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ECONOMIA

BNDES: corte de gastos de estatais é
caminho para ajustar contas públicas

BNDES: corte de gastos de estatais é
caminho para ajustar contas públicas

Vinícius Lisboa, Agência Brasil

09/08/2017 - 14h31
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O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, afirmou hoje (9) que o caminho para o ajuste das contas públicas é o corte de despesas estatais. Castro participou da abertura do Encontro Nacional de Comércio Exterior. Ele disse ainda que "o tempo está esgotado para que o Brasil faça reformas que permitam que a máquina pública caiba no PIB".

Castro disse que para o fim do mês está previsto o lançamento do Progeren, programa de capital de giro do BNDES, automático para empresas, que será viabilizado em conjunto com o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. O programa oferece incentivo para o aumento da produção. O lançamento deve ser feito pelo Ministério do Planejamento.

O presidente do banco disse ainda que as indústrias brasileiras de produção e de serviços foram as principais vítimas de um "morticínio econômico", "causado inclusive pela confluência de mal feitos, que acabaram por jogar o bebê fora, junto com a água suja".

"O Brasil não pode esperar que a toga resolva a questão judicial enquanto falece, enquanto fenece o Brasil produtivo", disse.

Castro afirmou que a participação do banco no processo de exportação brasileira está "decrescente, minguando e quase indo a zero". Ele afirmou que muito pouco pode ser comemorado no superávit comercial previsto para 2017, que ele considerou resultado "da maior recessão brasileira de todos os tempos".

O presidente do BNDES destacou ainda que o setor agropecuário evitou que a queda da economia fosse pior. "Já poderíamos ter fechado, jogado a chave e nos atirado no Oceano Atlântico".

O presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, defendeu as reformas propostas pelo governo e propôs a elevação do Reintegra (Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários), dos atuais 2% para 5%. O programa restitui a exportadores tributos pagos antecipadamente por exportadores.

"Sem reduzir os custos, não há possibilidade de o Brasil se inserir nas cadeias globais de valor e evitar seu isolamento comercial", afirmou.

Exportações e importações

Ao abrir o evento, Castro destacou a expectativa de o país ter o quinto maior superávit comercial do mundo em 2017, mas ponderou que é resultado da queda de 39% das importações, que superou a queda de 18% das exportações.

"Se por um lado nosso superávit comercial será o quinto maior do mundo, por outro, nossas exportações e importações estão classificadas numa distante 25ª posição no ranking mundial, colocações não condizentes com o país, que é o nono PIB do mundo e integra o G20".

O vice-presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, Darci Piana, defendeu agilidade nas concessões e reformas propostas pelo governo. "O nosso problema é o tempo. Tudo o que propomos precisava ter sido feito ontem ou anteontem".

O vice-presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), João Martins, destacou que, ao contrário do que muitas pessoas pensam, o agronegócio brasileiro não exporta apenas produtos primários, mas também tecnologia desenvolvida em pesquisas realizadas no Brasil.

"Aumentamos nossa produção em 400%, de 1970 para cá, enquanto a expansão da área rural foi em torno de 60%", disse Martins, que defendeu que a prioridade é reduzir a burocracia para exportações. "Precisamos investir na infraestrutura, mas mais do que isso o precisamos desburocratizar o mercado e o processo de exportação no Brasil".

O vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Paulo Tigre, afirmou que a busca por mercados externos tem sido prejudicada por burocracia, excesso de leis e tarifas, demora na liberação de mercadorias e infraestrutura insuficiente. Além da solução desses problemas, Tigre defendeu a criação de uma rede de acordos com países estratégicos. "São muitos, de natureza variada, os problemas que devemos enfrentar e resolver".

Cidades

Corpo de turista que desapareceu no Rio Aquidauana é encontrado

Três pessoas caíram da embarcação na tarde de sábado (07); nenhum dos tripulantes da embarcação estariam usando o equipamento de segurança, sendo o colete salva-vidas

09/12/2024 13h30

Corpo de homem que desapareceu no Rio Aquidauana é encontrado

Corpo de homem que desapareceu no Rio Aquidauana é encontrado Reprodução

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Foi encontrado na manhã desta segunda-feira (9), o corpo do homem que desapareceu no Rio Aquidauana após a embarcação em que ele estava virar, no último sábado (7). 

Identificado como Marcos Rosa Tolentino, de 56 anos, estava junto com o filho e o piloto do barco no momento do acidente. 

Segundo repassado, nenhum dos tripulantes da embarcação estariam usando o equipamento de segurança, sendo o colete salva-vidas. O corpo foi encontrado a 1 quilômetro de distância de onde a embarcação virou.

Informações repassadas pelo Corpo de Bombeiros indicam que, ainda na tarde de sábado (07), a família aproveitava os últimos instantes em território sul-mato-grossense para registrar o passeio. 

Conforme a mídia local, o Corpo de Bombeiros foi acionado por volta de 15h30 para atender à ocorrência de desaparecimento. 

Essa família teria vindo do Estado de São Paulo, hospedando-se em um rancho localizado próximo à rodovia BR-262, entre os municípios de Aquidauana e Anastácio, indica o portal O Pantaneiro. 

O acidente

Visitantes em Mato Grosso do Sul, uma família vinda de São Paulo viveu momentos de tensão, após um barco virar no meio do Rio Aquidauana e o patriarca do grupo desaparecer, levado pela correnteza e força das águas no interior do Estado. 

Próximo a Cachoeira do Campo, eles subiam o rio no momento em que o barco virou, quando pai; filho e piloto caíram no Aquidauana. 

Conforme os populares no local, o homem (branco, alto e vestido de bota e calça jeans) de aproximadamente 60 anos estava em um lugar seguro num primeiro instante, porém, teria ido em busca do filho. 

Ainda, a mídia detalha que piloto e o filho citado teriam conseguido se segurar no barco.  

Sem a mesma sorte, o idoso segue desaparecido, sendo que as buscas foram suspensas no período noturno ontem (07), porém retomadas no primeiro horário da manhã de domingo (08).

Inclusive, ao Corpo de Bombeiros, o filho desse homem relatou Que seu pai entrou em um poço fundo do Rio Aquidauana e, com isso, acabou se afogando. 

**Colaborou Leo Ribeiro**

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NARCO ESTADO?

Sob domínio do tráfico, Paraguai dispensa ajuda dos EUA

Com cerca de 300 integrantes, a Senad, um grupo de elite especializado no combate ao tráfico, não quer mais ajuda da DEA, o grupo especializado norte-americano

09/12/2024 12h50

Senad e DEA atuaram em conjunto para interceptar carregamento de mais de 4 tonelada de cocaína em um porto próximo a Assunção

Senad e DEA atuaram em conjunto para interceptar carregamento de mais de 4 tonelada de cocaína em um porto próximo a Assunção

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Publicação do jornal norte-americano The Woshington Post, um dos mais renomados dos Estados Unidos, publicou reportagem na última sexta-feira (6) informando que a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (SENAD) estava abrindo mão da ajuda direta que há anos vinha recebendo da Drug Enforcement Administration (DEA) no combate ao narcotráfico no país vizinho. 

Com cerca de 300 integrantes, o grupo de elite da polícia que integra a Senad tem forte presença na região de fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul e, além de receber informações e treinamento da polícia dos EUA, recebe equipamentos dos norte-americanos. 

A parceria entre a Senad e a DEA foi firmada ainda durante a ditadura do ex-presidente Alfredo Stroessner, que comandou o Paraguai durante quase 35 anos, de agosto de 1954 até fevereiro de 1989. 

E, diante da repercussão negativa que o fim desta parceria estava causando, o ministro do interior do Paraguai, Enrique Riera, convocou coletiva de imprensa negando que o Paraguai estava abrindo mão da ajuda da DEA. Ele garantiu que a partir de agora este apoio dos EUA será redirecionado à Polícia Nacional. 

Polícia Nacional é a chamada “polícia comum” e, segundo o ministro, o grupo de inteligência da DEA vai passar a assessorar esta polícia, embora os agentes da Senad sejam exclusivamente destinados ao combate ao tráfico de drogas. 

Um dos primeiros a reagir foi o ex-presidente Mario Abdo Benitez, que classificou o rompimento como um “grande retrocesso” no combate ao narcotráfico, que, segundo ele, não tem mais fronteiras. O deputado colorado Maurício Espínola é outro que não poupou críticas. 

“Sem cooperação internacional, a luta contra o crime organizado é impossível”, afirmou, segundo reportagens do jornal ABC Color, o principal do país vizinho. Segundo outro deputado, Gerardo Soria, este é mais um passo para transformar o Paraguai em um “Narco Estado”. 

Conforme oposicionistas, o rompimento aconteceu depois de uma operação policial na qual foi morto o deputado Lalo Gomes, em 19 de agosto deste ano, em Pedro Juan Caballero, cidade que faz divisa com Ponta Porã. 

Lalo Gomes era investigado por supostamente ser o responsável pela lavagem de dinheiro de traficantes com Fernandinho Beira-Mar, Cabeça Branca e o sul-mato-grossense Jarvis Gimenes Pavão. Oficialmente, ele teria reagido a tiros a uma operação policial em sua casa. Para familiares, porém, ele teria sido executado por agentes da Senad. 

Para deputados de oposição ao atual governo, com este rompimento pretende-se impedir que a DEA  interfira nas investigações que poderiam resultar na descoberta que integrantes do Governo fazem integram grupos de narcotraficantes, principalmente de cocaína. 

E é justamente a cocaína que nos últimos três ou quatro anos, segundo estes críticos, tomou conta do Paraguai, que antes enfrentava principalmente o tráfico e plantio de maconha. 

Boa parte desta cocaína acaba passando por Mato Grosso do Sul rumo ao grandes centros consumidores e rumo aos portos de Santos e Paranaguá, de onde as drogas são despachadas para a Europa e a Ásia. 

Só nos primeiros 11 meses deste ano as polícias de Mato Grosso do Sul apreenderam 17 toneladas de entorpecentes. Até 2020, o volume anual variava entre 4 e 5 toneladas. 

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