Artigos e Opinião

OPINIÃO

Peripéris Rodrigues do Prado: "Poros entupidos"

Advogado e bacharel em Ciências Filosóficas

Redação

07/10/2015 - 00h00
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A humanidade como uma boiada desgarrada de seu habitat, correndo como louca em busca daquilo que nem sabe na verdade se quer; uns em busca de sobrevivência, outros lutando para ter e ser, percebe-se que, em nossa sociedade e mesmo no seio da família, só é querido aquele que consegue ter e ser; tolos, não precisa de muito para viver em paz e tranquilidade, ninguém levará consigo patrimônio algum. Tem pessoas que só vivem contente se tiver terras, fazendas, gado, etc. e etc... somos tão frágeis, que nada disso salva nossa vida e nosso espírito, muitas das vezes trazem desavença e sofrimento. 

Outros dois itens que afastam as pessoas uma das outras é a inveja e o egoísmo.Tem egoísta que só fica feliz quando vê seu vizinho ou conhecido padecendo materialmente, porém, quando vê esse mesmo vizinho comprar um bem, fica furioso a ponto de dizer  “está roubando”.

Aquele que valoriza outrem apenas pelo que tem é um despreparado, tanto quanto pensa que essa vida é eterna; daqui nada se leva, a não ser as boas ações; porém, sabemos que ainda há um divisor de águas entre os que muito têm, daqueles que pouco ou nada têm, infelizmente isso nunca vai acabar; gostaria de opinar aos homens escravos de bens e de riquezas que tudo é vaidade passageira. Enquanto há tempo, faça um inventário da sua vida, anote seus pecados, as mágoas e os aborrecimentos que causou a outrem, a estupidez, a grosseria, a humilhação, os  adultérios, os abortos, os estupros, os roubos, os furtos, o homicida, o latrocida, o pistoleiro, aquele ou aquela que destruiu o lar dos outros, por meio de práticas passionais. 

As pessoas que pensam que tudo caiu no esquecimento e que nada vai acontecer, ledo engano, pois será cobrado a seu tempo. Deus é misericordioso, porém, justo.

Não consigo entender como estes homens corruptos e maquiavélicos conseguem dormir, sabendo de quantas crianças estão passando fome, frio, sem roupas e sapatos para irem à escola, ou não têm remédios. Eu me revolto ao saber que a roubalheira foi de bilhões. Nossas autoridades pouco ou nada fazem , tudo gira em torno de negociatas, não só no País como um todo, mas também em nosso Estado. A mídia está aí, mostrando todos os dias a vergonha deslavada de alguns dos nossos  governantes, uns comprando e outros vendendo a sua própria consciência. 

Editorial

Segurança jurídica e o futuro da infraestrutura

Para que os investimentos se consolidem e avancem, é fundamental que haja estabilidade política, respeito aos contratos e previsibilidade regulatória

23/05/2025 07h15

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Diz o velho ditado: “O Brasil não é para amadores”. A frase, tantas vezes repetida, carrega o peso de uma realidade marcada por instabilidades, incertezas e surpresas – nem sempre agradáveis – no cenário político, econômico e jurídico. Mas se há algo que podemos e devemos desejar com firmeza é que o Brasil deixe de ser o país das exceções e improvisos para se tornar um território de bons profissionais. O primeiro passo nessa direção é claro: precisamos de segurança jurídica.

Esse conceito, por vezes abstrato no debate público, ganha forma concreta quando analisamos questões como a infraestrutura e os contratos públicos. Nesse aspecto, maio foi um mês histórico para o Estado de Mato Grosso do Sul. Duas concessões de rodovias foram arrematadas, abrindo um novo capítulo para o desenvolvimento logístico da região. Um passo crucial para destravar o potencial econômico de um estado estratégico para o agronegócio, a indústria e a integração nacional.

A lição do passado, no entanto, serve de alerta. Há pouco mais de uma década, vivemos a mesma empolgação com a concessão da BR-163. À época, o entusiasmo foi engolido por uma sucessão de problemas: a crise econômica, a queda na movimentação da rodovia e a ausência de financiamentos públicos para duplicações. O resultado foi um projeto paralisado e uma frustração generalizada.

Dessa vez, os contratos das novas concessões foram melhor estruturados, com regras claras e compromissos bem definidos. A modelagem foi revista, buscando corrigir as falhas do passado. Ainda assim, o sucesso não depende apenas do papel assinado – depende, sobretudo, da criação de um ambiente estável para que os compromissos sejam honrados. E isso não é responsabilidade apenas do poder público ou das empresas, é um dever de toda a sociedade.

Distensionar o ambiente social é hoje um desafio central. O Brasil vive um momento de polarização política intensa que contamina instituições e dificulta a construção de consensos mínimos. A radicalização, além de ameaçar a convivência democrática, enfraquece a segurança jurídica. Qualquer tentativa de romper o status quo sem diálogo aprofunda incertezas e compromete a confiança nos acordos firmados.

Para que os investimentos se consolidem e avancem, é fundamental que haja estabilidade política, respeito aos contratos e previsibilidade regulatória. A lógica da insegurança espanta investidores e desacelera o progresso. A infraestrutura não é feita apenas de asfalto e concreto: é feita também de confiança e compromisso com a legalidade.

O Brasil precisa romper com o ciclo do improviso. Precisamos reafirmar que as regras do jogo devem ser respeitadas, independentemente de quem esteja no poder. Isso vale para as concessões, para os contratos, para a vida institucional. Um país de bons profissionais é, antes de tudo, um país que honra seus compromissos. Mato Grosso do Sul deu um passo importante. Agora, cabe a todos nós garantir que esse passo seja sustentado por um solo firme: o solo da segurança jurídica.

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ARTIGOS

Direitos, obrigações e informações no Imposto de Renda do trabalhador

21/05/2025 07h45

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Com o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda se aproximando, é essencial que os trabalhadores brasileiros compreendam suas obrigações fiscais e se atentem aos direitos que podem ser exercidos para otimizar a declaração. Erros simples no preenchimento podem resultar em multas, enquanto o uso adequado das deduções previstas em lei pode representar economia significativa e até aumento na restituição.

A declaração do Imposto de Renda deve ser encarada como um exercício de responsabilidade financeira. Com organização e apoio técnico, o trabalhador pode transformar uma obrigação em uma oportunidade de recuperar valores pagos a mais e manter sua situação fiscal regularizada.

Estão obrigados a declarar o Imposto de Renda em 2025 todos os contribuintes que em 2024 tiveram rendimentos tributáveis superiores a R$ 33.888,00. Também devem declarar aqueles que receberam rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte superiores a R$ 200 mil; realizaram operações em Bolsa de Valores; possuem bens e direitos cujo valor total seja superior a R$ 800 mil; ou exerceram atividade rural com receita bruta superior a R$ 169.440,00.

Uma das principais novidades deste ano se refere à tributação de investimentos no exterior. A partir de agora, passa a valer uma alíquota única de 15% sobre os ganhos obtidos com ativos fora do País, como ações, fundos e imóveis. Foi extinta a isenção que existia para vendas mensais abaixo de R$ 35 mil, o que exige maior atenção por parte dos investidores. Será possível compensar prejuízos obtidos no exterior com lucros futuros, o que pode reduzir a carga tributária. A Receita Federal também passa a exigir que todos os investimentos fora do País sejam informados com mais detalhes na declaração, incluindo tipo de ativo, valores e resultados.

A declaração pode ser uma oportunidade para reduzir a carga tributária de forma legal. O contribuinte pode deduzir despesas médicas, sem limite de valor, além de gastos com educação do próprio contribuinte ou de seus dependentes, limitados a R$ 3.561,50 por pessoa. Também podem ser abatidas contribuições à previdência privada no modelo PGBL, pensão alimentícia judicialmente definida e a inclusão de dependentes legais, que geram deduções automáticas por CPF.

A principal causa de retenção na malha fina continua sendo a omissão de rendimentos ou o preenchimento incorreto de informações. Contribuintes com mais de uma fonte pagadora ou que recebem valores como pensão ou aluguel devem redobrar a atenção. É obrigatório informar o CPF de todos os dependentes, inclusive crianças, e manter arquivados os comprovantes de todas as informações prestadas na declaração por, no mínimo, cinco anos – prazo em que a Receita Federal pode solicitar comprovações ou iniciar uma auditoria.

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