karine cortez e nadyenka castro
Rixa entre gangues fez a sexta vítima no Bairro Parque do Lageado, em Campo Grande. Luciano Ferreira de Jesus, 18 anos, conhecido como “Tchola”, foi assassinado no início da noite de segunda-feira com quatro tiros – no peito, pescoço, queixo e mão direita – , quando estava no cruzamento das ruas José Falsetti e Adelaide Maria de Figueira. A morte chegou a ser comemorada com fogos logo depois do assassinato por moradores ou inimigos da vítima.
Antes dele, outros cinco jovens, que eram amigos de Luciano, já haviam sido mortos. Segundo familiares dos garotos, os assassinatos foram praticados por um grupo de rapazes que pertencem ao bairro vizinho, o Dom Antônio Barbosa, e alimentou “guerra” que já perdura há pelo menos 7 anos. As tragédias provocadas pelas brigas são relatadas por moradores do bairro. A vendedora de doces Geracina Pereira da Silva, 48 anos, já enterrou três dos seis filhos — Laerte 19 anos, conhecido como Saci, Lenon, 17 anos, e Lucas, 14 anos — restando-lhe outros três. Um deles, de 18 anos, está preso acusado de envolvimento num roubo praticado também por Luciano.
A amiga da família de Luciano, que se identificou apenas como Sirlei, disse que a briga entre os grupos teria começado quando um rapaz chamado Wellington, conhecido como Tom, foi assassinado. Ele seria amigo de Laerte e desde então começou a vingança e outro jovem teria sido morte, mas ninguém soube dizer o nome dele.
Morte
Luciano foi assassinado na noite de anteontem, por volta das 19 horas. O Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estiveram no local, mas quando chegaram ele já estava morto. Policiais militares do 10° Batalhão também estiveram no local e ouviram os fogos “comemorando” a morte do rapaz. Alguns moradores chegaram a comentar que seriam os integrantes da gangue vizinha.
Na tarde de ontem, durante o velório de Luciano, a Polícia Militar fez rondas pelo local, mas não confirma que grupo rival tenha assassinado o jovem. “Ele já tinha cometido vários crimes como tráfico de drogas e roubos de motocicletas em diversos locais de Campo Grande. Por isso pode não ser apenas uma briga entre grupos”, enfatizou o comandante do 10º Batalhão da PM, que atua na região, major Joilson Queiroz Santana.