O presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou em visita a Mato Grosso do Sul feita na terça-feira (18) que tomaria a vacina produzida pela Universidade Oxford, do Reino Unido, e o laboratório AstraZeneca, que está em testes no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
“Desde o começo o Brasil entrou nessa [pesquisa] da [vacina de] Oxford. Está chegando R$ 2 bilhões para essa pesquisa, está indo muito bem, está na fase 3, deve ficar ponta em dezembro ou janeiro e deve vir 200 milhões [de doses] para o Brasil. Essa de Oxford é confiável, não quero desacreditar das outras, mas eu tomaria essa”, declarou durante a visita que fez ao Estado.
A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) coordena a pesquisa da vacina britânica, que deverá ser aplicada em 5 mil voluntários.
Conforme o acordo feito entre Fiocruz e Oxford, a universidade fará o envio da tecnológica da vacina para o Brasil e o país terá independência para produzir o medicamento.
De acordo com a AstraZeneca, a pesquisa tem capacidade de produzir até 2 bilhões de doses, sendo que ainda há mais de 1,5 bilhão para serem negociadas.
Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), hoje existem, pelo menos 165 vacinas em desenvolvimento por diversos países.
No Brasil, além desse imunizante, o país também participa de testes da vacina chinesa CoronaVac, testada em parceria com o Instituto Butantan.
Essa vacina será aplicada em 9 mil profissionais da saúde de São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Brasília.
Outra que também deverá ser testada no país é a Sinopharm, também chinesa, e que fechou contrato com o governo do Paraná.
O estudo prevê até 60 mil voluntários, sendo que 7 mil seria do Brasil, distribuídos entre São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Norte. (Com agências)