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Opinião

Rosildo Barcellos:
Indicadores sociais

Rosildo Barcellos é escritor

Redação

08/09/2015 - 00h00
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No Brasil, a produção e análise de indicadores sociais, relacionam-se ao crescimento econômico do período do pós-guerra até o início da República Nova, que levou o país a ingressar no grupo das dez maiores economias do mundo, consequentemente, esse período foi marcado pelo começo de profundas transformações estruturais, na gestão, controle e de demandas sociais. 

A instituição responsável pelo levantamento e processo de informações educacionais é o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), (Anísio Teixeira, baiano, era uma das figuras míticas da educação brasileira) Os indicadores produzidos pelo Inep/MEC têm como objetivo serem medidas em geral quantitativas e dotadas de significado para o contexto do sistema educacional brasileiro. Se observarmos melhor os números, poderemos entender que tudo tem um propósito, um motivo, um objetivo e uma finalidade. 

Os indicadores sociais contribuem para tal finalidade, ou seja, a construção e implementação de uma política pública, que através de um estudo, pesquisa e dados coletados contribuem para uma atenção na formulação de algo quer possa de alguma forma mudar esta ou aquela situação. As sociedades modernas têm, como característica, a diferenciação social, possuem atributos diferenciados como idade, sexo, religião, estado civil, escolaridade, renda, setor de atuação profissional e tantos outros fatores geradores de fontes de montagem e sistematização de dados. 

Pessoas instruídas são mais bem informadas sobre doenças, tomam medidas preventivas, reconhecem sintomas precocemente e tendem a usar serviços de saúde com mais assiduidade.

Apesar de benefícios óbvios, a educação é negligenciada como uma intervenção vital na saúde e como meio de tornar mais efetivas outras mudanças sociais. E aqui não estou falando nada de novo. Tem que haver uma atuação conjunta, uma parceria pela vida, e começa a partir de um nome e de uma voz e aqui estamos na mídia para assegurar isto.

Ao final, posso inferir que há poucos exemplos tão dramáticos do poder da educação quanto a estimativa de que, na década passada, a vida de 2,1 milhões de crianças menores de 5 anos foi salva por avanços na educação de mulheres em idade reprodutiva. 

A educação das mães é crucial, tanto para sua própria saúde quanto para a dos filhos. Todos os dias, quase 800 mulheres morrem de causas evitáveis ligadas à gravidez e ao parto. Se todas as mulheres concluíssem a educação primária, haveria 66% menos mortes maternas, salvando-se 189 mil vidas por ano. Melhorar a educação é uma forma poderosa de ajudar a reduzir conflitos, e certamente inúmeras melhorias na qualidade de vida

Editorial

A transparência que regula o mercado

A oferta e a demanda continuam sendo os motores da precificação, mas precisam atuar dentro de parâmetros minimamente justos e transparentes

17/06/2025 07h15

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Em uma democracia, a imprensa, os órgãos de fiscalização e o mercado livre formam um ecossistema de autorregulação que pode – e deve – funcionar de maneira saudável e equilibrada. Cada um tem o seu papel. A imprensa denuncia e traz à tona informações de interesse público e os órgãos de controle fiscalizam e aplicam a lei, enquanto o mercado, impulsionado pela concorrência e pela pressão social, ajusta-se para melhor atender o consumidor.

Um exemplo prático desse ciclo virtuoso ocorreu na semana passada, quando o Correio do Estado publicou uma reportagem detalhada, baseada em dados de faturamento e impacto econômico, mostrando que, apesar da redução no preço dos combustíveis anunciada pela Petrobras, os postos e as distribuidoras não a haviam repassado integralmente ao consumidor final.

De fato, o repasse da queda nos preços só começou a ocorrer – curiosamente ou coincidentemente – depois da publicação da reportagem. Até então, o consumidor permanecia pagando um valor que não refletia a nova realidade dos custos de aquisição dos combustíveis. Uma situação que, à primeira vista, representava uma distorção de mercado, com claro prejuízo ao cidadão.

Além de informar, o Correio do Estado também cumpriu outro papel fundamental, ao cobrar publicamente uma ação efetiva dos órgãos de fiscalização, como o Procon, para que se verificasse o que, de fato, estava acontecendo. Afinal, em um mercado considerado livre, a liberdade de preços não significa liberdade para abusos.

É justamente esse tipo de pressão, vinda da sociedade e estimulada pela imprensa, que provoca ajustes no mercado. A oferta e a demanda continuam sendo os motores da precificação, mas precisam atuar dentro de parâmetros minimamente justos e transparentes. A omissão de informações, a formação de preços descolada da realidade de custos e a falta de fiscalização são inimigas da concorrência saudável.

Acreditamos que o dever da imprensa em uma democracia, entre tantos outros, é esse: mostrar informações relevantes para a sociedade, para que ela saiba o que está acontecendo diante de seus olhos e que, muitas vezes, ela não se dá conta. O cidadão precisa estar bem informado para exercer seu direito de escolha e de cobrança. Um consumidor bem informado é um consumidor mais consciente, e um mercado que sabe que está sendo observado tende a ser mais equilibrado.

Que fique como lição: em uma democracia, transparência e fiscalização não são favores, são deveres de todos – e a imprensa tem o compromisso de garantir que eles sejam cumpridos. Não se trata de criar confrontos desnecessários, mas de reforçar o senso de responsabilidade de todos os agentes envolvidos. Afinal, quando a informação circula com clareza, a sociedade toda sai ganhando.

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A importância da autoestima no sucesso pessoal e profissional

Mirian Pereira: Psicóloga e escritora, pós-graduada em Neurociência e Comportamento

13/06/2025 07h30

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Em mais de 25 anos acompanhando pessoas em seus processos de transformação, vi uma verdade se repetir inúmeras vezes: ninguém chega longe se não acreditar que merece estar lá. Autoestima não é apenas gostar de si. É um pilar silencioso que sustenta decisões, atitudes e conquistas, tanto na vida pessoal quanto na trajetória profissional. Quem não reconhece o seu próprio valor quase sempre se sabota antes mesmo de começar.

Autoestima é o sentimento de valor que você tem sobre si mesmo. Não se trata de se achar melhor que os outros, mas de ter consciência do seu valor, dos seus limites e das suas potências. É ela que te ajuda a dizer sim para oportunidades e não para relações que ferem. É ela que te faz levantar depois de uma queda. Sem autoestima, a autoconfiança enfraquece e, com isso, a vida desacelera. Em “A dor só passa quando você passa por ela”, escrevo: “Você pode ir além da dor”. Mas isso só acontece quando você acredita que é digno de um futuro melhor.

No trabalho, a autoestima é a sua aliada silenciosa. Você já reparou como pessoas seguras de si se posicionam com mais clareza?Elas se expressam com firmeza, tomam decisões, pedem aumentos, lideram – 
não porque são perfeitas, mas porque confiam em quem são.

Por outro lado, quem tem a autoestima abalada vive se sabotando, evita visibilidade, aceita sobrecargas, duvida de suas conquistas.E isso compromete não só o desempenho, mas o bem-estar emocional no ambiente de trabalho.

Já na vida pessoal, a autoestima define o que você aceita. Relacionamentos afetivos, amizades, criação dos filhos, tudo é atravessado pela forma como você se vê. Uma pessoa com autoestima fortalecida se respeita e impõe limites, não se anula para agradar, se permite recomeçar e, o mais importante, se escolhe todos os dias, mesmo quando é difícil.

Construir autoestima é possível, ninguém nasce pronto. A autoestima é uma construção diária, feita de autocuidado, autorrespeito e autocompaixão.É o que você fala para si mesmo, é como você se acolhe 
nos dias difíceis e é a forma como você se olha no espelho, mesmo quando está cansado ou inseguro.

“A cura começa com uma escolha”, como escrevi no meu livro.E essa escolha pode ser me priorizar, me fortalecer, me permitir. Conclusão: o sucesso pessoal ou profissional não é sobre fazer mais. É sobre ser mais verdadeiro consigo mesmo.E isso começa dentro.Com autoestima, você caminha com mais leveza, clareza e coragem.

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