Todo o relacionamento inicia num primeiro olhar. Poderá ser um olhar de dúvida, de insegurança, de curiosidade ou de interesse. Seja qual for a intenção, sempre transmitirá alguma mensagem e receberá alguma resposta. Nada acontece por acaso e nada ficará sem consequências. Tudo tem um sentido e tudo tem um endereço.
O relacionamento do pai com o filho é bem diferente do relacionamento da mãe. O relacionamento da mãe se manifesta mais no mundo da afetividade, do aconchego e da intimidade. É um relacionamento extremamente amoroso, intuitivo e criativo.
O relacionamento do pai visa mais o campo racional, buscando sempre posicionar o filho em face das possibilidades profissionais, sociais e políticas. O pai quer o filho vencedor. Incentiva a estudar e a buscar sempre o melhor e o mais rendoso. Quer ainda ver o filho entre os melhores, entre os mais bem-sucedidos. Não espera frustração nem derrota.
Mas nem todos são assim. Infelizmente, existem pais um tanto apagados em sua personalidade. Existem os que não querem reconhecer a própria paternidade. Existem os que preferem fugir sem deixar sinal algum de pertença e de responsabilidade. E as consequências se manifestarão nas atitudes e nos comportamentos desses filhos. Infelizmente, muitos seguirão os caminhos da dependência química ou de provocadores de desordens sociais.
Mas, para a alegria nossa, existem muitos pais conscientes e determinados em sua missão. São homens que acreditam na vocação, estudam e aprendem a amar. E fazem desse amor a razão da alegria e da esperança de suas famílias. São homens que olham cada filho como uma dádiva de Deus e como uma obra a ser trabalhada e aprimorada para se tornar prêmio de um esforço feliz e continuado.
Esses são homens que enfrentam com bom humor as dificuldades e os imprevistos que surgirem pelo caminho. Mesmo que haja momentos de escuridão, alimentarão a esperança de que, após uma noite escura, há de vir um dia de sol. São homens de fé. Acreditam ser possível superar as dificuldades, vencer os obstáculos e cultivar o otimismo.
Esses são homens de esperança. Mesmo que nem tudo corresponda ao planejado, mesmo que nem tudo seja alegria, veem ser possível encarar a vida como se apresenta e dar sua contribuição sincera para torná-la mais amena e mais aconchegante.
Esses são homens que encontram tempo e espaço para cultivar a intimidade com Deus, colocando em prática os valores do cristianismo e fortalecendo as virtudes próprias da vida matrimonial. Não têm medo das dificuldades. Não têm medo do amanhã. A cada dia, concorrem com seu dinamismo e com sua esperança.
Esses são homens de amor. Sabem fazer dele motivo de aperfeiçoar o relacionamento com a família e com Deus. Sabem fazer dele o alimento diário de seus filhos. Sabem fazer dele uma proteção segura e uma bênção feliz de Deus em sua família.
Esses são homens de Deus. Consagram o humano ao divino e trazem o divino para santificar o humano. Fazem de si mesmos uma presença alegre e feliz de Deus em seu lar.