Denúncias de aumentos excessivos nos preços de alimentos levou a Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor (Procon) a notificar três redes atacadistas para explicarem o motivo das altas nos valores.
Conforme o Procon, unidades do Assaí, Atacadão e Fort Atacadista devem, no prazo de dez dias, apresentarem os esclarecimentos, com apresentação de documentos que justifiquem a elevação.
Objetivo é apurar se está ocorrendo vantagens manifestamente excessivas com a alta nos preços sem causa qu possa justificar, o que configura prática abusiva.
Aumentos consideráveis, quando comparados a semanas anteriores, foram aplicados principalmente nos preços do arroz, feijão e óleo de soja.
Superintendente do Procon, Marcelo Salomão, disse que muitas pessoas perderam o emprego ou tiveram o salário reduzido na pandemia e o aumento excessivo piora essa situação.
“ O contexto em que vem ocorrendo as elevações de preços é totalmente desfavorável ao cidadão que se encontra com sua economia abalada, notadamente nesta época de pandemia”, disse.
Supermercadistas afirmam que os aumentos resultam da ampliação da exportação devido à valorização das commodities alavancada pelo aumento do dólar.
Além disso, alegam que os reajustes chegam em cadeia que envolve o produtor, o distribuidor e o comerciante e, no fim da linha, está o consumidor, que acaba sentindo no bolso.
Caso os atacadistas não prestem as informações solicitadas na notificação, se configura conduta infracional consumerista, passível de sanção administrativa.