontem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está bem, com a saúde normal, recuperando-se em companhia da família da crise de hipertensão que sofreu na noite de anteontem. Dilma disse que a população brasileira pode “ficar tranquila” porque Lula vai retomar, no máximo na segunda-feira, a sua rotina de trabalhos. “A população brasileira pode ficar muito tranquila porque o presidente está bem, foi uma pequena crise hipertensiva. Ele está na casa dele em São Bernardo, descansando com a dona Marisa. Na segunda feira, se não for um pouquinho antes, vai estar pronto, andando por aí”, afirmou. Dilma disse que Lula tem pressão “constante e regular”, minimizando o que ocorreu na noite de ontem. “O presidente se preocupou porque nunca teve essa pressão, ele não tem pressão alta. Como não tem, o doutor Cleber [médico da Presidência] achou melhor não viajar. Anteontem à noite, antes de tomar remédio, a pressão dele começou a cair”, disse. A ministra, assim como o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), atribuiu a crise hipertensiva de Lula à extensa agenda de trabalhos cumprida pelo presidente nesta semana. “É bom que o presidente descanse porque a nossa agenda está muito pesada”, disse a ministra. Lula começou a semana no Rio e retornou de madrugada a Brasília. No dia seguinte, viajou novamente para o Rio Grande do Sul. Retornou de madrugada e, ontem, deu início cedo às suas atividades – incluindose a viagem a Recife. “E todos os dias nós ficamos levantando cedo. Tivemos uma agenda pesada em Recife”, afirmou a ministra. Dilma disse, porém, não ver necessidade de Lula reduzir o seu ritmo de trabalho. Ela sugeriu, apenas, que Lula intercalasse semanas de trabalho mais pesadas com outras mais leves. “As agendas do presidente não são como a desta semana. Mas quem trabalha com ele sabe que é um esforço enorme. No passado, chamávamos de rali Paris-Dakar”, disse. A ministra disse não acreditar que Lula vá intensificar o seu ritmo de trabalhos em ano eleitoral. “Eu não acho que o presidente trabalha mais em ano eleitoral do que em ano não eleitoral. Mantemos um ritmo de agenda muito forte. É bom ele fazer uma avaliação de saúde. Mas não podemos dizer que o presidente está doente ou está mal”.