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Antônio Carlos Siufi Hindo: "A importância da Turquia"

Promotor de Justiça aposentado

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Os turcos possuem um território lindo e privilegiado. Ocupa dois continentes. O europeu e o asiático. O número de turistas que desejam conhecer suas belezas naturais todos os anos respondem pelo nosso entendimento. Mas não é só. A Turquia é um País milenar. Em seu território passaram várias civilizações. Grandes impérios. Como se pode observar, trata-se de um país forrado de história. Seu passado remete-nos a essa certeza absoluta. Em 1.453 fizeram desaparecer do planeta o todo poderoso Império Romano na sua frente oriental. Constantinopla não suportou a ofensiva turca. O jovem sultão Maomé II foi o grande comandante vitorioso na histórica batalha. Sua força militar já prenunciava o seu destino de povo impetuoso. Dominador, sobretudo. Esse fato histórico  marcou o início da era moderna. As grandes navegações oceânicas e a descoberta da imprensa mudaram a realidade mundial. Os avanços outros também tiveram suas marcas indeléveis. 

Em 1.914 metade do mundo estava sob os seus domínios. A meia lua estampada orgulhosamente no corpo da sua Bandeira enchia de orgulho o seu povo. Era a evidencia explícita de uma conquista preciosa. Fruto da inteligência dos seus generais e da valentia dos seus soldados. Especialmente do fanatismo religioso. A propagação do islamismo incentivou as suas políticas de conquistas. Os povos que fugiram das perseguições políticas e religiosas desembarcavam nos países escolhidos para viver e construir suas famílias com a nacionalidade turca estampada no passaporte. Outro tema  resulta igualmente interessante. O estreito de Dardanelos localizado no extremo oriente do seu território faz a ligação entre o mar Egeu e o mar de Marmara e divide os territórios situados às margens do mar Negro com o restante do mundo. Nenhum navio passa por esse estreito sem a autorização do governo de Ancara. 

Aliando-se ao Império Austro Húngaro, no ano de 1.914,  a Turquia desafiou o mundo na primeira conflagração mundial. Os turcos foram derrotados. Seu vasto e poderoso território se esboroou. Mas a imagem de povo guerreiro ficou marcada de forma indelével até os dias que correm. Essa é a grande verdade. Esses esclarecimentos resultam necessários e imprescindíveis para melhor compreendermos os ataques bélicos desfechados pelas suas forças militares recentemente  contra os curdos que vivem no território da Síria. A Turquia não aceita o surgimento do Estado Curdo. Não o deseja como vizinho. Tem os seus motivos históricos. Já bastam as questões incendiárias naquele sitio geográfico e que se arrastam no curso dos milênios. Todos os dias preocupam a humanidade.  Essa é evidentemente uma outra questão tormentosa para o mundo diplomático. Washington reconhece essa preocupação. Retirou suas tropas do território sírio. Não desejou estabelecer com o seu aliado qualquer tipo de entrevero. A senha estava dada. Das suas bases  estratégicas os turcos podem alcançar os territórios dos seus vizinhos rapidamente.  Nenhum vizinho  pretende abrir um estado de guerra com os turcos. Especialmente Israel. Todos reconhecem  sua capacidade militar. Estratégica, em especial. 

A Rússia agora está construindo um acordo de paz.  Tudo isso resultou possível através de uma política diplomática construída entre Washington e Moscou.  Nesse mundo conturbado por questões políticas, econômicas, sociais e religiosas não pode  existir espaço para os confrontos militares. Essa matança de crianças sobretudo mostra a fotografia do nosso atraso. O ser humano se embruteceu. Tudo parece que precisa ser resolvido com o uso da violência. A intransigência,  é a sua palavra de ordem. Essas ações tresloucadas não refletem a grandeza de propósitos que precisa animar os lideres mundiais para encontrar no diálogo os mecanismos da paz. Não pode ser crível que a humanidade não aprendeu nada com os registros esculpidos no bojo da História. Sob esse enfoque  verdadeiro  e sem sofismas não entendemos a praticidade e a importância dos avanços científicos e tecnológicos que são oferecidos todos os dias para a humanidade. Eles não são oferecidos seguramente para fomentar a guerra. Estão sempre disponíveis para oferecer o conforto, a segurança e o bem estar. Vida que todos almejamos. O preconceito, a discórdia, o revanchismo como indicativos da guerra não podem suplantar o diálogo  como a maior arma a  fomentar a paz. Todos os povos merecem viver em paz. As descobertas científicas para a cura das doenças graves precisam ser esse grande norte alvissareiro. Esse o protagonismo que queremos desfrutar. A paz  na linha de frente. A guerra, varrida da história.

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Multiverso feminino: o dom de ser todas em uma

08/03/2025 07h47

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A mulher carrega dentro de si muitos mundos, coexistentes em sua mente. Neles, estão contidos múltiplos papéis, desempenhados simultaneamente, de acordo com a fase que ela está vivendo. Além dos papéis inerentes ao universo feminino – filha, esposa, mãe, profissional, amiga, líder, guerreira e, muitas vezes, todos ao mesmo tempo –, existem universos paralelos que a transportam para diferentes dimensões.

Nesses universos, ela precisa manejar desafios, ser intuitiva em suas escolhas e, às vezes, visitar o mundo da fauna, tornando-se uma ursa ou elefanta para divertir seus filhos. Outras vezes, precisa ser super-heroína: estica-se como a Mulher Elástico para alcançar metas, usa braceletes do poder como a Mulher Maravilha para se desviar das adversidades e veste diariamente a capa da Supergirl para proteger aqueles que ama.

Dentro desse sistema em constante expansão, ela assume múltiplas funções: administradora do lar, babá, educadora, diarista, nutricionista, cabeleireira e organizadora de eventos. E, apesar dos desafios, ela os enfrenta com graça e beleza, compreendendo que cada papel desempenhado é uma oportunidade de crescimento, evolução e descoberta de novas facetas de si mesma.

No entanto, viver nesse multiverso não é “recarregável”. Não há uma pilha interna que possa ser trocada nem um plugue para ser conectado à tomada e restaurar suas forças em minutos. Ela precisa aceitar suas limitações, reconhecer que o cansaço faz parte da jornada e entender que não há vergonha em não dar conta de tudo.

O segredo está em fazer pausas para se reconectar. É essencial aprender a dizer não, impor limites e priorizar o autocuidado e o descanso. Acima de tudo, deve-se enxergar essa multiplicidade não como uma sobrecarga, mas como a expressão única do seu dom de ser todas em uma.

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Caminhos da Vida

08/03/2025 07h30

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A história da humanidade vai se construindo através de fatos e acontecimentos, frutos da convivência dos seres humanos. Tudo tem seu valor e sua influencia, principalmente por meio de obras materiais e culturais. Felizes serão sempre aqueles e aquelas que souberem dispor de seus talentos e de seus dons em favor dessa humanidade.

O estágio que nos acolhe no presente momento lembra um período muito especial nessa história, o período da Quaresma. O carnaval já passou. Suas glórias e agitações já passaram. Talvez permaneçam emoções e sentimentos alegres e sonhos para o arquivo pessoal, mostrando que sempre haverá o que comemorar.

Agora é Quaresma. Um período disponível para a meditação, para o silêncio interior, para as obras de caridade. Tempo em que o coração se faz mais sensível ao sofrimento e as mãos mais abertas para apaziguar a consciência e acionar a generosidade.

Quaresma é tempo sagrado como os demais tempos. Esse, porém, marcado especialmente como tempo de reflexão e oração. Para hoje, sugerimos um texto do Evangelho escrito por Lucas (Lc.1-4). Passagem essa que nos mostra o Mestre dos mestres ser molestado por satanás, que lhe oferece as mais tentadoras recompensa e os mais deliciosos prazeres.

O mundo sempre gira nesse cosmos como um caminho da felicidade. Tudo o que tenha para oferecer, o faz sempre com segundas intenções. Mesmo que o ser humano não veja maldade, será necessário estar em alerta, pois o lobo mau tem suas artimanhas enganadoras.

Por mais que trabalhemos o equilíbrio emocional, por mais que controlemos nossa mente e nossa organização espiritual, sempre haverá brecha pela qual, pela fragilidade humana, nos deixaremos seduzir por algo tentador. 

Somos portadores, por onde andarmos, de boas intenções, de espírito convicto e de sensibilidade perfeitamente respeitável. Sabemos que somos assim. Por mais que nos esforçarmos, sempre haveremos de olhar no caminho percorrido, e no caminho a percorrer, obstáculos do tamanho que se apresentarem.

Mesmo sabendo que existam tantos inimigos, quem esteja decidido a assumir uma responsabilidade, não temerá tentações de qualquer sorte que se apresente, o importante será sempre apostar a vida em algum valor. Ninguém será tão forte que possa impedir ser feliz. Diante do tentador, o Mestre foi forte e decidido.

Quando lhe ofereceu uma vida de prazer, respondeu: “Não só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus”. Quando lhe ofereceu poder, respondeu: “Somente a Deus adoraras e a ele prestaras culto”. Quando lheu oferece riquezas, também soube sabiamente responder, embora o inimigo continuasse com suas tentações.

Enquanto estivermos nesse mundo, estaremos caminhando em caminhos nem sempre tão agradáveis e tão seguros. São muitos os desvios. São muitas as placas indicando curvas perigosas e pedindo que ande mais devagar. E os caminhos que levam a Deus? Também são caminhos. Caminhos que devem ser percorridos com muito amor e grande responsabilidade e prudência.

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