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Após revitalização e pandemia, Rua 14 de Julho passa por segunda retomada

Após obras e pandemia diminuírem o fluxo de pessoas, comerciantes almejam recuperação em dezembro

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Completando quase um ano de vida, a nova fase da Rua 14 de Julho divide opiniões entre os diversos segmentos. Os próprios comerciantes, o grupo dos que seriam mais beneficiados, têm dificuldade de concordar sobre a modernização da via.  

A diminuição de espaços de estacionamento público e de fluxo de pedestres na região, primeiro por causa da obra e depois pela pandemia, colocou os lojistas na difícil situação de tentar uma segunda retomada em pouco menos de um ano.  

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Placas com anúncios de “aluga-se”, algo que não era tão comum na principal via de comércio da cidade, podem ser observadas atualmente. Márcio Okama, empresário na rua, explica que estes locais começaram a receber novos estabelecimentos comerciais. “As duas lojas da esquina que estão desocupadas já vão ser ocupadas. Uma falta a documentação ficar pronta e a outra está em reforma”, relata. “Então você pode ver que o comércio está mais otimista. A gente espera o fim de ano com a volta das pessoas nas ruas, para melhorar a situação”, complementa Okama.  

O empresário integra o grupo de comerciantes que acredita nas melhorias da modernização da rua inaugurada há um ano.  

“O maior problema foi a demora da obra somado à pandemia, que dificultou o comércio. Reabriu tudo e três meses depois veio a pandemia, aí dificultou a vida de muita gente”, explica.  

Marco Antônio Pinheiro, que é comerciante há, pelo menos, 30 anos na região, também vê o primeiro ano com bom olhos. “A pandemia complicou um pouco o fluxo, mas a arquitetura é bonita. As pessoas podem sentar, é mais interessante passar o tempo na rua”, explica o empresário.

Decepção

Diferente deles, Karina Santana está há 16 anos trabalhando em uma galeria na Rua 14 de Julho e só tem reclamações a fazer sobre a obra. A retirada dos estacionamentos públicos afastou a clientela do salão de beleza que ela administra. “Essa semana veio uma cliente fazer um procedimento de 1 hora e meia, que custa 40 reais. Como não tem vaga pública, ela pôs o carro em um estacionamento privado. Depois me enviou uma mensagem dizendo que cobraram 18 reais dela. Já é uma cliente que eu sei que não vai voltar”, lamenta.  

De acordo com Karina, desde a primeira retomada, ela perdeu clientes. Primeiro, com as obras, depois, com a pandemia. “Acontece muito de a cliente marcar e, 20 minutos depois da hora combinada, ela me mandar mensagem dizendo que não achou lugar para estacionar e que é para desmarcar”, narra. Outros comerciantes também disseram que o fluxo de pessoas esperado e prometido antes da modernização não se cumpriu até agora. A pandemia segue sendo um fator que atrapalhou todo mundo.  

Do outro lado do balcão, os pedestres são os mais otimistas com a reforma. Rayane Lima e Cristiane Lima só tiveram elogios para fazer. “Por mim, seria assim na cidade inteira”, afirma Rayane.  

Em passeio com a mãe pela área revitalizada que completa um ano, a mulher diz que não passa com muita frequência, mas sente que a cidade precisa de lugares mais parecidos como aquele.  

Cristiane Lima, a mãe, transita pela 14 de Julho todo o dia do ponto ao trabalho e no retorno para casa. “Pra mim, foi ótimo. Calçada grande, bem iluminada, com árvores. Tudo muito bom”, elogia.  

Outra pedestre extremamente satisfeita é Maria Ester dos Reis. Moradora da Moreninha, a aposentada diz que vai pouco à rua, “no meu bairro tem de tudo, então vim aqui só para aproveitar umas promoções”. Sobre a rua, ela diz que melhorou muito. “Está muito bom. Agora os carros não se jogam na nossa frente, tem lugar para atravessar [a rua]. Tá bem mais seguro”, conta.  

Novas obras

O prefeito Marcos Trad (PSD) divulgou novas obras, como a que transformou a Rua 14 de Julho. O objetivo principal é que a região se torne um grande centro de convivência, com tráfego intenso de pessoas e comodidade para o pedestre.  

Nesse pacote, outras vias da região central também passarão por intervenção similar à Rua 14 de Julho, com implementação de mobiliário urbano, expansão das calçadas e modernização do quadrilátero compreendido entre as avenidas Mato Grosso, Calógeras e Fernando Corrêa da Costa e a Rua Padre João Crippa, em obras que devem custar R$70 milhões.  

A única exceção é a Rua Rui Barbosa, que será revitalizada em licitação distinta para ser otimizada como um dos principais corredores de ônibus da cidade. Só o corredor deve custar cerca de R$ 40 milhões.  

A previsão era de que a licitação estivesse pronta até este mês, mas o titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Rudi Fiorese, afirmou ao Correio do Estado que a pandemia atrasou os projetos e o mais provável é dar prosseguimento em 2021.  

Corredor  

Os corredores gastronômicos da Avenida Bom Pastor e da Rua José Antônio devem seguir o mesmo modelo. No caso da José Antônio, pode-se notar pinturas no asfalto, que simulam a obra que será feita na via. Esse termo é chamado de urbanismo tático, que, segundo o Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Planurb), é um artifício usado para prever se a população de determinada localidade aprova ou se acostuma com um equipamento urbano novo.

O órgão da prefeitura também diz que, dessa forma, pode consultar moradores, comerciantes e frequentadores da região se a obra atende às expectativas e se eles se adequariam às mudanças.  

Segundo a nota da Prefeitura de Campo Grande, o quadrilátero será feito de maneira mais rápida, porque não haverá necessidade de a revitalização ter embutimento de rede, serão obras menos complexas e impactantes.

Em relação ao corredor da Bom Pastor, estão previstos a requalificação da via, a padronização de calçadas, o paisagismo, a criação de áreas de convívio, o mobiliário urbano e a iluminação pública – no bairro Vilas Boas, entre a Av. Zahran e a Rua Domingos Jorge Velho. Além disso, uma praça será feita na Rua do Marco. As obras estão previstas para começar no fim do primeiro semestre de 2021 e devem custar R$ 23.880.000.

Fronteira

Azul anuncia voos diretos para Assunção, no Paraguai, a partir de dezembro

Atualmente, a capital paraguaia tem entre dois e três voos diários para o Brasil, todos eles operados pela Gol e pela Latam

15/04/2024 21h00

Alto volume da dívida da Azul com os arrendadores de aviões decorre de uma negociação feita no início da pandemia Arquivo/ Correio do Estado

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A Azul Linhas Aéreas anunciou, na tarde desta segunda-feira (15), que começara a operar voos para Assunção, no Paraguai, a partir de quatro cidades brasileiras: Campinas (Viracopos), Curitiba, Florianópolis e Recife.

O início da operação está marcado para dezembro, com aeronaves Embraer E-2, com capacidade para 136 passageiros, ou Airbus A320, para 174 passageiros.

Atualmente, a capital paraguaia tem entre dois e três voos diários para o Brasil, todos eles operados pela Gol e pela Latam a partir no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

A Azul ainda não divulgou os horários e a frequência dos voos. A companhia informou, apenas, que os voos que partem de Viracopos e Curitiba serão regulares, enquanto os de Florianópolis e Recife serão sazonais -operados apenas durante a alta temporada de verão.

"Esta nova rota surgiu a partir de uma provocação da Embratur, que nos cantou a bola de que a conexão com o país poderia ser melhor estudada e desenvolvida", disse Vitor Silva, gerente de planejamento e estratégia da Azul, durante o anúncio da nova rota, em um evento de turismo em São Paulo.

Também presente no anúncio, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, ressaltou que a importância do Paraguai também como origem de turistas. Segundo ele, em 2023 houve um aumento de 19% no fluxo de paraguaios para o Brasil, que se tornou o quarto maior emissor de turistas para o Brasil. "Esse fluxo, entretanto, acontece principalmente por via terreste", disse.

Assunção será o oitavo destino internacional na malha da Azul, que também voa para Orlando e Miami, nos EUA; Punta del Este e Montevideo, no Uruguai; Paris, na França; Lisboa, em Portugal e Curaçao, no Caribe. A companhia ainda não divulgou

PETROBRAS

Tribunal derruba liminar que suspendeu conselheiro da Petrobras

O mérito da ação será analisado ainda pela Quarta Turma -órgão de segunda instância- do tribunal

15/04/2024 20h00

A AGU (Advocacia-Geral da União) já recorreu também da decisão que afastou Mendes da Petrobras.. Divulgação

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O juiz federal do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) Marcelo Saraiva derrubou nesta segunda-feira (15) uma liminar -decisão provisória- que suspendia o mandato do ex-ministro Sergio Machado Rezende no conselho de administração da Petrobras.

O presidente do colegiado, Pietro Mendes, continua suspenso. Rezende fora afastado do conselho na semana passada, em liminar de primeira instância concedida a pedido do deputado estadual de São Paulo Leonardo Siqueira (Novo), sob o argumento de que sua nomeação fere o estatuto da estatal.

O mérito da ação será analisado ainda pela Quarta Turma -órgão de segunda instância- do tribunal, com sede em São Paulo.

Siqueira é também o autor da liminar que suspendeu o mandato de Mendes, por suposto conflito de interesses entre seu papel no conselho da estatal e sua atividade como secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME (Ministério de Minas e Energia).

A AGU (Advocacia-Geral da União) já recorreu também da decisão que afastou Mendes.

Petrobras e governo esperam que a suspensão do mandato também seja revertida neste caso.
A indicação de Rezende é questionada pelo descumprimento de quarentena exigida para a nomeação e ex-dirigentes sindicais ao conselho das estatais.

A Petrobras argumenta que uma liminar do ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski eliminou essa restrição.

A estatal chegou a alterar seu estatuto usando como justificativa a liminar, em uma decisão que gerou críticas de investidores privados e especialistas em governança.

Na época, a empresa defendeu que seguirá a lei, caso a liminar de Lewandowski seja derrubada.

"Nesse momento processual, entendo que não houve descumprimento do Estatuto Social da Petrobras no tocante ao requisito da quarentena, isso porque, no momento da posse prevalecia o entendimento da Suprema Corte", escreveu Saraiva.

Assim, diz ele, a manutenção do afastamento do mandato gera "perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo" e pode acarretar "vultoso impacto financeiro" na vida de Rezende, que também teve o salário de conselheiro suspenso.

Ex-dirigente do PSB, Rezende foi ministro da Educação e de Ciência e Tecnologia nos primeiros mandatos do presidente Lula. Foi excluído da lista do governo para a renovação do conselho na próxima assembleia, dando lugar ao secretário-executivo-adjunto do Ministério da Fazenda, Rafael Dubeux.

Mendes, por sua vez, deve ser reconduzido como presidente do conselho, segundo a lista apresentada pelo governo à estatal.

Aliado próximo do ministro Alexandre Silveira, ele chegou ao MME ainda no governo Bolsonaro -primeiro, como diretor do Departamento de Biocombustíveis, em 2020.

Foi promovido a secretário-adjunto em 2022 e levado ao colegiado que define a estratégia da estatal pelas mãos de Silveira em 2023. Tem tido embates com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, que passou as últimas semanas sob fritura.

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