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Campo Grande bate novo recorde de confirmações de Covid-19

Nas últimas 24 horas, foram registrados 233 novos casos e taxa de ocupação subiu 4%

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Campo Grande voltou a registrar novo recorde de novos casos de Covid-19 (doença causada pelo novo coronavírus) em 24 horas. De ontem, quarta-feira (8), até hoje, quinta-feira (9), foram registrados mais 233 casos.

Com isso, a Capital de Mato Grosso do Sul já tem 3.812 casos. Também nas últimas 24 horas, houve aumento de quatro pontos percentuais na taxa de ocupação de leitos. Apesar de ter ocorrido alta nas internações por outras doenças, o número de pacientes com suspeita hospitalizados subiu 3%.

Para diminuir esses índices, o titular da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Geraldo Resende, disse que está sendo colocado em prática um plano de ampliação de leitos em parceria com a prefeitura.

“Estamos criando hoje 20 novos leitos no Hospital de Câncer [Alfredo Abrão] para pacientes sem Covid-19 e transferir algumas pessoas da Santa Casa e do Hospital Regional [de Mato Grosso do Sul Rosa Pedrossian] para lá. Assim, vamos ter mais vagas para Covid-19”, explicou durante transmissão ao vivo do Governo do Estado.

O secretário também destacou que os hospitais privados também terão novos leitos.

“Teremos mais 20 leitos no [Hospital do Proncor], dez na Clínica Campo Grande e sete no [Hospital] El Kadri”, frisou.

DADOS

Hoje, Mato Grosso do Sul chegou a 11.671 casos. Entre ontem e hoje, mais 608 casos foram confirmados.  

Desses novos casos, 233 foram registrados em Campo Grande, 111 em Bataguassu, 85 em Dourados, 26 em Corumbá, 16 em Sidrolândia, 14 em Três Lagoas, 13 em São Gabriel do Oeste, 11 em Naviraí e nove em Itaporã.

Costa Rica e Santa Rita do Pardo confirmaram mais oito casos cada. Chapadão do Sul registrou novos sete casos e Rio Brilhante mais cinco. Ladário, Maracaju, Aparecida do Taboado, Iguatemi, Juti e Tacuru confirmaram quatro casos cada.  

Brasilândia, Terenos, Batayporã, Angélica, Jardim, Novo Horizonte do Sul e Nova Andradina registraram três novos casos cada. Anastácio, Caarapó, Ponta Porã, Porto Murtinho e Nova Alvorada confirmaram dois casos cada.

E Amambai, Bela Vista, Bodoquena, Bonito, Glória de Dourados, Eldorado, Camapuã, Mundo Novo, Paraíso das Águas, Paranaíba, Selvíria, Japorã e Laguna Carapã registraram um novo caso cada.

Procedimento que já é comum, Corguinho excluiu dois e Caracol, Douradina, Ivinhema e Sonora eliminaram um caso cada da base de dados. Isso acontece quando as autoridades locais identificam que o paciente apenas recebe atendimento na cidade e reside em outro local.

Mais 338 pessoas se recuperaram da Covid-19, totalizando 7.629. 227 pacientes estão internados, sendo 127 em leitos clínicos e 112 em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Portanto, em 24 horas, três pessoas receberam alta no Estado. Há ainda 12 pacientes de outros estados sendo tratados em Mato Grosso do Sul, mas não contabilizados oficialmente pela SES.

Dessas 127 pessoas em leitos clínicos, 57 estão em leitos públicos. Outras 69 estão em hospitais privados, e um paulista ocupa uma vaga em unidade particular.

Entre os 112 internados em UTI, 72 ocupam leitos públicos e 39 pessoas estão em hospitais privados, e um paranaense está internado em uma unidade particular. Com isso, a taxa de ocupação de leitos clínicos públicos é de 20% e dos de UTI é de 58%.  

Atualmente, o Estado tem 670 leitos clínicos para adultos e 138 para crianças, além de 199 em UTIs adultas e dez para crianças disponíveis para usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

Considerando o total geral de leitos e internações por outras doenças, a macrorregião de Campo Grande está com 87% dos leitos ocupados. São 212 unidades, sendo 51% com pessoas com outras doenças, 23% contaminados pelo vírus e 13% com suspeita.

Já a macrorregião de Corumbá está com 70% da capacidade ocupada. Dos 20 leitos, metade tem pacientes em tratamento contra outras doenças, 15% foram diagnosticados com Covid-19 e 5% estão com suspeita.

A região de Dourados tem 102 leitos e 60% estão ocupados. E a macrorregião de Três Lagoas tem 51% de leitos ocupados, de um total de 35.

O Estado já tem 136 mortes pela doença. Foram 38 óbitos em Dourados (sendo 1 que morreu em Tocantins), 28 em Campo Grande, 13 em Corumbá, 7 em Três Lagoas, 4 em Itaporã, 4 em Ponta Porã, 3 em Itaquiraí, 3 em Fátima do Sul, 3 em Guia Lopes da Laguna, 3 em Batayporã, 3 em Paranaíba, 2 em Rio Brilhante, 2 de Brasilândia, 2 em Vicentina (sendo 1 ocorrido no estado de São Paulo), 2 em Amambai, 2 em Nova Andradina, 2 em Douradina, 2 em Naviraí, 2 em Costa Rica, 1 em Iguatemi, 1 em Sidrolândia, 1 em Glória de Dourados, 1 em Deodápolis, 1 em Anastácio, 1 em Sonora, 1 em Cassilândia, 1 em Coxim, 1 em Alcinópolis, 1 em Laguna Carapã e 1 em São Gabriel do Oeste.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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