Não seria o momento de grandes incentivos, assim como os recebidos por conglomerados industriais e comerciais, fossem destinados aos pequenos na mesma proporção?
O que faz um setor da economia grande ou pequeno, não é a individualidade de seus integrantes, que no mercado empresarial também são chamados de “players” (estrangeirismo desnecessário), e sim o valor financeiro movimentado. Para fins macroeconômicos, não importa se foram uma, duas, dez, ou trinta empresas que movimetaram uma vultuosa quantia milionária, e sim, o dinheiro resultante das operações.
Para fins sociais, o que importa é algo muito mais relevante. É a forma que setores fortes da economia distribuem o valor produzido, e os lucros e dividendos obtidos. Quanto mais distributiva for uma atividade, seja ela nos setores primário (matéria-prima e extração), secundário (indústria) ou terciário (serviços), mais os efeitos positivos dela serão percebidos pela sociedade.
O coletivo nada mais é que uma ampla e diversa reunião de individualidades, e o que torna os números resultantes deste agrupamento expressivos, é justamente esta formas de enxergar esta união, como um todo. Há décadas que os pequenos empreendimentos são lembrados como os grandes movimentadores da economia de qualquer cidade, estado e da maioria dos países. Em Mato Grosso do Sul não é diferente.
Reportagem publicada nesta edição mostra que os pequenos negócios foram os líderes na geração de novas vagas de trabalho no mês de maio. Isso ocorreu justamente num período em que a crise econômica - que parecia estar ficando para trás - voltou a se agravar.
É justamente destes pequenos empregadores que saem algumas das soluções para que os brasileiros possam viver dias melhores, já vividos outrora. Para que eles tenham capacidade de agir com mais eficiência, porém, é preciso que as administrações públicas enxerguem neles não uma presa fácil para suprir seus problemas de arrecadação (é mais fácil cobrá-los, porque sozinhos, são mais fracos), mas como aqueles cujo trabalho árduo e criativo sustentam boa parte da sociedade.
Não seria o momento de grandes incentivos, assim como os recebidos por conglomerados industriais e comerciais, fossem destinados aos pequenos na mesma proporção? Os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que o papel deles é fundamental na geração de vagas de trabalho. Que a justiça seja feita.