Autoridades se reuniram, nesta terça-feira(20), para a elaboração de um plano de biossegurança que garantirá o bem-estar dos indígenas que auxiliarão no cultivo de maçãs no sul do país, a partir de janeiro de 2021.
Para a safra de 2021 serão contratados cerca de 5.000 trabalhadores.
O processo se encontra em fase de atualização de registro dos que já haviam sido cadastrados em janeiro deste ano e ainda estão disponíveis para as contratações no início de 2021.
A responsável pela intermediação entre os trabalhadores as empresas contratantes é a Fundação de Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab).
Serão selecionados candidatos dos municípios de Aquidauana, Amambai, Miranda, Iguatemi, Sidrolândia, Dourados e Ponta Porã.
“Estão sendo estudadas medidas de biossegurança não só no transporte que vai leva-los, mas na seleção dos indígenas também, cuidados com os protocolos de segurança, gerenciamento das filas, distanciamentos e o uso obrigatório de equipamentos adequados, como, máscara e álcool, buscamos evitar qualquer prejuízo a saúde que é a nossa maior preocupação.", afirmou o coordenador da Funtrab, Antonio Modesto.
Na reunião de hoje estavam presentes o Diretor-presidente da Funtrab, Marcos Derzi, e o coordenador do trabalho da Funtrab, Antônio Modesto.
Além deles participaram o procurador do Trabalho, Jeferson Pereira, o presidente da Associação do Trabalhadores Indígenas, José Carlos Pacheco, e as representantes da Comissão Estadual para a Erradicação do Trabalho Escravo no MS (Coetrae/MS), Maria Zilda da Silva Lourenço, Rosália Aparecida Ferreira da Silva e Ana Fátima Belalian.
Desde 2015 empresas contratam indígenas das etnias Guarani-kaiowás e Terenas, do estado, para trabalhar na colheita de maçãs em lavouras de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Este trabalho já é realizado há 6 anos, por meio de uma parceria entre Governo do Estado, Ministério Público do Trabalho (MPT), Comissão Permanente de Investigação e a Fiscalização das Condições de Trabalho e Coletivo dos Trabalhadores Indígenas.
A Funtrab informou que tudo será feito com segurança jurídica, até os protocolos de biossegurança.
"As empresas pagam o mesmo salário-base, mas o rendimento bruto pode variar de acordo com outras vantagens oferecidas, como gratificação por produtividade, por exemplo, podendo chegar à casa dos R$ 3 mil, são oferecidos o custo do transporte dos índios (ida e retorno), alimentação, alojamento e cesta básica”, destacou em Nota.