O renomado fotógrafo Arlindo Namour, de 73 anos, morreu na manhã desta quarta-feira (28), de parada cardio-respiratória.
De acordo com seu filho, que também se chama Arlindo, ele estava internado há uma semana e logo já foi intubado. Ele havia contraído Covid-19, mas estava sem o vírus, só com as complicações causadas por ele.
Ele já havia tomado as duas doses da vacina contra a Covid há mais de 40 dias.
Na década de 90, seus filhos, Arlindo, de 44 anos e Alexadre Namour, 41 anos, começaram a trabalhar junto ao pai. Essa parceria durou 18 anos.
"Meu pai sempre teve a coragem de ser o primeiro em tudo na sua profissão, nunca mediu esforços. Ele frequentava cursos e congressos na Europa desde a década de 60, quando nenhum fotógrafo pensava nisso", relembra Arlindo Filho.
INOVAÇÃO
Namour começou no 'mundo' da fotografia em 1962, cursando a escola técnica em São Paulo. Ele foi referência nas décadas de 70,80 e 90, trazendo inovações na fotografia.
Os álbuns de casamento como são atualmente, foi uma inovação que o próprio Namour trouxe dos Estados Unidos para o Brasil, em 2001.
"Ele fazia imagens gigantes. Pôsteres fotográficos em uma época que não existia isso aqui no Brasil. Ele fazia já aqui em Campo Grande na década de 60. Depois disso, todo o mercado passou a fazer este tipo e virou um padrão até hoje", explica o filho.
Arlindo foi um dos primeiros fotógrafos a fotografar casamentos com câmeras digitais no Brasil, quando ainda ninguém se arriscava.
Residente em Campo Grande desde seu nascimento, em 1948, o profissional trouxe à Capital mais inovação ainda na década de 70, com uma loja com seu nome 'Namour', onde vendia os mais modernos equipamentos de vídeo e som do Brasil.
Em seu perfil no Instagram, há muitas fotografias da natureza, jantares, comidas e vinhos.