Cidades

CAPITAL

Banco de Alimentos faz 15 anos atendendo 50 mil pessoas

Banco de Alimentos faz 15 anos atendendo 50 mil pessoas

DANIELLA ARRUDA

24/07/2011 - 00h00
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Com média de 100 toneladas de alimentos processadas por mês, abastecendo atualmente cerca de 50 mil pessoas atendidas por 120 entidades assistenciais de Campo Grande, a Central de Processamento de Alimentos (CPA) - Banco de Alimentos, completa 15 anos de atividades na Capital sul-mato-grossense com dois grandes desafios pela frente.

O primeiro é aumentar o número de parceiros, de forma a tirar ainda mais famílias do município da realidade de insegurança alimentar. O outro foco é reduzir o desperdício de alimentos — hoje, de cada 100 quilos de alimentos que chegam à unidade, 20 não têm condições de serem aproveitados, o que poderia ser evitado se houvesse uma pré-seleção antes da doação, separando-se o que já está estragado daquilo que ainda pode ser consumido.

Não existem estatísticas oficiais específicas sobre quantas pessoas ou famílias estariam em situação de vulnerabilidade social no município. Esse dado, inclusive, foi elencado dentre as metas a serem perseguidas por autoridades públicas, entidades e colaboradores durante a 1ª Conferência Municipal de Segurança Alimentar, realizada neste mês na Capital.

Porém a percepção é de que existe ainda muito a ser feito para ampliar a cobertura da segurança alimentar oferecida pela unidade. "Nosso desafio é ampliar ainda mais esse atendimento, porque sabemos que ainda há gente com fome, em situação de insegurança alimentar, na nossa cidade. Precisamos aumentar o número de parceiros e assim o volume de alimentos para atender mais famílias", reconhece a coordenadora da CPA, Gizeli da Motta Prado.

Na prática, vários saltos de qualidade já foram dados para se aproximar dessa meta. Nos últimos sete anos, o volume de alimentos captados pela Central mais que triplicou, passando de 30 toneladas por mês em 2004 para até 100 toneladas mensais — somente em junho deste ano, foram quantificadas 175 toneladas de alimentos.

Esses números são resultado direto da multiplicação de iniciativas na área de segurança alimentar. Enquanto até meados da década passada a Central de Processamento de Alimentos se sustentava principalmente da coleta (doações de alimentos que já não podiam mais ser comercializados, mas ainda apresentavam condições de consumo humano), hoje metade dos hortifruti captados pela unidade provem da agricultura familiar.

A segunda maior fonte de doações é a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que repassa o chamado "estoque seco" (alimentos não perecíveis, como farinha de mandioca, feijão, leite, macarrão, óleo). Por último, há o reaproveitamento de alimentos, provenientes da produção excedente, que são repassados à CPA por cinco grandes colaboradores da cidade. Para evitar contaminação, uma semana é dedicada somente aos produtos que chegam da agricultura familiar e a seguinte para o reaproveitamento de alimentos.

Paralelamente, a Central também investe em ações socieducativas, como palestras sobre segurança alimentar, oficinas culinárias, cursos na área de alimentação e ainda visitas às entidades cadastradas. Somente no ano passado, 360 pessoas passaram por esse tipo de capacitação e neste semestre foram 275 atendidos.

 Como doar

Com uma estrutura de 20 funcionários, a Central de Processamento de Alimentos é responsável pela recepção e triagem dos alimentos, que depois são encaminhados para uma usina montada no mesmo local, onde é feita higienização, seleção e porcionamento dos alimentos, para deixá-los prontos para distribuição às entidades. Famílias atendidas pelos 19 Centros de Referência de Assistência Social (Cras) distribuídos por Campo Grande também são atendidos pela CPA.

Para a captação de doações, a Central dispõe de caminhão e uma equipe própria, que vai até o local para buscar os alimentos. "Qualquer instituição, qualquer produtor que tenha uma quantidade de alimentos excedente e que vai ser descartado, esse produto pode ser doado. Também aceitamos todo tipo de carga seca (grãos, farináceos, etc.) que ainda estiverem dentro do prazo de validade", explica. O número de contato para quem quiser colaborar é o 3314-3955.

Cidades

Ministério divulga lista de marcas de café impróprios para consumo; veja quais

Três marcas foram desclassificadas por não atenderem aos padrões de identidade e qualidade ou por presença de contaminantes

23/05/2025 18h44

Ministério determinou o recolhimento dos produtos impróprios

Ministério determinou o recolhimento dos produtos impróprios Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

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O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgou nova atualização do alerta de risco aos consumidores em relação a marcas e lotes de café torrado considerados impróprios para o consumo humano. Nesta atualização, foram desclassificadas três marcas de café torrado para consumo humano.

A medida foi tomada após análises em laboratório constatarem o descumprimento de padrões estabelecidos em portaria.

Conforme o Mapa, as irregularidades detectadas incluem a presença de matérias estranhas e impurezas acima do limite permitido, bem como níveis de micotoxinas superiores ao tolerado pela legislação vigente.

"Tais elementos indicam que os produtos não atendem aos requisitos de identidade e qualidade previstos para o café torrado, motivo pelo qual foram desclassificados", diz a pasta, em nota.

O Ministério ressalta as empresas foram notificadas das irregularidades detectadas e foi determinado o recolhimento dos produtos impróprios.

 

As marcas reprovadas são: Melissa, Pingo Preto e Oficial. Confira os lotes:

Ministério determinou o recolhimento dos produtos impróprios

São consideradas matérias estranhas no café: grãos ou sementes de outras espécies vegetais, areia, pedras ou torrões. Já as impurezas são elementos da lavoura, como cascas e paus.

Orientações ao consumidor

O Ministério orienta que consumidores que tenham adquirido os produtos listados deixem de consumi-los imediatamente.

É possível solicitar a substituição do produto com base nas disposições do Código de Defesa do Consumidor.

Além disso, caso os produtos ainda estejam sendo comercializados, o Mapa solicita que a ocorrência seja comunicada por meio do canal oficial Fala.BR, com o nome e endereço do estabelecimento onde foi realizada a compra.

CENSO

Índice de analfabetismo em pessoas com deficiência é 4 vezes maior que das sem deficiência em MS

Pesquisa foi divulgada hoje (23) pelo IBGE

23/05/2025 18h30

Índice de pessoas com deficiência e analfabetas é quase 4 vezes maior que das sem deficiência em MS

Índice de pessoas com deficiência e analfabetas é quase 4 vezes maior que das sem deficiência em MS Divulgação

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Na pesquisa do Censo 2022 divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi constatado que a taxa entre as pessoas que possuem uma deficiência e são analfabetas é 14,9% maior do que a das que não possuem deficiência mas são analfabetas.

Em 2022, na população sul-mato-grossense com 15 anos ou mais de idade, havia 31.564 pessoas com deficiência e analfabetas, o que representa uma taxa de analfabetismo de 19%. Entre as pessoas sem deficiência da mesma faixa etária, havia 80.271 de analfabetos, correspondendo a uma taxa de analfabetismo de 4,1%. 

Para promover melhoria nos indicadores educacionais do país e orientar as políticas públicas na área de educação, a Meta 9 do Plano Nacional de Educação (PNE) estabeleceu uma redução na taxa de analfabetismo entre pessoas de 15 anos ou mais para 6,5 até o ano de 2025, e a erradicação da taxa até 2024.

Para o IBGE, o Censo 2022 revela um cenário de desigualdade para a população com deficiência. Apesar dos progressos obtidos, o não cumprimento da meta do PNE para o segmento da alfabetização mostra que as pessoas com deficiência seguem à margem dos avanços educacionais.

Dados do MS

Conforme já apresentado pelo Correio do Estado, dos 2.682.335 habitantes de dois anos ou mais de idade que vivem em Mato Grosso do Sul, 174.859 relataram possuir alguma deficiência. Isso coloca o estado na 7ª posição entre as menores taxas de percentual de pessoas com deficiência entre os estados do país (6,5%). 

No estado, o município que teve maior porcentagem de pessoas com deficiência foi Paranaíba, com 11,4%. Isto é, da população de 40.113 habitantes, 4.567 relataram algum tipo de deficiência. Em seguida, vem Cassilândia, com 10,4%, e Corguinho, com 9,8%. 

Campo Grande, que tem uma população de 876.298 pessoas acima de 2 anos, registrou uma porcentagem de 6,8%. 

Nota-se uma grande diferença nas taxas de deficiência entre homens e mulheres. Segundo o Censo, em Mato Grosso do Sul, cerca de 97 mil das pessoas com deficiência eram mulheres, o que corresponde a uma porcentagem de 55,8%. Sobre os homens, foram registradas mais de 77 mil pessoas com deficiência, ou 44,2%. 

Segundo o IBGE, foi possível observar na análise que os casos de deficiência tendem a aumentar com o envelhecimento, o que é esperado, já que as limitações funcionais se tornam mais frequentes com o avanço da idade. Assim, no estado, entre a população com deficiência, 11,2% das pessoas tinham de 15 a 29 anos. Já entre as pessoas de 60 a 79 anos, 33,1% possuíam alguma deficiência. 

 A dificuldade funcional mais presente nas pesquisas foi a de enxergar, mesmo usando óculos ou lentes de contato, que atingia mais de 96 mil pessoas. Em seguida, aparece a dificuldade para andar ou subir degraus, mesmo com o uso de prótese ou aparelho de auxílio, que contabilizou 62 mil pessoas.

33 mil pessoas relataram ter algum impedimento relacionado à destreza manual, como a dificuldade de pegar objetos pequenos ou abrir e fechar tampas, mesmo com aparelho para auxílio.

Com relação à dificuldade para ouvir, mesmo com uso de aparelhos auditivos foram registradas 30 mil pessoas; e às limitações mentais que podem impactar na vida cotidiana, seja na comunicação, ou nos cuidados pessoais, no trabalho ou no estudo, 30 mil pessoas. 

Nacional

Os dados preliminares da amostra do Censo 2022 mostram que o Brasil tinha 14,4 milhões de pessoas com deficiência, o que corresponde a 7,3% das 198,3 milhões de pessoas com dois anos ou mais de idade na população. 

Os idosos com 60 anos ou mais representavam 45,4% das pessoas com deficiência, enquanto na população sem deficiência eles eram 14,0%. As mulheres com deficiência eram 8,3 milhões e os homens, 6,1 milhões.

Em 2022, na população com 15 anos ou mais de idade, havia 2,9 milhões de pessoas com deficiência e analfabetas, o que representa uma taxa de analfabetismo de 21,3%. Entre as pessoas sem deficiência da mesma faixa etária, havia 7,8 milhões de analfabetos, correspondendo a uma taxa de analfabetismo de 5,2%.
 

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