A Carta Constitucional de 1988 consolidou para todos os brasileiros o caminho da democracia. Sob a sua égide estamos construindo, com a força do nosso trabalho, a grandeza da nossa pátria. Não pode existir um legado mais precioso. Os nossos constituintes não inventaram nada de inusitado. Apenas acompanharam atentamente a evolução econômica, social e política dos países desenvolvidos que sustentam essa singular forma de governo. A democracia não é feita apenas de flores. Ela precisa ser cultivada todos os dias pelos seus filhos ilustres. Seus momentos difíceis são superados pela força das suas instituições democráticas. Os governos passam. A democracia, não. A força do voto popular sustenta e define a sua importância. Fora desse contexto não pode haver retrocesso. Respeitamos as interpretações diferentes.
O nosso entendimento tem o respaldo da nossa própria história. Política e institucional. Sempre tormentosa. Uma sequência de golpes de Estado, trapaças, roubalheira eleitoral, traições, acordos sórdidos e assassinatos foram as suas marcas indeléveis. Esse período nebuloso da nossa história ficou para trás. Não queremos mais sua repetição. As nossas crianças, os nossos adolescentes e os nossos jovens não precisam mais protagonizar essa triste lembrança. Precisamos garantir a todos uma vida digna, decente e respeitada. É assim que desejamos que tenham vida, desenvolvam-se, prosperem, formem a família e construam o seu patrimônio sem precisar dar satisfação dos seus atos para ninguém. A lei é o único instrumento que precisa ser respeitado.
Nesse diapasão, a grande revolução que almejamos é aquela que mostra o seu semblante corajoso. O labor fecundo e produtivo dos cidadãos esparramados em todos os quadrantes do nosso território nacional. Eles existem. Estão às nossas vistas. Precisamos apenas prestar a regular atenção para as suas ações silenciosas. Os frutos benditos do seu trabalho. Não existe nada de nebuloso nessa interpretação. Está tudo claro, sem sofismas. O gigantismo dos nossos médicos e das nossas médicas é um forte indicativo. Em hospitais na bancarrota ressuscitam vidas, mitigam a dor, evitam o sofrimento e oferecem seus préstimos profissionais na plenitude do verdadeiro sacerdócio. Essa é uma revolução silenciosa, digna e respeitosa. De outro vértice, temos os nossos professores. No silêncio das suas ações santas e diárias, formam os nossos cidadãos. Essa é a maior de todas as revoluções. Não tem preço esse trabalho. Sem armas, sem confrontos, sem desafios, sem provocações infundadas, sem nada que denigra a imagem do nosso cidadão. A força do nosso parque industrial, as fábricas e o vigor do nosso comércio fomentam essa revolução sem armas. Mas está nas entranhas da nossa abençoada terra a plenitude dessa revolução silenciosa. Ação nobre e fecunda. Gera a prosperidade, a riqueza, as fontes de trabalho, o emprego, a renda e a vida decente.
São os nossos produtores rurais, sempre valentes e intrépidos, que fomentam essa maravilhosa revolução. Todos os anos nos brindam com esse maravilhoso espetáculo. Revolução sustentada pelas mãos calejadas e sempre com o suor do trabalho honesto. As máquinas e os implementos agrícolas fazem a maravilha que nos enchem de orgulho. O nosso produto interno bruto tem a sua marca singular. Nesse contexto, claro, não existe espaço para outros tipos de revolução. Somente os povos atrasados são alcançados por essas ações nefastas. Os povos civilizados, não. O país que se inclinar para outra direção seguramente estará fadado ao ostracismo nas trocas comerciais. Despertará o repúdio dos povos desenvolvidos.
O Mercosul não aceita nos seus quadros dirigentes autoritários. A União Europeia traçou as normas dessa convivência amistosa. A história registrou esses fenômenos sustentados pela antiga União Soviética. Não é preciso dizer mais nada. Seu rastro, todavia, espalhou-se pelos quadrantes do planeta. Cuba é a filha predileta desse regime de força em nosso continente. Retrato do atraso. A toda poderosa Venezuela segue no mesmo caminho. Outros países seguem a mesma direção. Os fatos são claros. Não tem a eiva da dúvida, da discórdia, da paixão, da discussão estéril. Basta apenas interpretarmos a grandeza desse propósito. Sobretudo, o respeito à história como ciência que retrata com absoluta fidelidade os fatos políticos, econômicos e sociais que o mundo protagoniza todos os dias. Não é preciso mais nada.