Artigos e Opinião

Cláudio Humberto

"Do azul pro vermelho em tempo recorde"

Deputado Vitor Hugo (PL-GO) comparando o superavit de Bolsonaro ao déficit de Lula

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MDB vira cabo eleitoral de Dantas para o STF

É forte no Palácio do Planalto a pressão do MDB do Senado para emplacar o ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU), como substituto de Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF). O partido emplacou Dantas no TCU com ajuda de Renan Calheiros, no governo Dilma Roussef, em 2014. O PT foi um dos derrotados naquela briga pelo TCU, por isso agora faz força para que a escolha de Lula recaia sobre “alguém de confiança”, mais à esquerda.

Fim da lista

Com chances modestas em Minas em 2026, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) está em campanha aberta pela vaga aberta no STF.

Favorito

Petistas afirmam que entre Pacheco e Dantas, Lula prefere mesmo Jorge Messias, o “Bessias”, ministro-chefe da Advocacia-Geral da União.

Veja bem

Para evitar indisposição no Senado, principalmente com o PSD, o MDB até sugere uma troca: Dantas no STF e Pacheco no TCU.

Na chuva

Lula tenta se livrar da pressão de Davi Alcolumbre (União-AP) por Pacheco estimulando sua candidatura ao governo mineiro.

Carga tributária bate recorde e Lula quer mais

Relatório da oposição no Senado observa que o governo tenta “desesperadamente” aumentar a arrecadação, mas não cogita cortar os próprios gastos. Desde 2023, o governo petista e o ministro Fernando “Taxxad” Haddad já empurraram goela abaixo dos brasileiros ao menos 27 aumentos de impostos, fazendo a carga tributária total crescer um ponto percentual em um ano. “Recorde histórico”, lamenta o relatório.

Governo é custo

Entram na conta de Lula 27 reajustes de alíquotas, fim de isenções e medidas que dificultam a obtenção de créditos tributários.

População esfolada

O resultado da taxação de Lula e cia. é que a carga tributária subiu de 31,2% do PIB em 2022 para 32,3% em 2024, atingindo recorde histórico.

Muito mais por vir

A derrota de Lula na MP de “alternativa” ao IOF força o governo a apresentar novo pacote de medidas. Quase tudo aumento, claro.

Rir para não chorar

Viralizou o “tour” de Cleitinho (Rep-MG) pelo apartamento funcional de senador, em Brasília, cujos gastos ele denuncia. Os cinco quartos espantaram um eleitor: “Para que tudo isso? Assessores dormem aí?”. Unidades semelhantes são vendidas por cerca de R$3 milhões.

Plano Taxxad

Há chances de o ministro Fernando Haddad apresentar hoje (15) mais um pacotão de aumento de impostos para compensar a decisão da Câmara de deixar caducar a MP do IOF. Cortar despesas, que é bom...

Cada enxadada...

A oposição na Câmara chama atenção para os gastos do governo Lula (PT) com o seguro-defeso, pago a pescadores, que já disparou 49,4% em comparação a 2024. Foram R$6,3 bilhões nos últimos 12 meses.

Imposto gera dúvida

Dados do Google Brasil apontam que as buscas sobre “o que é o IOF” mais que dobraram no Brasil só entre quinta e sexta da semana passada: 170%. Em relação a 2024, buscas sobre o imposto triplicaram.

Longínquo

Para o deputado Osmar Terra (PL-RS), ministros do STF se distanciaram da democracia e “tornaram-se ‘seres iluminados’ que mesmo sem ter votos, passaram a decidir quase tudo o que era ‘melhor para o País’”.

Faltam votos

Ficou para hoje, se não mudar de última hora, outra vez, a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias. Sem ter certeza se vai conseguir fechar as contas no próximo ano, o governo pediu o adiamento no Senado.

Questão de perspectiva

Considerando a margem de erro de 2,4% do Paraná Pesquisas, os números de Geraldo Alckmin (PSB) para o governo de São Paulo (espontâneo) chegam a 4,4%. No copo vazio, Alckmin sai devendo 0,4%.

É o obvio

Levou mais de um mês para a Procuradoria-Geral da República jogar terra no pedido de prisão de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) feito por líder petista. A PGR diz o óbvio: o deputado não tem legitimidade para pedir.

Pensando bem...

...na Venezuela, que faz escola, a prisão (com espetáculo) e inelegibilidade de opositores precederam a “vitória” do ditador.

PODER SEM PUDOR

Meu ministro

Ao desembarcar no Recife, certa vez, o saudoso Eduardo Campos, que na época era ministro Ciência e Tecnologia, foi reconhecido e recebido assim por um correligionário e fã: “Este é o meu ministro: chega sem mala e sem cueca!...” Campos nunca soube ao certo se entendeu a saudação.

Artigos

Cop 30, a hora da verdade

Escrito pela presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva

06/11/2025 03h00

Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República

Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República Divulgação

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Começa hoje, na Amazônia brasileira, a Cúpula de Belém, que antecede a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30). Convoquei os líderes de todo o mundo para essa reunião, dias antes da abertura da COP, para que todos assumam o compromisso multilateral de agir com a urgência que a crise climática exige.

Se não atuarmos de maneira efetiva, para além dos discursos, nossas sociedades perderão a crença nas COPs, no multilateralismo e na política internacional de maneira mais ampla. É por isso que convoquei os líderes globais para a Amazônia e conto com o empenho de todos eles para que essa seja a COP da verdade, o momento em que provaremos a seriedade de nosso compromisso com todo o planeta.

Ações coletivas baseadas na ciência provam nossa capacidade de enfrentar e vencer grandes desafios. Fomos capazes de proteger a camada de ozônio. A resposta global à pandemia da Covid-19 provou que o mundo dispõe de meios para agir, sempre que há coragem e vontade política.

O Brasil foi sede da Cúpula da Terra em 1992. Aprovamos as convenções do Clima, da Biodiversidade e da Desertificação e os princípios que estabeleceram um novo paradigma e rumo para preservarmos o planeta e a humanidade. Nesses 33 anos, os encontros resultaram em acordos e metas importantes para a redução dos gases de efeito estufa (zerar o desmatamento até 2030, triplicar o uso de energia renovável, etc.).

Mais de três décadas depois, o mundo volta para o Brasil para discutir o enfrentamento à mudança do clima. Não é à toa que a COP30 aconteça no coração da floresta amazônica. É uma oportunidade para que políticos, diplomatas, cientistas, ativistas e jornalistas conheçam a realidade da Amazônia.

Queremos que o mundo veja a real situação das florestas, da maior bacia hidrográfica do planeta e dos milhões de habitantes da região. As COPs não podem ser apenas uma feira de boas ideias, nem uma viagem anual dos negociadores. Elas devem ser o momento de contato com a realidade e de ação efetiva no enfrentamento à mudança do clima.

Para combater, juntos, a crise climática precisamos de recursos. E reconhecer que o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas, continua sendo a base inegociável de qualquer pacto climático.

Por essa razão, o Sul Global exige maior acesso a recursos. Não por uma questão de caridade, mas de justiça. Os países ricos foram os maiores beneficiados pela economia baseada em carbono. Precisam, portanto, estar à altura de suas responsabilidades. Não apenas assumir compromissos, mas honrar suas dívidas.

O Brasil está fazendo sua parte. Em apenas dois anos, já reduzimos pela metade a área desmatada na Amazônia, mostrando que é possível agir concretamente pelo clima.

Lançaremos em Belém uma iniciativa inovadora para preservar as florestas: o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF). É inovador por ser um fundo de investimento, e não de doação. O TFFF remunerará quem mantiver suas florestas em pé e também quem investir no fundo. Uma lógica de ganha-ganha no enfrentamento à mudança do clima. Liderando pelo exemplo, o Brasil anunciou investimento de US$ 1 bilhão no TFFF e esperamos anúncios igualmente ambiciosos de outros países.

Também demos o exemplo ao nos tornarmos o segundo país a apresentar sua nova Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC). O Brasil se comprometeu a reduzir entre 59 e 67% suas emissões, abrangendo todos os gases de efeito estufa e todos os setores da economia.

É nesse sentido que convocamos todos os países a apresentarem NDCs igualmente ambiciosas e as implementarem efetivamente.

A transição energética é fundamental para o cumprimento da NDC brasileira. Nossa matriz energética é uma das mais limpas do mundo, com 88% da eletricidade vinda de fontes renováveis. Somos líderes em biocombustíveis e avançamos na energia eólica, solar e hidrogênio verde.

Direcionar recursos da exploração do petróleo para financiar a transição energética justa, ordenada e equitativa será fundamental. As empresas petroleiras do mundo, como a brasileira Petrobras, com o tempo se transformarão em empresas de energia, porque é impossível seguir indefinidamente com um modelo de crescimento baseado nos combustíveis fósseis.

As pessoas devem estar no centro das decisões políticas sobre o clima e a transição energética. Precisamos reconhecer que os setores mais vulneráveis da nossa sociedade são os mais afetados pelos efeitos da mudança climática, por isso, os planos de transição justa e adaptação precisam ter como objetivo o combate às desigualdades.

Não podemos esquecer que 2 bilhões de pessoas não têm acesso à tecnologia e combustíveis limpos para cozinhar. 673 milhões de pessoas ainda vivem com fome no mundo. Em resposta a isso, lançaremos, em Belém, uma Declaração sobre Fome, Pobreza e Clima. É essencial que o compromisso da luta contra o aquecimento global esteja diretamente relacionado ao combate à fome.

Também é fundamental que avancemos com a reforma da governança global. Hoje o multilateralismo sofre com a paralisia do Conselho de Segurança da ONU. Criado para preservar a paz, não consegue impedir as guerras. É nossa obrigação, portanto, lutar pela reforma dessa instituição.

Na COP30, defenderemos a criação de um Conselho de Mudança do Clima da ONU, vinculado à Assembleia Geral. Uma nova estrutura de governança, com força e legitimidade para garantir que os países cumpram o que prometeram. Um passo efetivo para reverter a atual paralisia do sistema multilateral.

A cada Conferência do Clima, ouvimos muitas promessas, mas poucos compromissos efetivos. A época das cartas de boas intenções se esgotou: é chegada a hora dos planos de ação. Por isso, começamos hoje a “COP da verdade”.

* Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República Federativa do Brasil

 

ARTIGOS

Donald Trump e a perigosa escalada nuclear no mundo

Em troca da redução das tarifas impostas a Pequim, Washington busca recuperar espaço na venda de soja e no acesso aos minerais de terras raras do país asiático

05/11/2025 07h45

Arquivo

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O governo de Donald J. Trump firmou um acordo relevante com a China, voltado à melhoria das relações comerciais entre os dois países.

Em troca da redução das tarifas impostas a Pequim, Washington busca recuperar espaço na venda de soja e no acesso aos minerais de terras raras do país asiático – elementos estratégicos para diversas indústrias de alta tecnologia.

Trata-se de uma negociação crucial para a frágil estabilidade do comércio global, marcada por tensões e dificuldades de consenso entre as grandes potências.

Entretanto, no mesmo dia em que anunciou o entendimento com a China, Trump declarou a intenção de retomar os testes nucleares, prática abandonada desde o fim do século 20.

Diante das incertezas geradas pela guerra entre Ucrânia e Rússia, pelos avanços tecnológicos de Pequim e pelas pesquisas nucleares iranianas, os Estados Unidos preparam-se novamente para a hipótese de uma guerra total no século 21.

Único país a lançar bombas atômicas contra outro, Washington conhece bem os dilemas éticos, políticos e estratégicos que esse tipo de decisão acarreta à complexa arena geopolítica internacional.

O cenário poderia ser amenizado com novos tratados que visassem restringir o uso e os testes de armas nucleares. Contudo, tais iniciativas parecem inviáveis enquanto as três maiores potências militares – Estados Unidos, Rússia e China – mantiverem-se em estado de tensão ou conflito iminente.

Assim, enquanto Moscou se sentir ameaçada pela expansão da Otan e Pequim interpretar o apoio norte-americano a Taiwan como provocação direta, a dissuasão nuclear continuará a ser um pilar estratégico na manutenção do equilíbrio global.

Na pior hipótese, porém, esse mesmo equilíbrio pode se transformar em um gatilho para uma catástrofe de proporções apocalípticas.

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