Cidades

Em crise

Assomasul alerta que 20 cidades podem não conseguir pagar
13º neste ano

Campo Grande era para ter R$ 60 milhões de reserva, mas tem cerca de R$ 100 mil

RODOLFO CÉSAR

23/09/2015 - 19h45
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Com a crise financeira que assola as prefeituras de Mato Grosso do Sul, 20 cidades do Estado caminham para não conseguir pagar o 13º salário de seus servidores públicos e comissionados. A avaliação foi constatada pela Assomasul (Associação dos Municípios de MS), que tenta orientar formas de os prefeitos desses municípios garantirem recursos nos próximos três meses para que não haja também escalonamento desse pagamento.

Na relação de caixa praticamente zerado estão cidades como Anaurilândia, Bonito, Jateí, Ladário, Rio Negro, Porto Murtinho, Miranda, Deodápolis, Jardim e Campo Grande. O escalonamento dos salários já foi feito em praticamente todos esses lugares. “Levantamento feito pela assessoria técnica da Assomassul com 39 municípios, sete prefeituras decidiram pelo escalonamento de salários devido a crise financeira”, informou a associação, via assessoria de imprensa.

Essas sete cidades são: Anaurilândia, Aquidauana (somente este mês), Bonito, Campo Grande, Jateí, Ladário e Rio Negro. Ao todo o Estado possui 79 municípios.

O presidente da entidade, Juvenal Neto (PSDB), disse ao Portal Correio do Estado que muitos prefeitos já assumiram que analisando as contas a curto prazo, os recursos para o 13º sequer estão no caixa. “Muitos devem ter grande dificuldade e corre o risco desse pagamento ser escalonado também, talvez uma parte fique para 2016”, reconheceu Neto, que também é prefeito de Nova Alvorada do Sul.

O chefe do Executivo de Jardim, Erney Cunha (PT), revelou que os recursos no tesouro estão zerados e a única forma de garantir o 13º será com o repasse pelo governo federal do ITR (Imposto Territorial Rural) e parte do FPM (Fundo de Participação dos Municípios). Tradicionalmente, a maior parte do tributo recolhido pela Receita Federal até 30 de setembro é direcionada aos municípios no próximo mês, já a parcela do fundo só vem em dezembro.

“Não conseguiremos fazer adiantamento. Com os dois recursos, estimamos que teremos R$ 1,5 milhão até o último mês do ano e ainda faltará dinheiro para completar a folha”, confirmou Cunha.

Em Campo Grande, a questão aparenta ser mais grave. O secretário municipal de Planejamento, Finanças e Controle (Seplanfic), Disney de Souza Fernandes, confirmou que as chances de que o 13º seja quitado integralmente ano que vem são grandes. “A situação aqui é muito pior (do que em outras cidades). Muita crítica. Deveria ter R$ 60 milhões em reserva, e o caixa vai ter em torno de R$ 100 mil hoje (terça-feira, 22)”, disse.

Fernandes foi enfático ao dizer que o ex-prefeito Gilmar Olarte (PP), afastado do cargo em agosto após operação Coffee Break, que investiga suspeita de corrupção ativa e passiva, entre outros delitos, deveria ter criado essa reserva. “Hoje estamos pensando em como pagar as contas de agora. Nem consegui chegar no 13º para saber como faremos”, reconheceu, prevendo o caos. O total de recursos necessários para este pagamento é de R$ 90 milhões.

INJEÇÃO DE RECURSOS

Para municípios com arrecadação menor, a expectativa do repasse pelo governo federal de ao menos 70% da quota do ITR em outubro será a garantia que haverá pagamento para servidores do salário extra de fim de ano. Dados do Tesouro Nacional indicam que o imposto rendeu em 2014 R$ 116.148.199,93 para as cidades, na somatória de 12 parcelas.

“A execução do orçamento está muito difícil. Está sendo preciso apertar o cinto, cortar programas, infelizmente. Existe a cobrança de responsabilidade fiscal que os prefeitos precisam atender no fim do ano”, resumiu Ludimar Novais (PPS), chefe do Executivo de Ponta Porã, que afirmou que terá caixa para garantir o 13º após vários sacrifícios.

TEMPO

Após frio, semana será de sol e calor de 30ºC em Mato Grosso do Sul

Apesar do calor previsto, manhãs e noites devem continuar geladas

15/06/2025 10h00

Céu parcialmente nublado em Campo Grande

Céu parcialmente nublado em Campo Grande MARCELO VICTOR

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Após seis dias seguidos de frio, o calor volta com tudo nesta semana em Mato Grosso do Sul.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a semana, compreendida entre os dias 15 e 21 de junho, será de sol, calor, céu limpo, altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar. Há previsão de chuva, principalmente no início da semana e para hoje (15).

Apesar do calor previsto, manhãs e noites devem continuar geladas. O pico da temperatura será a tarde.

O domingo (15) amanheceu nublado, após chuva ocorrida nesta madrugada em Campo Grande.

Frente fria avançou sobre o Estado e derrubou temperaturas em todas as regiões de Mato Grosso do Sul de domingo (8) a sexta-feira (13). Choveu na maioria dos municípios.

Sul-mato-grossenses enfrentaram dias e noites congelantes na última semana e tiveram que tirar os casacos do guarda-roupa. Mas, a massa de ar fria perdeu força e se afastou.

No sábado (14), as temperaturas voltaram a subir gradativamente e neste domingo (15), o calor volta aos poucos devagar, mas vem para ficar. Portanto, o inverno, que inicia na sexta-feira (20), começará quente.

Temperaturas devem ultrapassar os 30ºC durante toda a semana. Segundo o meteorologista Natálio Abrahão, a umidade do ar deve ficar abaixo dos 25% nos próximos 10 dias.

“A tendência é de elevação de temperaturas devagar. No domingo já estará mais tranquilo, com manhãs frias e tardes mais abafadas. Atenção a umidade do ar cairá bastante”, explicou Abrahão.

Veja a previsão do tempo para os próximos dias nos principais municípios do Estado:

Município

Temperatura no domingo

Temperatura na segunda-feira

Temperatura na terça-feira

Temperatura na quarta-feira

Temperatura na quinta-feira

Corumbá

19ºC - 31ºC

20ºC - 35ºC

19ºC - 34ºC

18ºC - 33ºC

14ºC - 31ºC

Campo Grande

17 ºC - 26ºC

17ºC - 29ºC

19ºC - 31ºC

18ºC - 31ºC

17ºC - 31ºC

Dourados

18ºC - 23ºC

17ºC - 30ºC

18ºC - 31ºC

17ºC - 30ºC

13ºC - 28ºC

Três Lagoas

18ºC - 31ºC

19ºC - 31ºC

17ºC - 30ºC

16ºC - 30ºC

17ºC - 32ºC

Bonito

18ºC - 27ºC

18ºC - 33ºC

19ºC - 32ºC

18ºC - 31ºC

13ºC - 26ºC

Ponta Porã

16ºC - 24ºC

17ºC - 30ºC

17ºC - 30ºC

17ºC - 28ºC

10ºC -23ºC

*Fonte: Inmet

RECOMENDAÇÕES

De acordo com o Ministério da Saúde, o tempo quente requer cuidados aos sul-mato-grossenses. Confira as recomendações:

  • Não praticar exercícios físicos durante as horas mais quentes do dia
  • Evitar exposição ao sol das 9h às 17h
  • Usar protetor solar
  • Beber muita água
  • Usar roupas finas e largas, de cores claras e tecidos leves (de algodão)
  • Não fazer refeições pesadas
  • proteger-se do sol com chapéus e óculos de proteção

 

violência/saúde

Mato Grosso do Sul é o 10º estado que mais agride médicos em hospitais

Em 2024, mais de 100 médicos foram vítimas de lesão corporal, ameaça, injúria, desacato e difamação, durante o trabalho

15/06/2025 09h00

Rotina na UPA Leblon

Rotina na UPA Leblon GERSON OLIVEIRA/Arquivo

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Pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) aponta que 134 médicos foram vítimas de violência, durante o trabalho, entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2024, em Mato Grosso do Sul.

Com isso, MS é o 10º estado do Brasil onde médicos são violentados, durante consultas/atendimentos, em hospitais, prontos-socorros, postos de saúde, unidades de saúde, consultórios, clínicas e laboratórios, sejam eles públicos ou privados.

Os tipos de violência são lesão corporal, ameaça, injúria, desacato, difamação, furto, entre outros crimes.

A violência parte de pacientes, familiares de pacientes, colegas de trabalho (enfermeiros, técnicos e outros profissionais da área da saúde) ou até mesmo ex-namorados(as).

No Brasil, foram registrados 4.562 casos em 2024. Isto significa que 12 médicos são vítimas de violência em estabelecimentos de saúde por dia no País. Ou seja, a cada duas horas, um profissional é agredido fisicamente ou verbalmente.

Desde 2013, foram contabilizados quase 40 mil boletins de ocorrência em que profissionais denunciaram algum tipo de abuso sofrido em ambientes de saúde.

Geralmente, médicos e médicas são agredidos na mesma proporção, embora médicas tenham sido mais violentadas no último ano.

Rotina na UPA Leblon

No Brasil, os casos acontecem mais no interior (2.551 - 66%) do que na capital (1.337 – 34%).

Uma médica, do sexo feminino, que não quer ser identificada, faz plantão em uma unidade de saúde da região leste de Campo Grande e afirma que já foi agredida verbalmente em seu ambiente de trabalho.

Rotina na UPA Leblon

“Já gritaram comigo me chamando de incompetente e irresponsável, na frente de várias pessoas. A gente entende que a família quer um atendimento rápido, mas isso é quase impossível quando há um surto de síndromes respiratórias onde todo mundo procura as unidades de saúde de uma vez só”, contou.

De acordo com o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran Gallo, é importante cuidar da integridade física dos profissionais da área da saúde e não apenas da estrutura dos postos.

“O Conselho Federal de Medicina apela por providências urgentes contra esses abusos. Os profissionais carecem de segurança física dentro das unidades. Não é apenas o patrimônio que precisa de cuidados. A garantia de condições para o exercício da atividade médica, dentre os quais a oferta de espaço seguro, é imprescindível, assim como o acesso dos pacientes ao direito fundamental à saúde, tanto na rede pública quanto na rede privada”, pontuou.

Além disso, pede apoio de parlamentares para punirem quem desrespeita fisicamente e verbalmente os profissionais.

“É de extrema importância termos líderes dos poderes Executivo e Legislativo comprometidos com a saúde e a medicina. É preciso debater e defender a saúde com muita coragem. Precisamos preservar nossos profissionais. O CFM apoia a aprovação de Projetos de Lei (PLs) no Congresso Nacional que agravam a pena para quem agredir médicos que estejam trabalhando, como o PL nº 6.749/16, aprovado na Câmara Federal. A Autarquia também tem articulado com governadores e integrantes da Polícia Civil nas unidades da Federação a criação de delegacias especializadas em crimes contra a saúde para ajudar no combate à violência contra médicos”, finalizou Hiran Gallo.

Os dados foram coletados pelo CFM junto às Polícias Civis das 27 unidades da Federação por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).

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