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Covid-19: Aval do Reino Unido abre caminho para vacina da AstraZeneca no Brasil

Expectativa é que Fiocruz peça o registro emergencial da vacina na semana que vem

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A autorização pelo Reino Unido do uso emergencial da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford deve abrir caminho para liberação semelhante no Brasil.  

Em território brasileiro o imunizante também está sendo desenvolvido em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e há acordo para, inclusive, produzí-lo no País.  

O pedido de uso emergencial pode ser feito na semana que vem pela Fiocruz, que tem acordo com a AstraZeneca. A vacina de Oxford é a principal aposta do governo Jair Bolsonaro para vacinar a população.

 

Mais barata

É a 2.ª vacina aprovada no Reino Unido, que já havia dado aval à Pfizer. O imunizante de Oxford era bastante esperado por ser mais barato e de mais fácil distribuição.  

Suas doses podem ser conservadas em freezers convencionais, sem a necessidade de guardar a -70 °C. A Argentina também liberou o uso emergencial do produto ontem.

Essa vacina é vista como essencial para imunização em massa em países populosos como o Brasil. A falta de transparência na divulgação dos dados dos testes clínicos e um erro de dosagem que levou a mais de um resultado de eficácia haviam motivado questionamentos dos especialistas.

A eficácia média da vacina, segundo os pesquisadores, é de 70% - abaixo do patamar de 90% de imunizantes como os da Pfizer e da Moderna, mas acima dos 50% recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).  

Já o grau de proteção no grupo de maior risco, os idosos, ainda não é conhecido. Mesmo sem esse dado, o governo britânico deve iniciar a vacinação de pessoas acima de 80 anos, trabalhadores de saúde e residentes de asilos no dia 4.

O diretor do setor de farmacogenômica do sistema de saúde britânico (NHS), Munir Pirmohamed, afirmou que o imunizante pode ter 80% de eficácia quando aplicadas duas doses completas com intervalo de três meses. Este dado não havia sido divulgado previamente.

“Também analisamos o regime de meia dose (que garante 90% de eficácia, conforme a AstraZeneca), mas sentimos que os resultados não se confirmavam na análise completa.”

Em uma nova abordagem, o Reino Unido disse que a prioridade será dar a 1.ª dose ao maior número de pessoas em grupos de risco, em vez de fornecer as duas doses necessárias no menor tempo possível. Isso porque dados mostram que a proteção começa a fazer efeito 15 dias após a aplicação da 1.ª dose.

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No Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reuniu ontem com representantes da AstraZeneca no Brasil para discutir uma previsão de pedido de uso emergencial. A Fiocruz diz que pode apresentar semana que vem a documentação necessária.

“Estamos analisando todas estas situações, mas isso ainda não está definido porque depende de ter as doses de vacina para fazer sentido. Estamos muito avançados no processo de registro”, disse Nísia Trindade, presidente da Fiocruz.  

Segundo ela, a Fiocruz deve entregar até dia 15 à Anvisa os documentos necessários para o registro definitivo - autorização diferente daquela que poderia ser pedida já na próxima semana.

Segundo a Anvisa, o prazo de avaliação é de até dez dias contados a partir da entrada do pedido formal para uso de emergência, mas pode ser menor, tendo em vista que informações apresentadas na submissão contínua para registro serão consideradas.  

A medida, diz a agência, é para evitar “o retrabalho”. A Anvisa já certificou a fábrica da AstraZeneca, na China, que produz o insumo farmacêutico.

A Fiocruz prevê entregar as primeiras doses da vacina de Oxford a partir de 8 de fevereiro.  “Com a chegada do Ingrediente Farmacêutico Ativo, em janeiro, podemos contar com a liberação pela Fiocruz de aproximadamente 10 milhões de doses em um processo contínuo durante o mesmo mês", prevê o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger.

Krieger ainda completa: "chegando a uma produção acumulada de aproximadamente 30 milhões de doses no final de fevereiro, continuamente liberadas em março, em um processo dinâmico de entregas”.

 

Investimento

A proposta é entregar 100,4 milhões de doses da vacina até o final do 1.º semestre. O governo investiu R$ 1,9 bilhão para compra, processamento e distribuição desse montante.  

No 2.º semestre, a produção passará a ser 100% nacional e mais 110 milhões de doses devem ser entregues ao ministério, totalizando cerca de 210 milhões de doses.

Sem calendário fechado. O governo, porém, ainda não fechou um calendário de vacinação - México e Argentina já começaram. O ministério afirmou anteontem trabalhar com duas datas. No cenário mais otimista, começaria em 20 de janeiro. Mas também informa que o início pode ser até 10 de fevereiro.  

O governo paulista prometeu vacinar a partir de 25 de janeiro com a Coronavac, produzida em parceria do Instituto Butantã e o laboratório chinês Sinovac. O imunizante, porém, não teve os dados de eficácia apresentados e ainda não tem registro.

 

Aval em 72 horas prorrogado

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu ontem manter em vigor trechos de uma norma que prevê prazo de 72 horas para a Anvisa autorizar o uso de vacinas já registradas por autoridades de saúde de outros países.  

Com a virada do ano, a lei caducaria, porque está atrelada a um decreto legislativo que fica sem efeito a partir de 2021.

A lei prevê 72 horas para que a Anvisa dê aval ao uso no País de imunizantes da covid-19 registrados pelas autoridades sanitárias dos Estados Unidos, Europa, China ou Japão.  

O aval automático só será dado se a agência não se manifestar no prazo. Não vale o mesmo prazo se estas vacinas tiverem só aval emergencial no exterior.

ALIMENTOS-DISPERDÍCIO

Mundo joga fora mais de 1 bilhão de refeições por dia, diz ONU

Isso representa aproximadamente quase um quinto de tudo o que é produzido, "uma tragédia global"

27/03/2024 21h00

O desperdício de alimentos produz cinco vezes mais emissões de CO2 que o setor da aviação e requer grandes áreas de terra onde são cultivados alimentos que não são consumidos Crédito: Freepik

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A humanidade desperdiçou por dia o equivalente a um bilhão de refeições em 2022, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira (27) pelo Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente).

Esse cálculo é provisório e a quantidade de alimentos desperdiçados pode ser muito maior, apontam os responsáveis pelo Índice de Desperdício de Alimentos.
Embora ainda existam 800 milhões de pessoas que sofrem com a fome, o mundo desperdiçou mais de um bilhão de toneladas de alimentos em 2022, o equivalente a mais de US$ 1 trilhão (R$ 5,21 trilhões na cotação da época).

Isso representa aproximadamente quase um quinto de tudo o que é produzido, "uma tragédia global", diz o texto.

"Milhões de pessoas passarão fome hoje enquanto os alimentos são desperdiçados em todo o mundo", afirma Inger Andersen, diretora-executiva do Pnuma. E esse não é apenas um fracasso moral, mas também ambiental, destaca ela.

O desperdício de alimentos produz cinco vezes mais emissões de CO2 que o setor da aviação e requer grandes áreas de terra onde são cultivados alimentos que não são consumidos.

O relatório, em conjunto com a organização sem fins lucrativos Wrap, é o segundo sobre desperdício global de alimentos elaborado pela ONU.

À medida que a coleta de dados melhora, a verdadeira magnitude do problema se torna mais clara, diz Clementine O'Connor, também do Pnuma.

"Para mim, é simplesmente assustador", reforça Richard Swannell, do Wrap. "Seria realmente possível alimentar todas as pessoas atualmente famintas no mundo com uma refeição por dia, apenas com a comida que é desperdiçada a cada ano."

Restaurantes, refeitórios e hotéis foram responsáveis por 28% do total de desperdício de alimentos em 2022, enquanto o comércio varejista, como açougues e mercearias, descartou 12%. Os maiores culpados foram os lares, que representaram 60%, cerca de 631 milhões de toneladas.

Muito disso ocorre porque as pessoas simplesmente compram mais alimentos do que precisam, calculam mal o tamanho das porções e não comem sobras, diz Swannell.
Outro problema são as datas de validade. Existem produtos perfeitamente bons que são jogados fora porque as pessoas supõem, incorretamente, que eles estragaram.
O relatório explica também que muitos alimentos, especialmente no mundo em desenvolvimento, se perdem no transporte ou estragam devido à falta de refrigeração.

Ao contrário da crença popular, o desperdício alimentar não é um problema apenas dos países ricos e pode ser observado em todo o mundo.

Os países com climas mais quentes também geram mais resíduos, possivelmente devido ao maior consumo de alimentos frescos.

Efeitos devastadores

As empresas também contribuem para o problema porque é barato descartar produtos não utilizados graças aos aterros. "É mais rápido e fácil descartar atualmente porque a taxação do lixo é zero ou muito baixa", diz O'Connor.
O desperdício de alimentos tem "efeitos devastadores" para as pessoas e o planeta, conclui o relatório.

A conversão de ecossistemas naturais em agricultura é uma das principais causas da perda de habitat, e o desperdício de alimentos ocupa o equivalente a quase 30% da terra destinada ao uso agrícola.

"Se o desperdício de alimentos fosse um país, seria o terceiro maior emissor de gases de efeito estufa do planeta, atrás dos Estados Unidos e da China", ressalta Swannell.

NO BRASIL 

O Índice de Desperdício de Alimentos calcula que, no Brasil, a taxa, na etapa de consumo familiar, esteja em 94 kg per capita ao ano.

Essa estimativa leva em conta somente o consumo doméstico de alimentos no país, com base em um estudo piloto realizado em 2023 em cinco regiões da cidade do Rio de Janeiro, com diferentes perfis socioeconômicos.

"Embora seja um estudo restrito ao Rio de Janeiro, os dados mostram que o desperdício ocorre mesmo em bairros de classe média baixa. Os fatores que levam ao desperdício precisam ser explorados em pesquisas qualitativas. É importante destacar que o montante de 94 kg por pessoa ao ano leva em conta tanto sobras de refeições, tais como arroz e feijão, quanto cascas de frutas e ossos", diz Gustavo Porpino, analista da Embrapa Alimentos e Territórios, que atuou como revisor do índice, em comunicado.

"A metodologia do Pnuma não categoriza o desperdício em evitável e inevitável, porque considera relevante reduzir o descarte de resíduos orgânicos como um todo", explica.

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PAC Saúde

Com investimento de R$ 89,5 milhões, municípios de MS irão receber novas Unidades Básicas de Saúde

Com as novas unidades o Ministério da Saúde estima que mais de 8,6 milhões de pessoas sejam atendidas pela Atenção Primária

27/03/2024 17h30

Marcello Casal Jr / Agência Brasil

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O Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC Saúde) disponibilizou R$ 89,5 milhões para investimento em construção de Unidades Básicas de Saúde (UBS) em 37 municípios de Mato Grosso do Sul.

Entre os municípios estão Campo Grande (R$ 4.945.820,90), Dourados (R$ 4.945.820,90) e Corumbá (R$ 2.276.907,66). Em todo país serão construídas 1,8 mil unidades em mais de 1,5 mil municípios. Com isso, o Ministério da Saúde estima que mais de 8,6 milhões de pessoas sejam atendidas pela Atenção Primária. 

Conforme divulgado pelo Ministério da Saúde, com as novas UBS haverá a necessidade de ampliação no quadro das equipes de Saúde da Família (eSF), se Saúde Bucal (eSB), multiprofissionais  (eMulti) e de Agentes Comunitários de Saúde (ACS).

A pasta informou que o investimento feito é de R$ 4,2 bilhões, sendo que os valores das novas UBS apresentam a variação de R$1,8 e R$6,6 milhões, de acordo com a região e o tamanho da unidade. 

Ainda, de acordo com o Ministério, os dez pedidos entre equipamentos e obras que o Novo Pac Saúde contempla, novas UBS representam o maior número de propostas apresentadas pelos municípios, um total de 5.665 propostas, referentes a 3.001 territórios.

Veja a relação dos municípios

Para a escolha dos municípios a receber as novas UBS foram vulnerabilidades socioeconômica; ausência assistencial na Atenção Primária; locais com baixo índice de cobertura e Estratégia de Saúde da Família.

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