Seis meses antes de ir a leilão, o Hospital Regional Rosa Pedrossian, em Campo Grande, destinou R$ 6,2 milhões para reforma de poço e substituição de elevadores da estrutura, segundo publicação no Diário Oficial do Estado desta terça-feira (10).
No aviso, a Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul) comunicou aos interessados que a abertura da licitação será no dia 03 de julho, às 10h. Sairá como vencedora aquela empresa que apresentar o menor preço, a partir do estipulado de R$ 6.208.006,45, e tiver a documentação aprovada pelo governo.
Atualmente, o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul tem uma área de 37 mil m², com estrutura de 10 pavimentos, capacidade de 362 leitos e atendimento de 46 especialidades médicas.
Com o projeto de Parceria Público Privada (PPP), estão previstos 71.000 m² de construção, dois novos blocos que devem ampliar a capacidade de atendimento de 362 para 577 leitos, aumento de 59% no número de leitos atuais, além de ampliar o estacionamento para 753 vagas.
A reportagem do Correio do Estado entrou em contato com a assessoria do Hospital Regional para saber mais informações sobre a licitação acima e como vai funcionar o processo de troca de elevadores.
Segundo eles, constam cinco elevadores no prédio e, durante a substituição, haverá rodízio para o prédio não ficar sem a máquina. Além disso, foi confirmado que os elevadores atuais são da época da construção original, ou seja, têm cerca de 30 anos de uso e, hoje, muitas peças não são encontradas para manutenção.
LEILÃO
No dia 04 de junho, o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, apresentou aos deputados estaduais informações sobre o projeto de Parceria Público Privada (PPP) a ser implementada no Hospital Regional Rosa Pedrossian, em Campo Grande. O leilão está previsto para dezembro deste ano e a empresa ganhadora será responsável pela administração do hospital por 30 anos.
A reunião foi a portas fechadas, mas o presidente da Casa de Leis, Gerson Claro (PP), afirmou que os deputados puderam sanar dúvidas e entender os impactos da nova contratação.
“Foi garantido que o Hospital Regional permanecerá como hospital público, com atendimento SUS [Sistema Único de Saúde], 100% gratuito e gestão assistencial estadual. O Estado ainda vai fazer o aporte, ou seja, você dobra a capacidade de atendimento e ainda melhora a eficiência”, explicou Gerson Claro.
Conforme reforçou o governador, a PPP será nas áreas do modelo “bata cinza”, ou seja, apenas para os serviços não assistenciais: recepção, portaria e vigilância, lavanderia, limpeza e jardinagem, nutrição, manutenção predial e engenharia clínica, Central de Material Esterilizado (CME), logística de almoxarifado e farmácia, transporte de pacientes e necrotério, tecnologia da informação, água, energia e gases medicinais e fornecimento de insumos hospitalares.
PROJETO
Os aspectos da modelagem do projeto compreendem o conceito de bata branca e bata cinza. A bata branca inclui todos serviços médicos assistenciais. Já o modelo de bata cinza inclui os serviços de segurança, alimentação, lavanderia e equipamentos.
Na proposta de projeto para o HRMS foi adotado o modelo de bata cinza, ou seja, apenas os serviços não assistenciais ficam sob gestão administrativa da empresa concessionária.
Conforme apresentando anteriormente pelo secretário estadual de saúde, Maurício Simões Corrêa, o projeto prevê ampliar a estrutura do Regional, com mais leitos e estacionamento.
Com a inciativa privada, serão construídos uma área de 71.000 m², com dois novos blocos que devem ampliar a capacidade de atendimento de 362 para 577 leitos, totalizando 59% de aumento no número de leitos.
Já o estacionamento passará a oferecer 753 vagas.
O investimento inicial previsto é de R$ 951 milhões e custos operacionais de manutenção estimados em R$ 158 milhões ao ano. Ao todo serão R$ 5,6 bilhões em investimentos a serem realizados pelos próximos 30 anos.
Segundo o secretário, a adoção da PPP seria a melhor alternativa, pois irá gerar uma economia de 21% em comparação ao modelo tradicional de contratação, "pois permite reunir em um único contrato a construção, reforma e manutenção durante todo o período contratual, tornando-o mais efetivo e com melhor custo-benefício".
“Dentro do nosso novo PRI [Plano de Regionalização Integrado] associado a Rede Estadual Hospitalar, a PPP [Parceria Público-Privada] do Hospital Regional será um marco de um novo tempo para a saúde do Estado do Mato Grosso do Sul. Trazendo eficiência em gestão dos recursos da saúde, planejamento e arrojo na ampliação da assistência de alta complexidade. Atendendo a demanda crescente das diversas regiões de saúde do estado e da capital, além de inovar o modelo de gestão, servindo de referência às demais unidades de saúde do estado”, disse o secretário.
*Matéria atualizada às 11h10 do dia 11/06