O que deve ser levado em consideração é que há outros fatores que contribuem para mais mortes e acidentes no trânsito. Um deles, é a infraestrutura de ruas e avenidas.
O trânsito de Campo Grande já acumula 48 mortes desde o início do ano. Número que serve de alerta aos motoristas e deveria despertar preocupação nas autoridades locais. Deste total de vítimas, 32 são motociclistas, outro dado importante para entender o problema que o trânsito causa não somente na famílias das vítimas, ou com as centenas de pessoas que ficam feridas devido às tragédias.
O que é necessário para tornar o trânsito de Campo Grande mais seguro e ordenado, não é somente educação dos motoristas e maior rigor na fiscalização por parte da Polícia Militar, Agência Municipal de Trânsito (Agetran) e Guarda Municipal, únicos temas abordados pelas autoridades, sempre quando a quantidade de acidentes aumenta.
Evidente que um motorista bem preparado, que tenha consciência de todas as leis de trânsito, e que as cumpra, sobretudo pelo temor de ser multado ou até mesmo preso, é essencial para uma perfeita convivência entre motoristas de carros, caminhões e motocicletas e ciclistas e pedestres. Mas há outros fatores que também influenciam nos índices de violência.
que deve ser levado em consideração é que há outros fatores que contribuem para mais mortes e acidentes no trânsito. Um deles, é a infraestrutura. Ruas bem sinalizadas, com asfalto em boas condições (sem buracos ou obstáculos) também reduzem a violência, e aumentam o respeito às leis de trânsito, segundo estudos de vários órgãos da área, entre eles o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).
Em vias em que as faixas estão devidamente pintadas e as placas estão instaladas, os motoristas repeitam as leis de trânsito em um primeiro momento, simplesmente porque a sinalização a todo momento, os lembra das regras do jogo.
As autoridades municipais e estaduais também devem buscar uma solução para reduzir a mortalidade de motociclistas, categoria que mais se envolve em acidentes. O caminho para aumentar o respeito dos condutores de motocicleta às leis de trânsito é mais fiscalização (como já tem ocorrido, com o reforço das blitze pela Polícia Militar), mais rigor com os motociclistas que cometem infrações, e políticas públicas para desencorajar o uso da motocicleta (melhoria no transporte público e restrições de tráfego, por exemplo.
A redução da quantidade de mortes e acidentes no trânsito da Capital também passa não somente por uma maior atuação nas autoridades em todas as frentes possíveis: fiscalização, policiamento, educação e infraestrutura. Também cabe ao cidadão cobrar respeito às leis de trânsito a quem flagrantemente desobedece as regras. A reprovação social ao motorista que faz uma conversão indevida, estaciona em local proibido, dirige na contramão ou acima dos limites de velocidade, contribui para acabar com a ainda dominante cultura do jeitinho, e substituí-la pela cultura do respeito às leis e às outras pessoas, da dignidade humana, e da tolerância.