Os efeitos da estiagem em Campo Grande já fizeram com que aumentassem em até 80% o número de pacientes com problemas respiratórios nas principais clínicas e hospitais particulares da Capital. Os mais prejudicados são crianças e idosos, mas adultos também têm sentido os efeitos da baixa umidade relativa do ar. Não chove na cidade há 33 dias e o mês de maio deste ano foi o mais seco desde 2006.
No Proncor estão sendo realizados cerca de 25 atendimentos diários por conta desse tipo de problema, afirma o coordenador de enfermagem do hospital, Cleiton Oliveira. Segundo ele, os casos de pessoas que procuram inalação e apresentam tosse e problemas alérgicos aumentou em pelo menos 50% em relação ao mês anterior.
Já no Hospital do Coração (antiga Clínica Campo Grande), o aumento estimado na procura por atendimentos desse tipo e de inalações foi de 80%. Especializado em pediatria, o Hospital da Criança registrou pelo menos 30% de crescimento na procura de pacientes com problemas respiratórios durante o mês de maio.
A rede pública ainda possui compilados os dados referentes a atendimentos a pacientes com problemas respiratórios, mas a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) adianta que o número de pacientes aumentou no último mês.
Cuidados
O pneumologista Renato Barbosa de Rezende aponta alguns os cuidados necessários durante o período de estiagem e frio. De acordo com ele, nessa época do ano "o clima é extremamente prejudicial aos brônquios". A principal orientação do especialista é de se alimentar bem, com refeições saudáveis para fortalecer o corpo.
Em segundo lugar está o consumo de pelo menos dois litros de líquido por dia. Renato esclarece que não precisa ser necessariamente com água, mas a pessoa pode revezar também com sucos, especialmente os que possuem vitamina C como laranja e acerola.
A terceira recomendação é evitar aglomerações, principalmente em ambientes fechados. Isso porque mesmo que a pessoa não tenha problemas alérgicos, fica exposta nessas condições. "Você fica muito mais suscetível a ter um resfriado que pode evoluir para uma gripe e de repente para uma pneumonia", afirma o pneumologista.