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Confira nosso editorial: "Variação das matrizes"

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Se tivéssemos ainda mais opções diferentes da energia hidrelétrica – como um maior volume de fontes eólica e solar –, certamente não seríamos impactados com as variações sazonais de preço 

Os extremos podem custar caro. Esta é uma máxima da economia. A precificação de eventos em que há grande diferença entre oferta e demanda sempre gerou desajustes. Sempre alguém perde muito, e um outro lado ganha muito. Apesar de imprevisível, os gestores responsáveis pela condução das políticas macroeconômicas têm de atenuar as situações extremas inevitáveis e evitar as que oferecem esta possibilidade.


Desde o mês passado, o centro-sul do Brasil, região do País que abrange vários estados brasileiros – e quase todo o território de Mato Grosso do Sul –, passa por uma onda de calor extremo e apresenta nível de chuvas muito abaixo da média para esta época do ano. As consequências para as pessoas deste evento natural já caminham para ir muito além das queixas sobre o calor ou mesmo do mal-estar no corpo humano que tal condição climática gera. A partir do mês que vem, o brasileiro deverá sentir no bolso os efeitos do calorão deste fim de inverno: a energia elétrica ficará mais cara.


Reportagem publicada nesta edição mostra as consequências destes dias de temperatura acima de 40ºC. O consumo de energia aumenta e a oferta do produto obtido de forma mais barata (a matriz hidrelétrica) diminui. Como os extremos na oferta e demanda sempre geram lucros ou prejuízos, certamente a maioria da população pagará a conta do calor excessivo.


É importante ponderar que o ser humano, ainda que tome todas as medidas necessárias para reduzir as causas e atenuar as consequências do forte calor, nada pode fazer para evitar os extremos climáticos. São eventos naturais, e uma coisa que homem nunca teve – e não há possibilidade alguma de ter – é o controle sobre a natureza.
O que os gestores das políticas públicas podem fazer é pegar carona nos eventos naturais para reduzir a dependência de uma matriz energética somente. O Brasil já caminha para isso, mas ainda é preciso mais.

Atualmente, temos a maior parte de nossa energia gerada por usinas hidrelétricas. Nos tempos em que o nível das barragens é reduzido por causa da estiagem, é natural que a geração de energia também fique menor.
A natureza oferece soluções mais perenes, como a luz solar e o vento. As energias de fontes consideradas alternativas até pouco tempo atrás agora ganham importância cada vez maior. Se tivéssemos ainda mais opções diferentes da energia hidrelétrica – ou mesmo da térmica, um pouco mais cara –, certamente não seríamos impactados com as variações sazonais (as bandeiras verde, amarela e vermelha das contas) como tem ocorrido nos últimos tempos.

ARTIGOS

Multiverso feminino: o dom de ser todas em uma

08/03/2025 07h47

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A mulher carrega dentro de si muitos mundos, coexistentes em sua mente. Neles, estão contidos múltiplos papéis, desempenhados simultaneamente, de acordo com a fase que ela está vivendo. Além dos papéis inerentes ao universo feminino – filha, esposa, mãe, profissional, amiga, líder, guerreira e, muitas vezes, todos ao mesmo tempo –, existem universos paralelos que a transportam para diferentes dimensões.

Nesses universos, ela precisa manejar desafios, ser intuitiva em suas escolhas e, às vezes, visitar o mundo da fauna, tornando-se uma ursa ou elefanta para divertir seus filhos. Outras vezes, precisa ser super-heroína: estica-se como a Mulher Elástico para alcançar metas, usa braceletes do poder como a Mulher Maravilha para se desviar das adversidades e veste diariamente a capa da Supergirl para proteger aqueles que ama.

Dentro desse sistema em constante expansão, ela assume múltiplas funções: administradora do lar, babá, educadora, diarista, nutricionista, cabeleireira e organizadora de eventos. E, apesar dos desafios, ela os enfrenta com graça e beleza, compreendendo que cada papel desempenhado é uma oportunidade de crescimento, evolução e descoberta de novas facetas de si mesma.

No entanto, viver nesse multiverso não é “recarregável”. Não há uma pilha interna que possa ser trocada nem um plugue para ser conectado à tomada e restaurar suas forças em minutos. Ela precisa aceitar suas limitações, reconhecer que o cansaço faz parte da jornada e entender que não há vergonha em não dar conta de tudo.

O segredo está em fazer pausas para se reconectar. É essencial aprender a dizer não, impor limites e priorizar o autocuidado e o descanso. Acima de tudo, deve-se enxergar essa multiplicidade não como uma sobrecarga, mas como a expressão única do seu dom de ser todas em uma.

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ARTIGOS

Caminhos da Vida

08/03/2025 07h30

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A história da humanidade vai se construindo através de fatos e acontecimentos, frutos da convivência dos seres humanos. Tudo tem seu valor e sua influencia, principalmente por meio de obras materiais e culturais. Felizes serão sempre aqueles e aquelas que souberem dispor de seus talentos e de seus dons em favor dessa humanidade.

O estágio que nos acolhe no presente momento lembra um período muito especial nessa história, o período da Quaresma. O carnaval já passou. Suas glórias e agitações já passaram. Talvez permaneçam emoções e sentimentos alegres e sonhos para o arquivo pessoal, mostrando que sempre haverá o que comemorar.

Agora é Quaresma. Um período disponível para a meditação, para o silêncio interior, para as obras de caridade. Tempo em que o coração se faz mais sensível ao sofrimento e as mãos mais abertas para apaziguar a consciência e acionar a generosidade.

Quaresma é tempo sagrado como os demais tempos. Esse, porém, marcado especialmente como tempo de reflexão e oração. Para hoje, sugerimos um texto do Evangelho escrito por Lucas (Lc.1-4). Passagem essa que nos mostra o Mestre dos mestres ser molestado por satanás, que lhe oferece as mais tentadoras recompensa e os mais deliciosos prazeres.

O mundo sempre gira nesse cosmos como um caminho da felicidade. Tudo o que tenha para oferecer, o faz sempre com segundas intenções. Mesmo que o ser humano não veja maldade, será necessário estar em alerta, pois o lobo mau tem suas artimanhas enganadoras.

Por mais que trabalhemos o equilíbrio emocional, por mais que controlemos nossa mente e nossa organização espiritual, sempre haverá brecha pela qual, pela fragilidade humana, nos deixaremos seduzir por algo tentador. 

Somos portadores, por onde andarmos, de boas intenções, de espírito convicto e de sensibilidade perfeitamente respeitável. Sabemos que somos assim. Por mais que nos esforçarmos, sempre haveremos de olhar no caminho percorrido, e no caminho a percorrer, obstáculos do tamanho que se apresentarem.

Mesmo sabendo que existam tantos inimigos, quem esteja decidido a assumir uma responsabilidade, não temerá tentações de qualquer sorte que se apresente, o importante será sempre apostar a vida em algum valor. Ninguém será tão forte que possa impedir ser feliz. Diante do tentador, o Mestre foi forte e decidido.

Quando lhe ofereceu uma vida de prazer, respondeu: “Não só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus”. Quando lhe ofereceu poder, respondeu: “Somente a Deus adoraras e a ele prestaras culto”. Quando lheu oferece riquezas, também soube sabiamente responder, embora o inimigo continuasse com suas tentações.

Enquanto estivermos nesse mundo, estaremos caminhando em caminhos nem sempre tão agradáveis e tão seguros. São muitos os desvios. São muitas as placas indicando curvas perigosas e pedindo que ande mais devagar. E os caminhos que levam a Deus? Também são caminhos. Caminhos que devem ser percorridos com muito amor e grande responsabilidade e prudência.

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