O ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, para os empreiteiros mais íntimos, “o brahma”, em seus momentos de êxtase alardeava que “nunca neste país se realizou tanto” - referindo-se às realizações e às benesses de seu governo. Sem dúvida, por não ter tido a oportunidade de conhecer a história pátria no período republicano e nem se preocupado, em sua magnificência, de se valer de sua assessoria, há de se compreender o exagero de sua megalomaníaca declaração tantas vezes repetida.
Não se nega a inteligência, a perspicácia, com que sua senhoria exercita as palavras e pode-se até aproveitá-las como contraponto para afirmar que nunca neste País se cometeram tantas lambanças, falcatruas financeiras tão às claras pelo insepulto mensalão, ainda mal cheiroso, e o que exala do moribundo petrolão, este sob a ducha inclemente da Operação Lava Jato.
A indignação do povo se comprova das recentes pesquisas de opinião. Noventa e três por cento da população graduada,entre os menos e os mais indispostos, manifesta repulsa com a senhora Dilma, cria de Lula. Ressalvada a pessoa da atual presidente cuja honorabilidade tem o aval do ex-presidente Fernando Henrique, seu governo já ruiu pela precariedade ética e moral que o avassala.
Recentemente li no jornal mensal do Sindicato Rural de Campo Grande, a reprodução de um artigo assinado pelo jornalista Carlos Chagas, este consagrado pela profundidade dos conceitos que emite por mais de meio século, militante nas colunas dos grandes veículos de comunicação do País, que me permito aqui reproduzir para os que o lerem possam fazer uma comparação com os que de 2012 a estes tempos dirigem nossa Pátria.
Diz o jornalista: “Erros foram praticados durante o Regime Militar, eram tempos difíceis. Claro que, no reverso da medalha, foi promovida ampla modernização de nossas estruturas materiais. Fica para o historiador do futuro emitir a sentença para aqueles tempos bicudos. Mas, uma evidência salta aos olhos: a honestidade pessoal de cada um! Um – quando Castelo Branco morreu num desastre de avião, verificaram os herdeiros que seu patrimônio limitava-se a um apartamento em Ipanema e umas poucas ações de empresas públicas e privadas.
Dois – Costa e Silva, acometido por um derrame cerebral, recebeu de favor o privilégio de permanecer até o desenlace no Palácio das Laranjeiras, deixando para a viúva a pensão de marechal e um apartamento em construção, em Copacabana. Três – Garrastazu Médici dispunha, como herança de família, de uma fazenda em Bagé, mas quando adoeceu teve que ser tratado no Hospital da Aeronáutica, no Galeão. Quatro – Ernesto Geisel, antes de assumir a presidência da República, comprou o sítio Cinamomos em Teresópolis que a filha vendeu para poder manter-se no apartamento de três quartos e sala, no Rio. Cinco – João Figueiredo, depois de deixar o poder não aguentou as despesas do sítio Dragão em Petrópolis, vendendo primeiro os cavalos e depois a propriedade.
Sua viúva recentemente falecida, deixou um apartamento em São Conrado que os filhos colocaram à venda, ao que parece em estado lamentável de conservação. Obs.: foi operado no Hospital do Servidor Público do Estado.
Não é nada, não é nada, mas os cinco generais presidentes até podem ter cometido erros, mas não se meteram em negócios, não enriqueceram nem receberam benesses de empreiteiras beneficiadas durante seus governos. Sequer criaram instituições destinadas a preservar seus documentos ou agenciar contratos para consultorias e palestras regiamente remuneradas. Bem diferente dos tempos atuais, não é?”
E conclui Carlos Chagas: “Nenhum deles mandou fazer um filme pseudobiográfico, pago com dinheiro público, de auto-exaltação e culto à própria personalidade! Nenhum deles usou dinheiro público para fazer parque homenageando a própria mãe. Nenhum deles usou o Hospital Sírio Libanês. Nenhum deles comprou avião de luxo no exterior.
Nenhum deles enviou dinheiro para “ajudar” outro país. Nenhum deles, ao fim do mandato, saiu acompanhado por onze caminhões lotados de toda espécie de móveis e objetos roubados. Nenhum deles exaltou a ignorância. Nenhum deles falava errado. Nenhum deles apareceu embriagado em público. Nenhum deles se mijou em público. Nenhum deles passou a apoiar notórios desonestos depois de tê-los chamados de ladrões”.
Depois, Chagas fez esta exortação: “Brasil, você sabe ler e entende o que leu... Comentem com os que não sabem. Eles precisam ser informados!!!”
Como diziam os romanos, tollitur quoestio.