Cidades

Cidades

Arquiteta é morta e carbonizada em carro

Arquiteta é morta e carbonizada em carro

Redação

03/07/2010 - 00h15
Continue lendo...

karine cortez

A arquiteta Eliane Nogueira de Andrade, 39 anos, foi encontrada carbonizada, dentro do próprio carro, na madrugada de ontem, na Rua Manoel de Nóbrega, divisa entre os bairros Vilas Boas e Parque Dalas, em Campo Grande. O marido dela, o empresário Luís Afonso Santos de Andrade, 42 anos, é o principal suspeito do crime, segundo o titular da 4ª Delegacia de Polícia das Moreninhas, Wellington de Oliveira, devido as evidências de crime passional. Ele foi a última pessoa a ter contato com a vítima, na noite de quinta-feira, e disse à polícia que vinha tendo constantes brigas com a esposa, com quem se casou em 2008. O corpo estava no banco traseiro do veículo da arquiteta, um Polo de cor prata, que também estava totalmente queimado.
O empresário contou ao delegado que na quinta-feira esteve em uma festa, em companhia da esposa, da qual, segundo ele, estava se separando. No local consumiram bebida alcoólica e depois ele teria ido deixá-la, por volta de 1h, no apartamento onde moravam. “Ele disse que estava dormindo no escritório dele depois de terem se separado. Mas, se contradiz a todo instante e não soube dizer como foi para o escritório, sendo que os dois teriam saído juntos da festa e ele conduzindo o carro dela”, disse o delegado Wellington.
O empresário revelou, ainda, que no caminho os dois teriam iniciado uma briga e mostrou um arranhão no rosto que seria resultado da discussão. Mas, o porteiro do residencial Ilha Bela, localizado na Avenida Mato Grosso, onde os dois moravam, disse que assumiu o serviço as 22h de quinta-feira e até às 6h de ontem não viu o casal entrando ou saindo do local. Também esteve na delegacia o amigo da vítima, arquiteto Luís Pedro Scalise, que esteve na companhia do casal na noite de quinta-feira. Luís Pedro apresentou ao delegado fotos do jantar em que estiveram juntos e ficou constatado que o empresário mentiu sobre a roupa que estaria usando na noite de quinta-feira. “A roupa que ele disse estar usando, não é a mesma da foto”, afirmou.
Ainda de acordo com o delegado, “em momento algum ele demonstrou tristeza pela morte da mulher e não derramou uma lágrima durante toda a conversa”. Outro fato que favorece a suspeita de crime passional é que, segundo Wellington, Eliane não tinha antecedentes criminais, não usava drogas e também não tinha dívidas. A família da vítima confirmou ao delegado que as brigas entre o casal eram constantes.

Corpo
A polícia chegou ao local do crime depois que o Corpo de Bombeiros, por volta das 4h, foi acionado por moradores da região para apagar incêndio em um veículo. Depois que o fogo foi controlado é que houve a constatação de que havia um corpo dentro. De acordo com o delegado Wellington o cadáver, bem como o carro, estavam totalmente carbonizados e, por conta disso, não foi possível identificar se a jovem já estava morta ou foi espancada antes de o carro ser incendiado. “Pelas condições do corpo só mesmo a perícia para apontar a causa da morte”, disse o delegado.
O corpo da vítima foi reconhecido pelo irmão dela – que não teve a identificação divulgada –, por meio de um anel que Eliane usava e encaminhado para o Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol). O veículo foi encaminhado para o Instituto de Criminalística, onde será submetido a perícia. O delegado já tem a informação de que o carro foi incendiado com gasolina. Em diligência no escritório do empresário, na manhã de ontem, a polícia localizou o cupom de débito de um posto de gasolina, localizado na Rua 13 de Maio, referente a compra de R$ 50 em gasolina feita na quinta-feira, às 14h. “Ele havia dito que não tinha abastecido o veículo dele na quinta-feira. Agora, vamos querer saber o por quê dessa compra”, enfatizou o delegado.
Arquiteta
A arquiteta foi destaque na Casa Cor em 2009, que aconteceu em Campo Grande. Com o projeto Oásis, inspirado na Polinésia, assinado por ela e pelo sócio, o arquiteto Luís Pedro Scalise, Eliane ganhou o prêmio de projeto mais original da mostra. O ambiente projeto pelos dois era o maior de toda a casa com 380 m².

Ultima Ratio

Mais de dez dias após operação, desembargadores continuam sem tornozeleira

Nenhum dos investigados se apresentou à Unidade de Monitoramento da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário

04/11/2024 11h52

Operação que investiga possível esquema de venda de sentenças no TJMS foi deflagrada no dia 24 de outubro

Operação que investiga possível esquema de venda de sentenças no TJMS foi deflagrada no dia 24 de outubro Marcelo Victor/Correio do Estado

Continue Lendo...

Passados mais de dez dias da deflagração da Operação Ultima Ratio, os investigados pela Polícia Federal ainda não se apresentaram na Unidade de Monitoramento da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) para fazer a instalação da tornozeleira eletrônica.

A informação foi repassado ao Correio do Estado pela própria Agepen.

O monitoramento havia sido um pedido do Superior Tribunal de Justiça (STJ), como uma das medidas judiciais a serem atendidas pelos alvos da investigação, que apura a existência de um esquema de venda de sentenças no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul.

Segundo a medida, deveriam fazer o uso do equipamento os desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS): Sérgio Fernandes Martins (presidente), Marcos José de Brito Rodrigues, Alexandre Aguiar Bastos, Sideni Soncini Pimentel e Vladimir Abreu.

Além deles, também aparecem no relatório como principais envolvidos no esquema os ex-desembargadores Divoncir Schreiner Maran, Júlio Roberto Siqueira; o juiz da primeira instância, Paulo Afonso de Oliveira; e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Osmar Domingues Jeronymo.

Os citados acima foram afastados de suas funções por 180 dias, a contar do dia 24 de outubro, e estão proIbidos de acessar as dependências dos órgãos públicos onde trabalhavam e de manter contato com os demais investigados.

Qual a utilidade da
tornozeleira eletrônica?

A tornozeleira eletrônica é um equipamento utilizado para monitorar uma pessoa, nas seguintes situações:

  • Como medida cautelar, quando alguém estiver sendo processado criminalmente;
  • Para monitorar presos que estejam em prisão domiciliar;
  • Para monitorar presos que estejam gozando do benefício da saída temporária;
  • Em alguns casos, para presos que estejam cumprindo pena;
  • E até mesmo como medida protetiva, em processos e denúncias de violência domestica, evitando que agressores se aproximem de suas vítimas.

Como funciona?

A tornozeleira eletrônica utiliza um sistema de GPS para calcular em tempo real a localização geográfica da pessoa. Essa localização é enviada para uma Central de Monitoramento.

O monitoramento é feito 24 horas por dia, durante os sete dias da semana.

Se o indivíduo sair do perímetro permitido, o sistema de monitoramento sinaliza e o setor encarregado pela monitoração é acionado imediatamente

"Ultima Ratio"

"Operação Ultima Ratio", deflagrada no dia 24 de outubro, tem como objetivo investigar possíveis crimes de corrupção em vendas de decisões judiciais, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul.

Foram afastados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) cinco desembargadores, um juiz de primeira instância, um procurador do Ministério Público Estadual (MPE) e um conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE).

Assine o Correio do Estado.

"compras públicas"

Prefeitura gasta R$ 1,5 milhão para inscrever 300 servidores em seminário

Inscritos para evento de compras públicas, entre os dias 12 e 14 no Rubens Gil de Camillo, terão direito a quatro "coffee breaks" e a show de Nando Reis

04/11/2024 11h25

Investimento de mais de R$ 5 mil por inscrição prevê carga horária de 25 horas e certificado de participação

Investimento de mais de R$ 5 mil por inscrição prevê carga horária de 25 horas e certificado de participação Correio do Estado/Paulo Ribas

Continue Lendo...

Entre os dias 12 e 14 deste mês, Campo Grande sedia a 6.ª edição do chamado Seminário Nacional de Compras Públicas (Senacop 2024), para o qual a prefeitura do município desembolsou cerca de R$ 1,5 milhão com o intuito de inscrever 300 servidores para o evento. 

Através do Diário Oficial de Campo Grande, publicado nesta segunda-feira (04), o município trouxe o extrato do contrato, sendo que o termo sobre a ausência de licitação, a chamada "inexigibilidade" foi publicada ainda em 05 de setembro deste ano.  

Seguindo as especificações e quantidades estabelecidas, o chamado mapa de apuração deixa claro a quantidade de 300 inscrições de servidores, que somam R$1.559.700,00 no acordo entre a Secretaria Municipal de Gestão e a Empresa Atrea Premium Ltda. 

Cabe apontar que, ainda em abril deste ano, a Atrea firmou contrato com o município, para ministrar o curso "In Company" personalizado sobre a Nova Lei de Licitações e Contratos (Lei n. 14.133/2021), ao custo de R$ 232.990,00.

À época, esse curso seria para atender turma de 50 participantes, prevendo carga horária total de 90 horas-aulas mais outros três meses corridos de atendimento virtual, que serviriam para sanar qualquer dúvida. 

O evento

Marcado para acontecer no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo, que tem capacidade para mais de 1,5 mil pessoas, o Senacop 2024 prevê até mesmo uma apresentação musical para abertura do evento, com show de Nando Reis. 

A Prefeitura alega apoio ao desenvolvimento e qualificação profissional, citando: "clara necessidade de capacitar os servidores e aperfeiçoar o conhecimento daqueles que atuam nos setores de aquisições e contratações dos órgãos da administração pública". 

Além disso, sobre a falta de licitação, apontam para artigo 74 da lei que alega "inviabilidade de competição", dizendo que não é possível estabelecer comparação e julgamento de propostas. 

"Uma vez que a execução do objeto pretendido, de modo a atender plenamente a demanda da Administração, pressupõe o emprego de atributos e qualificações subjetivas, inviabilizando a realização de licitação para contratação do objeto em questão", cita o município em termo de referência. 

Com carga total de 25 horas, o investimento de mais de R$ 5 mil por inscrição prevê: 

  • 04 coffee breaks, 
  • Pasta, 
  • Caneta, 
  • Bloco de anotações, 
  • Mochila, 
  • Apostila e 
  • Certificado de participação.

Para o pagamento a prefeitura alega não ser possível comparar o preços de serviços singulares, o que justificaria a falta de cotação de preços junto a potenciais prestadores. 

"A ATREA PREMUIM está ofertando as inscrições para participação no Seminário Nacional de Compras Públicas - SENACOP 2024 constante na proposta com valores similares para este órgão do que os preços que ela própria prática no mercado, conforme comprovação através da nota fiscal", diz o município.

Sobre valores do seminário realizado em Campo Grande, considerado o "maior e melhor" evento de compras públicas do País, vale ressaltar que até o fim de maio o Senacop trabalhava ainda com valores de primeiro lote. 

Ainda que a diferença seja mínima, o valor de segundo lote pago pela Prefeitura de Campo Grande, válido a partir de 15 de julho até hoje (04 de novembro), é R$ 700 reais mais caro por unidade. 

Ou seja, para inscrição dos mesmos 300 servidores englobados no investimento de R$ 1,5 milhão, seria possível economizar aproximadamente R$ 210 mil em valores de inscrições ainda no primeiro lote da Senacop.

 Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).