O pacote de energia barata, que o ministro Paulo Guedes deve anunciar em breve, pode reduzir a inflação, o custo fixo das empresas, e também as despesas das famílias.
O primeiro semestre da gestão Jair Bolsonaro não tem sido fácil para os brasileiros, sejam para os que questionam a gestão deles, ou mesmo para os que o apoiam. A exatidão da matemática e seu realismo extremo é quem nos mostra essas dificuldades: vários recuos na estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano, dificuldades do poder público arrecadar tributos, e aumento nos níveis de inadimplência. Nesta semana, publicamos levantamento da Serasa que indica que as contas de consumo (água, energia e telefone) ajudaram a aumentar a inadimplência.
Quando citamos este mesmo primeiro semestre, não há como não lembrar da medida, que certamente é a mais drástica deste governo, e que depois de implementada, promete que o poder público economize recursos para retomar o poder de investir. E é a economia de recursos - que a administração pública calcula em R$ 1 trilhão em dez anos - que ajudará na retomada dos investimentos e no consequente crecimento da economia. Voltando aos dias difíceis, é importante frisar que a falta de investimento, e o doloroso processo de tramitação e aprovação da reforma da previdência contribuem para a piora nos índices econômicos, e o governo federal já sabe disso, e a promessa feita nesta semana pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, foi - certamente - uma das melhores notícias do ano: um plano para baratear a energia.
É importantíssimo que a energia seja barateada o mais rápido possível. Atualmente, o custo fixo da energia elétrica, e dos derivados de petróleo e outros hidrocarbonetos, como o gás natural, tem sido os grandes responsáveis pela perda do poder de compra das famílias, e pela perda de capacidade de investimento das empresas, sejam elas da indústria ou do comércio.
Esperamos por medidas que possam baratear a produção. Isto certamente será um excelente caminho para aumentar a liquidez do mercado, ou seja: possibilitar que mais dinheiro sobre nas cadeias produtivas, e que ele possa circular.
Um plano para baratear a energia melhoraria várias camadas da sociedade brasileira. Uma redução do preço do botijão do gás de cozinha, por exemplo, seria um alívio para as famílias, sobretudo as que sobrevivem com ganhos próximos ao salário mínimo. Redução no custo da energia elétrica, ajudaria não somente no orçamento residencial, mas baratearia os produtos que consumimos. Que as notícias sejam boas.