A polícia está em busca de provas que incriminem suspeitos de ter assassinado a tiros o ex-prefeito, ex-deputado estadual e federal, Oscar Goldoni, de 66 anos, há exato um mês. Por conta da falta de indícios que comprovem autoria, a polícia vai pedir à Justiça mais prazo para conclusão do inquérito policial.
Goldoni foi executado, no dia 15 do mês passado, em frente ao prédio do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), que fica na Rua Vicente de Azambuja, Bairro São Domingos, em Ponta Porã.
De acordo com o delegado Clemir Vieira Júnior, regional da cidade de Ponta Porã, que fica na fronteira com o Paraguai, ainda não há indícios e provas materiais que incriminem pessoas tidas como suspeitas, por isso será solicitada a prorrogação para conclusão das investigações. “Existem suspeitos, mas não temos elementos suficientes para indiciamentos”, pontuou.
No final do mês passado, o delegado que preside o inquérito Patrick Linares da Costa disse ao Portal Correio do Estado que o medo de testemunhas em colaborar oficialmente com a polícia tem dificultado o esclarecimento do caso.
Segundo ele afirmou, pessoas concordam em revelar informações, mas de maneira informal. Sendo que, sem a devida identificação e comprometimento da testemunha, o depoimento não pode constar no inquérito e ser utilizado como prova no procedimento administrativo.
Mesmo tendo garantido que a polícia tem suspeitos de envolvimento na morte da figura pública, o delegado regional da cidade preferiu não divulgar nomes, nem a principal linha de motivação que está sendo seguida.
A MORTE
Oscar Goldini foi surpreendido por dois pistoleiros, que estavam em um veículo e o matara a tiros de fuzil calibre 556 e pistola nove milímetros, no dia 15 de setembro.
Testemunhas relataram que ele havia sido perseguido pelos assassinos e cercado em frente ao Detran. Quando desceu da caminhonete que dirigia, foi executado com cinco tiros na cabeça. A vítima ainda teria reagido com 11 tiros da arma que carregava para defesa pessoal.
Oscar Goldini era dono do Alambique da Cachaça Vô Kiko, das empresas Júnior Cerealista, Junior Transportes, Óleo Junior e era criador de suínos, em Ponta Porã. Além de ter tido vasta carreira política.