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Após fala de Bolsonaro, apenas 40% ficaram em casa, diz prefeito

Pesquisa feita mostrou que eram cerca de 80%, mas após posicionamento número caiu pela metade

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O prefeito de Campo Grande Marcos Trad (PSD) afirmou que não teve “alternativa” se não reabrir o comércio da Capital porque as pessoas já não estavam mais respeitando o isolamento social, medida apontada por especialistas como a melhor alternativa para conter o avanço da Covid-19, o novo coronavírus.

Segundo entrevista a emissora de televisão, o prefeito afirmou que o desrespeito ao isolamento social aumentou depois de pronunciamento feito em cadeia nacional de televisão e rádio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em que ele se mostrou contra as medidas de distanciamento social para, em sua visão, não fazem parte do grupo de risco.

“Não tivemos outra alternativa, pesquisa que fizemos mostrou que 40% só das pessoas estavam em casa, antes eram 80%. Então resolvemos dividir a responsabilidade da nossa cidade com essas pessoas. Mas não adianta ter economia se não tiver vidas”, declarou Trad.

Durante o pronunciamento, o presidente chamou a Covid-19 de "gripezinha", sugeriu a reabertura das escolas porque afirmou que estaria "comprovado" que crianças não desenvolvem a doença e ainda afirmou que caso ele contraísse o vírus "nada sentiria", pois tem "histórico de atleta". "Não é hora de brigar com o ministro, com os governadores, é hora de união", reforçou o prefeito.

MEDIDAS

A partir desta segunda-feira (6) mais comerciantes foram autorizados a abrirem as portas pela administração municipal, por meio do decreto 14.231, publicado na sexta-feira em edição extra do Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande).

Para isso, a Prefeitura determinou, por meio de resolução da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur), o plano de diretrizes com base em critérios de biossegurança para o enfrentamento da Covid-19 nas atividades econômicas e sociais da Capital.

Entre as medidas que deverão ser adotadas pelos empresários, a administração recomendou evitar aglomerações e preservar o distanciamento mínimo de 1,5 metro, com demarcação no chão de distanciamento mínimo também de 1,5 m em filas. As máquinas eletrônicas de pagamento via cartão de débito ou crédito devem ser higienizadas após cada uso. 

Os estabelecimentos estão limitados a atender apenas 30% da capacidade normal, além de serem obrigados a disponibilizar álcool em gel para os clientes e adotar medidas para reforçar a higienização do ambiente.

Conforme a prefeitura, além dos comércios considerados essenciais, poderão abrir lojas de roupas e acessórios, o Mercadão Municipal, floriculturas, consultórios médicos, clínicas de fisioterapia, clínicas veterinárias, agricultura, pecuária e serviços relacionados, serviços de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos, comércio de veículos e oficinas mecânicas, corretoras de seguros e serviços relacionados, agências de turismo, imobiliárias, escritórios de advocacia, engenharia e de outros profissionais liberais, cartórios, atividades de contabilidade e afins, seleção e agenciamento de mão de obra, reparação e manutenção de equipamentos de informática, repartições públicas municipais, entre outros locais.

Entretanto, continuam fechadas – alguns sem previsão de serem reabertos – escolas, faculdades, feiras livres, academias, galerias de lojas, casas noturnas e a Feira Central, bem como o Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS), o Camelódromo, shoppings, espaços de shows e eventos culturais ou com aglomerações.

Nas lojas de venda de roupas e assessórios, está proibido a prova de peças. Já os velórios deverão ser feitos apenas com caixão lacrado e sem a presença de idosos e crianças. A administração municipal ainda recomenda que durante esta primeira semana da volta dos comércios, o funcionamento seja das 9h às 16h30.

O transporte público também poderá ser usado pelos funcionários dos estabelecimentos, entretanto, os carros deverão atender prioritariamente os prestadores de serviços essenciais, ficando disponível também, de acordo com o decreto, “aos trabalhadores de empresas que tenham recebido autorização para o funcionamento, podendo ser observado e ajustado com o horário de entrada e saída dos trabalhadores, de maior fluxo, conforme cada segmento, visando evitar aglomerações em pontos de embarque e nos terminais de transbordo. Os veículos deverão circular com todas as janelas abertas. A higienização dos veículos deverá ser realizada com produtos sanitizantes ao término da operação diária”.

O uso do transporte público por pessoas que não estejam indo ou voltando do trabalho continua vetado, assim como o uso das gratuidades.

Reparos

Prefeitura irá notificar morador que modificou via para fugir dos buracos em bairro de Campo Grande

Secretaria Municipal, responsável por veículos que atolaram em rua "problemática" do Jardim Itatiaia, responsabiliza morador que fez a instalação de paralelepidepos por buraco onde mais de dez carros atolaram

17/04/2024 17h30

Para o morador Roberto Pinheiro que resgatou mais de dez veículos entre segunda e terça-feira a via com os parelelepípedos, na rua dos Estudantes era o único caminho transitável para que ele pudesse voltar para casa Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Após um morador cansado de esperar pelo asfalto instalar paralelepípedos para evitar buracos na rua dos Estudantes, no Jardim Itatiaia, a Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), informou que irá notificar o munícipe.

A informação foi dada durante atualização da Prefeitura, na noite de terça-feira (16) no balanço de ações emergenciais de pontos críticos que foram afetados pela chuva. 

A rua dos Estudantes tem cruzamento com a Rua Conde de São Joaquim, onde desde o início da semana, em decorrência da chuva acima da média, mais de dez veículos atolaram, incluindo o caminhão e o trator da Sisep que estiveram no local no início da tarde para jogar cascalho na via

 "Outra via que a Sisep atuou foi na Rua Conde de São Joaquim, no Bairro Tiradentes, próximo à Avenida Três Barras. No local foi executado reparo emergencial para o fechamento da vala aberta pela enxurrada. Foi constatado que o problema nessa via foi provocado também por uma obra irregular executada por morador do bairro, que sem autorização colocou paralepípedos em um trecho da rua. O morador será notificado para retirar o material e depois a Sisep realizará serviços para melhorar as condições das vias locais", informou a Prefeitura.
 

 

 

 

Outro trator foi enviado até o local para "resgatar" os veículos da Sisep e finalmente o buraco na rua Conde de São Joaquim recebeu o cascalho, conforme relatou o morador Roberto Pinheiro dos Santos, de 34 anos, que relatou ao Correio do Estado que o local passou por vistoria de um engenheiro da Águas Guariroba. 

"Veio o rapaz da Águas, Guariroba, que também é engenheiro, aí disse que o secretário da Prefeitura está culpando ele da rede de esgoto que foi passada aqui, que foi uma má compactação dele, que ocasionou a abrir essa vala na rua", disse Roberto.

Com relação aos paralelepípedos na rua dos Estudantes, Roberto apontou que era o único caminho viável para chegar até sua residência quando o buraco abriu próximo à Avenida Três Barras.

"Se não fosse aqueles paralelepípedos, era meio impossível eu entrar em casa. Ter acesso àquela rua de casa, porque ali segurou muito o barro e os buracos, né? Você viu o fluxo de água tamanho que era. Então acho que ia ser mais improvável eu chegar em casa do que se não tivesse o paralelepípedo. O cara fez um benefício e está levando culpa aí, né? Aí a prefeitura quer achar um culpado, né?"

 

 

 

 

A reportagem entrou em contato com a Águas Guariroba, que informou que realizou a ligação da rede de esgoto em 2023 e implementou a rede na parte mais alta da via, justamente para evitar os pontos de erosões que são formados em decorrência da chuva. Veja a nota na íntegra:

"Águas Guariroba informa que as obras para implantação da rede de esgoto na Rua Conde de São Joaquim foram realizadas em março de 2023, portanto, há mais de um ano. Na época, a rede foi implantada na parte mais alta da via, sentido Avenida Três Barras, lado oposto ao da erosão. Após a implantação da rede, o solo foi recomposto e compacto, conforme normas da ABNT e, até o momento, não apresentou problemas. A concessionária reforça que o ponto da via que está apresentando erosões é o oposto de onde a rede de esgoto foi instalada e pondera como possível causa para a erosão o percurso da água da chuva, já que a via não possui rede de drenagem".

A Sisep respondeu por meio de assessoria que o trabalho emergencial na via foi feito durante a tarde da terça-feira (16) e sem mencionar prazo ressaltou que a administração municipal tem previsão de pavimentar as ruas do Jardim Itatiaia. Veja a nota na íntegra:

"Assim que a chuva deu uma pequena trégua na tarde desta terça-feira (16) a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) fez o trabalho emergencial para o controle da valeta aberta pela enxurrada na Rua Conde de São Joaquim. A administração municipal tem previsão de pavimentar vias no Jardim Itatiaia e aquelas que não forem asfaltadas nesta fase receberam cascalhamento. Assim que começar o período de estiagem serão intensificados os trabalhos de manutenção das vias sem asfalto".

Chuva acima da média

Nos últimos quatro dias, Campo Grande registrou a quantidade de chuva esperada para todo o mês de abril, com 89,4 mm observados pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (CEMTEC). Desde o dia 1º, a estação meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) já notificou 130,8 mm, número 46,3% superior à média histórica.

 

** Colaborou Alanis Netto

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Cidades

Imasul convoca proprietários de imóveis no Pantanal com processos em andamento para adequação à lei

Proprietários que não fizerem os ajustes terão processo de licenciamento extinto

17/04/2024 16h30

SOS Pantanal/Divulgação

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O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) reforça a convocação de todos os proprietários de imóveis localizados na Área de Uso Restrito do Pantanal (AUR-Pantanal) e que possuam processos de licenciamento ambiental em tramitação, para procederem aos ajustes determinados pela Lei do Pantanal nos referidos Cadastros Ambientais Rurais (CAR), no prazo de 180 dias.

Esse prazo está valendo desde a publicação do Edital de Convocação no Diário Oficial do Estado (página 83), que aconteceu no dia 9 de abril.

"Se o proprietário não fizer os ajustes necessários no CAR, o processo de licenciamento é automaticamente extinto", explicou o diretor presidente do Imasul, André Borges.

Os proprietários ou seus representantes devem acessar o sistema do Imasul e carregar as informações necessárias, exigidas pela Lei do Pantanal, para só então seus processos de licenciamento terem seguimento junto ao órgão ambiental.

Essa providência é necessária porque, conforme esclareceu Borges, a Lei do Pantanal (Lei 6.160 de 18 de dezembro de 2023) descreve uma série de novos pontos sensíveis na paisagem pantaneira como os capões, cordinheiras, landis; também as salinas, as veredas e os meandros abandonados (espécies de ilhas por onde passavam rios e que, com a mudança de curso, ficaram cercadas por água).

Todas essas formações geográficas passam a ser protegidas, inclusive em seu entorno, e precisam ser identificadas no Cadastro Ambiental Rural das propriedades.

Anexo ao Edital de Notificação foi publicada a lista de 158 processos de licenciamento ambiental em andamento no Imasul, que são afetados pela medida.

Além desses nomes, os  requerentes com propriedades no Pantanal que têm processo em tramitação e não constam na listagem, devem protocolar requerimento no Imasul solicitando a abertura do sistema para proceder aos ajustes necessários nos respectivos Cadastros Ambientais Rurais.

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