Pode crer: o governo Dilma está se atarantado sob a economia desencontrada do Brasil, com a população e a maioria significativa do Congresso contra os aumentos de impostos, ainda mais agora que Lula está sob o foco de possíveis investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Mas, como é da índole mandona e submissão da presidente, a qualquer hora Lula pode aparecer no Palácio “com orientações” para Dilma, sem marcar audiência nem aparecer na lista de audiências. Sem mostrar verdade em mais promessas e com a aprovação popular no rodapé, o atual desgoverno colocou o Brasil na ladeira abaixo.
Existe os contra e os a favor de impeachment ou casacão. Os pela cassação acham perda de tempo o impeachment, pois à cassação bastaria comprovar a ligação de recursos ilícitos na campanha eleitoral e/ou irresponsabilidade fiscal. Existe amparo legal tanto para o impeachment quanto para a cassação. A Lei Federal nº 9.504, de 30 de setembro de 1997, garante isso no parágrafo 2º do artigo 30-A. A questão está na dinheirama captada como propina pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari para as campanhas eleitorais de 2014. No tremer das pernas, é que dizem que impeachment ou cassação é golpe. Golpe é o escambau.
O processo de impeachment não é golpe. É só perda de tempo: de acordo com a lei. Se houve captação de recursos ilícitos, o diploma do candidato (ou da candidata, no caso) será cassado. Mas, por vias de não se correr risco, é bom que o povo e Congresso pensem e ajam nas duas possibilidades: impeachment ou cassação do diploma presidencial. O artigo 22 da Lei Complementar nº 64, de 1990, ensina como fazer.
A desgraceira maltrata a população e o governo federal continua em sua busca desesperada por um tributo – ou vários deles – que proporcione mais arrecadação e compense seu excesso de gastos. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, acenou com um aumento no Imposto de Renda. Comparou a carga tributária no Brasil e nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e cinicamente disse que nós pagamos menos que eles. Só se “esqueceu” de dizer que as 34 nações que integram a OCDE possuem uma elevada renda per capita e o Índice de Desenvolvimento Humano superior aos demais países. Lá, as nações são desenvolvidas e os impostos são bem aplicados e se revertem em eficientes serviços públicos. Ao contrário do Brasil, onde os impostos têm servido para eleições perdulárias.
Quem deve tê-la estimulado a falar duro em discursos? Assim ela aparece mais mandona que nunca e, em certos momentos, até atrevida ao afirmar o que não cumpre. Os abraços e apertos de mãos nesses tristes e debochados episódios não deveriam existir em respeito ao sofrimento nacional. A presidente promete às claras, mas, no escuro das consciências raquíticas, o desvio do dinheiro público ainda existe. O Tribunal de Contas da União descobriu que o governo vem retendo os recursos arrecadados com a Cide, que taxa principalmente os combustíveis, e não os está repassando a estados e municípios, como prevê a legislação. Esse imposto e também o IPI (produtos industrializados) e o IOF (operações financeiras) estão na mira de Dilma para terem suas alíquotas elevadas.
Afinal: presidente, não dá para ser democrata só na hora que interessa. A vida tem regras, por mais que a gente não goste delas. Dilma, em passado distante, não pensava nem atuava em favor da democracia, lutou pelo socialismo trotskista violento e desrespeitava leis. Uma das principais teses de Trotsky é a revolução permanente, assim tenta se esparramar em níveis diversos e diferentes países. Mais ou menos o bolivarismo em que querem meter o Brasil. Hoje, a lei perdoou a todos. Assim, carregamos nossa esperança de melhores dias com impeachment ou cassação, e lhe dou o meu bom-dia, o meu bom-dia pra você.