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Autoridades espanholas iniciam
operação antiterrorismo

As primeiras hipóteses indicam que 8 pessoas conduziram os ataques

Terra

18/08/2017 - 09h45
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A Espanha iniciou nesta sexta-feira uma operação antiterrorismo na Catalunha para capturar um suspeito militante islâmico que atropelou uma multidão com uma van em Barcelona, deixando 13 mortos, em um ataque que autoridades relacionaram com outro incidente em Cambrils, também na Catalunha, que deixou mais um morto.

O Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelo ataque letal em Las Ramblas, a avenida turística mais famosa de Barcelona. Cerca de 130 pessoas ficaram feridas e o número de mortos ainda pode aumentar.

As primeiras hipóteses da investigação indicam que uma célula extremista de cerca de oito pessoas conduziu os ataques com veículos, depois que não conseguiu realizar seu plano inicial de usar bombas, disse nesta sexta-feira uma fonte judicial.

Enquanto realizavam buscas pelo motorista da van, que fugiu a pé, agentes de segurança evitaram outro ataque na região costeira de Cambrils, na província de Tarragona, ao atirar contra cinco supostos agressores que atropelaram diversas pessoas ferindo seis civis e um policial.

Os suspeitos abatidos vestiam coletes explosivos falsos, informou nesta sexta-feira o líder da região da Catalunha, Carles Puigdemont, em uma entrevista à rádio RAC1.

A polícia disse que os ataques em Barcelona e Cambrils se relacionam com uma explosão ocorrida na madrugada de quinta-feira em uma casa de Alcanar, em Tarragona, onde se deteve uma pessoa na sequência de outras duas prisões em Ripoll, Girona.

Uma fonte da polícia explicou que a explosão, que matou uma pessoa e deixou vários feridos, aconteceu devido à manipulação de botijões de gás butano, aparentemente para preparar material explosivo.

"Pode muito bem ser que quisessem utilizar os botijões para o atentado de Barcelona", disse o secretário de Interior catalão, Joaquim Form.

A polícia informou ter prendido dois homens, um marroquino e outro proveniente de Melilla, um enclave espanhol na África, mas que nenhum é o motorista da van. Um terceiro homem foi preso na cidade de Ripoll nesta sexta-feira por ter relação com o ataque.

Ainda não está claro quantas pessoas se envolveram no ataque de Barcelona e nos outros incidentes ocorridos na quinta-feira.

Testemunhas do ataque com a van disseram que o veículo branco avançou a toda velocidade fazendo zigue-zague por Las Ramblas, atropelando pedestres e ciclistas e deixando corpos estirados no chão.

Os feridos e mortos provinham de 24 países diferentes, incluindo França, Alemanha, Paquistão e Filipinas, disse o governo catalão nesta sexta-feira em um comunicado. Meios de comunicação espanhóis noticiaram que há várias crianças entre as vítimas fatais.

A agência de notícias do Estado Islâmico, a Amaq, disse que "os autores do atentado de Barcelona são soldados do Estado Islâmico e realizaram a operação em resposta aos chamados para atacar os Estados da coalizão", uma referência às forças que os Estados Unidos lideram contra o grupo.

A Espanha mantém várias centenas de soldados no Iraque, e estes preparam as forças locais para a luta contra o Estado Islâmico, mas não participam de operações terrestres. Não foi possível confirmar a reivindicação imediatamente.
 

Fim da farra

TCE-MS suspende "bônus" do Refis pago a auditores da Prefeitura de Campo Grande

Conselheiro Márcio Monteiro suspendeu cobrança de honorários em negociações de tributos inscritos na dívida ativa e rateio do valor entre auditores

10/12/2024 16h20

Márcio Monteiro suspendeu um dos bônus que integrou o combo da

Márcio Monteiro suspendeu um dos bônus que integrou o combo da "Folha Secreta" Arquivo

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O conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul, Márcio Monteiro, concedeu liminar para suspender a cobrança de honorários advocatícios em negociações de tributos devidos inscritos na dívida ativa.
A administração da prefeita Adriane Lopes (PP) também está impedida de ratear o valor dos honorários, não apenas em favor dos procuradores do município, mas também para os auditores fiscais municipais.

Tal medida permitia que auditores fiscais, por exemplo, recebessem honorários de programas de recuperação de dívidas tributárias, como o Refis, que está em andamento.

A denúncia foi feita durante o período eleitoral. A divisão dos honorários em favor de servidores da Secretaria de Finanças, cuja titular é Márcia Hokama, foi largamente usada na campanha. Integrava o que eles chamavam de “Folha Secreta”.

A outra parte dessa folha eram os contracheques ocultos com pagamentos de encargos especiais e jetons para secretários e funcionários de segundo escalão, institucionalizados por lei proposta por Adriane Lopes, aprovada pela Câmara e sancionada por Adriane, tudo na semana passada.

Monteiro, em sua medida cautelar, atendeu o parecer dos técnicos do Tribunal de Contas. Ele entendeu que há ilegalidade na cobrança de honorários advocatícios de débitos inscritos na dívida ativa devido à ausência de previsão legal. Além disso, considerou que o Termo de Cooperação Técnica 06, de agosto de 2022, assinado por Adriane Lopes, que permite a distribuição dos honorários aos auditores, carece de fundamento legal e critérios objetivos.

“Além de violar dispositivos constitucionais, a Lei de Acesso à Informação e a Lei de Responsabilidade Fiscal”, narrou Márcio Monteiro em seu voto.

A destinação de honorários da cobrança de tributos deve ser exclusiva aos integrantes da advocacia pública, no caso, os procuradores do município.

Monteiro determinou em sua decisão que tal prática seja cessada, que todos os efeitos advindos do termo de cooperação sejam suspensos e que o município e as autoridades responsáveis sejam intimados.

Em caso de descumprimento da decisão, inicialmente, o município está sujeito a uma multa de R$ 89 mil, além de outras consequências legais de eventual desobediência.

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Cidades

Entenda o que é trepanação, procedimento pelo qual Lula passou

Após dor de cabeça, exame revelou hemorragia intracraniana e presidente passou por cirurgia às pressas

10/12/2024 15h31

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva Arquivo/ Agência Brasil

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, passou por uma trepanação para drenar uma hemorragia intracraniana nesta segunda-feira (10). O procedimento foi consequência de um acidente doméstico sofrido pelo presidente em 19 de outubro, quando ele caiu no banheiro da residência oficial e bateu com a cabeça 

Entenda:

O que é trepanação?

São perfurações feitas no crânio. No caso do presidente, foram feitas entre duas lâminas da meninge, seguidas da colocação de um dreno, por onde sai o sangue acumulado após a hemorragia.

De acordo com o médico do presidente, Roberto Kalil, os orifícios feitos no crânio de Lula são pequenos e terão cicatrização espontânea, sem necessidade de intervenção futura. 

Inicialmente, o boletim médico do hospital falava que o presidente passaria por uma craniotomia. Porém, os médicos esclareceram que foi uma trepanação.

O que aconteceu com o presidente?

Lula teve mal-estar semelhante a um quadro gripal, acompanhado por dores de cabeça, e então foi ao Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, na noite desta segunda (9). Como teve uma queda recente, passou por uma ressonância magnética, que detectou uma hemorragia intracraniana de um hematoma decorrente do acidente em 19 de outubro. O presidente foi transferido para a unidade do hospital, em São Paulo, onde passou pelo procedimento cirúrgico.

Kalil explica que não houve machucado no cérebro, já que o hematoma estava localizado entre o osso cranial e o cérebro.

Desta forma, para evitar que o hematoma comprima o cérebro, o presidente passou pela trepanação na manhã de hoje, no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo.

Qual o estado de saúde do presidente?

De acordo com o médico, Lula reagiu bem ao procedimento, está lúcido, acordado, se alimentando e se comunicando bem e não teve qualquer comprometimento cerebral. 

O presidente está acompanhado da primeira-dama, Janja da Silva, e, por precaução, ficará internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, por 48 horas.

A expectativa da equipe médica, liderada por Roberto Kalil, é que Lula volte às atividades na próxima semana.

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