Artigos e Opinião

ARTIGO

Venildo Trevizan: "A escolha"

Frei

Redação

22/08/2015 - 00h00
Continue lendo...

Existem pessoas que, antes de tomar uma decisão, consultam rigorosamente o horóscopo. Outros consultam os búzios. E outros consultam a Bíblia Sagrada para garantir uma escolha segura e eficiente. Mas o viver exige um continuo escolher. E da escolha dependerá o sucesso ou o insucesso, a vitoria ou a derrota, a vida ou a morte. 

No mundo de hoje não é suficiente escolher uma profissão, ou um meio de ganhar a vida. É preciso, acima de tudo, estar devidamente preparado intelectual e profissionalmente. É preciso ainda ter visão daquilo que estão propondo para não embarcar em canoa furada.

O viver não depende apenas de uma profissão. Depende especialmente de como encaramos a realidade em que nos encontramos, como administramos os sentimentos e as emoções, como nos relacionamos com as pessoas e com o próprio Deus.

Existem muitos homens e mulheres perambulando pelos caminhos da vida e contabilizando tropeços, erros, decepções e derrotas. Resta-lhes apenas aguardar a própria morte, pois não vêem nada mais à sua frente do que essas situações deprimentes. Perderam o entusiasmo. Perderam o espírito de lutar. Perderam a esperança, pois destruíram seus sonhos.
Viver exige opção consciente e estudada. Viver exige a mente elevada e os pés no chão. Viver exige sonhar o amanhã e construir o hoje. Viver exige amar o irmão e respeitar o adversário. Viver exige comungar a presença da graça de Deus.

Dificuldades surgem em toda a parte e para todos. Ninguém está livre delas e nem poderá simplesmente eliminá-las. Precisará aprender a administrá-las e contemporizá-las. Nada de precipitação. Nada de desânimo. Nada de medo. É preciso alimentar muita coragem, muita confiança, muita teimosia. E haverá de alcançar o que almeja.

O Mestre dos mestres estava dando as ultimas instruções a seus seguidores. Falava do que iria acontecer a ele e a eles. Convicto daquilo que estava fazendo mostrava o quanto os amava e o quão importante seria o amor entre eles. Alguns, porém, perceberam que não seria tão fácil quanto haviam imaginado continuar seguindo seu Mestre. Resolveram abandoná-lo. E voltaram a seus afazeres. O Mestre percebeu. Muito seguro daquilo que estava propondo olhou para os que permaneceram e os questionou: “Isso escandaliza vocês? Imaginem então se vocês virem o Filho do Homem subir para o lugar onde estava antes?” (Jo.6,61-62) 

A realidade de uma escolha provoca resistência e até desistência. Não é fácil a coerência entre a proposta e a resposta. Por mais rica e nobre que seja a proposta sempre haverá a necessidade de uma corajosa e consciente resposta.

Por isso o mundo se encontra dolorosamente dividido entre heróis e derrotados, entre batalhadores e covardes, entre honestos e desonestos, entre justos e injustos, entre bons e maus  entre santos e perdidos no pecado. 

Não é só diante de Deus que o ser humano deverá apresentar seus feitos e seus mal feitos. Mas é também diante de sua consciência e de sua sensibilidade vital.

Editorial

A transparência que regula o mercado

A oferta e a demanda continuam sendo os motores da precificação, mas precisam atuar dentro de parâmetros minimamente justos e transparentes

17/06/2025 07h15

Arquivo

Continue Lendo...

Em uma democracia, a imprensa, os órgãos de fiscalização e o mercado livre formam um ecossistema de autorregulação que pode – e deve – funcionar de maneira saudável e equilibrada. Cada um tem o seu papel. A imprensa denuncia e traz à tona informações de interesse público e os órgãos de controle fiscalizam e aplicam a lei, enquanto o mercado, impulsionado pela concorrência e pela pressão social, ajusta-se para melhor atender o consumidor.

Um exemplo prático desse ciclo virtuoso ocorreu na semana passada, quando o Correio do Estado publicou uma reportagem detalhada, baseada em dados de faturamento e impacto econômico, mostrando que, apesar da redução no preço dos combustíveis anunciada pela Petrobras, os postos e as distribuidoras não a haviam repassado integralmente ao consumidor final.

De fato, o repasse da queda nos preços só começou a ocorrer – curiosamente ou coincidentemente – depois da publicação da reportagem. Até então, o consumidor permanecia pagando um valor que não refletia a nova realidade dos custos de aquisição dos combustíveis. Uma situação que, à primeira vista, representava uma distorção de mercado, com claro prejuízo ao cidadão.

Além de informar, o Correio do Estado também cumpriu outro papel fundamental, ao cobrar publicamente uma ação efetiva dos órgãos de fiscalização, como o Procon, para que se verificasse o que, de fato, estava acontecendo. Afinal, em um mercado considerado livre, a liberdade de preços não significa liberdade para abusos.

É justamente esse tipo de pressão, vinda da sociedade e estimulada pela imprensa, que provoca ajustes no mercado. A oferta e a demanda continuam sendo os motores da precificação, mas precisam atuar dentro de parâmetros minimamente justos e transparentes. A omissão de informações, a formação de preços descolada da realidade de custos e a falta de fiscalização são inimigas da concorrência saudável.

Acreditamos que o dever da imprensa em uma democracia, entre tantos outros, é esse: mostrar informações relevantes para a sociedade, para que ela saiba o que está acontecendo diante de seus olhos e que, muitas vezes, ela não se dá conta. O cidadão precisa estar bem informado para exercer seu direito de escolha e de cobrança. Um consumidor bem informado é um consumidor mais consciente, e um mercado que sabe que está sendo observado tende a ser mais equilibrado.

Que fique como lição: em uma democracia, transparência e fiscalização não são favores, são deveres de todos – e a imprensa tem o compromisso de garantir que eles sejam cumpridos. Não se trata de criar confrontos desnecessários, mas de reforçar o senso de responsabilidade de todos os agentes envolvidos. Afinal, quando a informação circula com clareza, a sociedade toda sai ganhando.

Assine o Correio do Estado

artigo

A importância da autoestima no sucesso pessoal e profissional

Mirian Pereira: Psicóloga e escritora, pós-graduada em Neurociência e Comportamento

13/06/2025 07h30

Arquivo

Continue Lendo...

Em mais de 25 anos acompanhando pessoas em seus processos de transformação, vi uma verdade se repetir inúmeras vezes: ninguém chega longe se não acreditar que merece estar lá. Autoestima não é apenas gostar de si. É um pilar silencioso que sustenta decisões, atitudes e conquistas, tanto na vida pessoal quanto na trajetória profissional. Quem não reconhece o seu próprio valor quase sempre se sabota antes mesmo de começar.

Autoestima é o sentimento de valor que você tem sobre si mesmo. Não se trata de se achar melhor que os outros, mas de ter consciência do seu valor, dos seus limites e das suas potências. É ela que te ajuda a dizer sim para oportunidades e não para relações que ferem. É ela que te faz levantar depois de uma queda. Sem autoestima, a autoconfiança enfraquece e, com isso, a vida desacelera. Em “A dor só passa quando você passa por ela”, escrevo: “Você pode ir além da dor”. Mas isso só acontece quando você acredita que é digno de um futuro melhor.

No trabalho, a autoestima é a sua aliada silenciosa. Você já reparou como pessoas seguras de si se posicionam com mais clareza?Elas se expressam com firmeza, tomam decisões, pedem aumentos, lideram – 
não porque são perfeitas, mas porque confiam em quem são.

Por outro lado, quem tem a autoestima abalada vive se sabotando, evita visibilidade, aceita sobrecargas, duvida de suas conquistas.E isso compromete não só o desempenho, mas o bem-estar emocional no ambiente de trabalho.

Já na vida pessoal, a autoestima define o que você aceita. Relacionamentos afetivos, amizades, criação dos filhos, tudo é atravessado pela forma como você se vê. Uma pessoa com autoestima fortalecida se respeita e impõe limites, não se anula para agradar, se permite recomeçar e, o mais importante, se escolhe todos os dias, mesmo quando é difícil.

Construir autoestima é possível, ninguém nasce pronto. A autoestima é uma construção diária, feita de autocuidado, autorrespeito e autocompaixão.É o que você fala para si mesmo, é como você se acolhe 
nos dias difíceis e é a forma como você se olha no espelho, mesmo quando está cansado ou inseguro.

“A cura começa com uma escolha”, como escrevi no meu livro.E essa escolha pode ser me priorizar, me fortalecer, me permitir. Conclusão: o sucesso pessoal ou profissional não é sobre fazer mais. É sobre ser mais verdadeiro consigo mesmo.E isso começa dentro.Com autoestima, você caminha com mais leveza, clareza e coragem.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).