O Brasil é um país de dimensão continental, e por causa disso, administrá-lo torna-se um desafio a cada governante, pois, a demanda por recursos originadas pelos estados da federação, não param de crescer, e as forças políticas das regiões economicamente mais fortes e mais organizadas, são as que tendem obter a maior fatia na divisão do bolo orçamentário, assim, o desenvolvimento do país caminha a passos de tartarugas.
O nosso estado ainda continua a reboque do binômio boi/soja como sua matriz econômica, e ainda por conta disso, a sua logística de transporte não atende o crescimento da demanda necessária ao seu escoamento, o que prejudica em muito a competitividade no preço dos grãos e também, da carne a ser exportada. Reconhecemos o empenho de nossos gestores para a aprovação dos projetos que poderiam alavancar a nossa economia, e ainda ajudar nas exportações dos produtos nacionais.
Talvez uma campanha publicitária de alto nível, em todas as redes de comunicação, e de abrangência nacional e internacional, possa alcançar os nossos objetivos, pois, além da respeitável produção de grãos, e do maior rebanho bovino do país, ainda temos as belezas naturais, onde se pode enfatizar o Pantanal, a maior área alagada do Planeta Terra, a espera de investimentos que gerariam riquezas, empregos e rendas, através do turismo de contemplação.
Trata-se de uma região onde os investimentos necessários à sua incrementação, seriam modestos, em se tratando de macroeconomia, até porque, possuímos uma rodovia que já atende a região pantaneira, temos ainda a hidrovia, e, finalmente, temos uma ferrovia abandonada e que com poucos recursos poderia ser revitalizada. A economia da região seria auto-sustentada, e com lucros sociais de curtíssimo prazo, eis que a estrutura existente se consolidaria com facilidade.
A cidade de Corumbá teve no passado um porto fluvial de exportação que era considerado o segundo maior da América latina, e hoje, com as voltas que a vida dá, e com a possibilidade da conclusão da rota bi-oceânica que encurtaria a distância para as exportações aos países asiáticos através do Pacífico, o Mato Grosso do Sul não só mudaria sua matriz econômica, como também, entraria para o contexto dos estados mais importantes da federação brasileira, econômicamente falando.
Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura. A motivação da população, aliada a classe política do estado, e uma campanha publicitária bem planejada, bem que poderia ajudar na conclusão de um sonho que é de todos nós, filhos desta terra. Vamos vender a imagem desta região que tem tanto a oferecer ao nosso Brasil, e à tantos países que invejam a beleza natural que temos e que ainda não conseguimos explorar. Mas, quem sabe não está chegando a nossa hora? Deus é brasileiro.