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Campo Grande melhora índices e sai do risco médio para o tolerável da Covid-19

No Estado, 15 municípios pioraram indicadores no Prosseguir e situação preocupa

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Campo Grande, que no início de agosto estava em grau de risco da Covid-19 e passou para grau médio no início deste mês, apresentou melhoras nos indicadores referentes ao enfrentamento e passou agora para o risco tolerável, considerado bandeira amarela. 

É o que consta no relatório situacional do Programa de Saúde e Segurança da Economia (Prosseguir), com o grau de risco de todos os municípios do Estado, atualizado nesta quinta-feira (24).

De acordo com o secretário de Governo, Eduardo Riedel, 33 municípios mantiveram o grau de risco, 31 melhoraram e 15 pioraram. Na atualização anterior, Caarapó estava no risco extremo e, nesta nova, nenhuma cidade do estado se enquadra na bandeira cinza. 

Apesar das melhoras, Riedel afirma que a piora nas classificações ainda preocupa e evidencia a necessidades da manutenção ou adoção de medidas para o enfrentamento da pandemia. 

"Fica muito evidente que a epidemia está presente de maneira muito forte no Mato Grosso do Sul ainda. Pode dar a impressão de que há melhora em função do número de municípios que melhoraram o índice, mas tivemos 15 municípios que pioraram e no sudoeste é um ambiente de maior presença dessa situação", disse.

Riedel reforçou que, além das medidas recomendadas aos municípios pelo Prosseguir, a população também deve tomar atitudes preventivas, principalmente isolamento social, uso de máscaras e etiquetas de higiene, que muitos estão deixando de lado.

"Desde março neste processo muito se aprendeu, mas as pessoas também cansam, as pessoas estão numa situação desconfortável, mas tem que manter o cuidado, o máximo possível de isolamento porque temos visto em lugares do mundo inteiro, no próprio Brasil, a onda retornar num nível muito alto", ressaltou.

Para finalizar, o secretário afirmou que a reestruturação do serviço de saúde foi um ganho importante, para que não faltasse leitos de UTI para atendimentos de pacientes durante a pandemia, mas que o vírus continua e, sem a vacina, é necessário a consciência coletiva para que a situação não saia de controle. 

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Para gerar a classificação, o programa avalia indicadores municipais relacionados à:

  • disponibilidade de leitos de UTI;
  • quantidade de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s);
  • busca por contatos de casos confirmados;
  • redução da mortalidade por Covid-19;
  • disponibilidade de testes;
  • incidência na população indígena;
  • redução de casos entre profissionais da saúde;
  • redução de novos casos;
  • fronteira ou divisa com estado que tenha aumento de casos;
  • necessidade de expansão de leitos.

Classificação

Grau de risco tolerável - Bandeira amarela

  • Água Clara
  • Angélica
  • Aquidauana
  • Bataguassu
  • Camapuã
  • Campo Grande
  • Caracol
  • Corumbá
  • Dois Irmãos do Buriti
  • Figueirão
  • Guia Lopes da Laguna
  • Iguatemi
  • Inocência
  • Novo Horizonte do Sul
  • Paraíso das Águas
  • Santa Rita do Pardo
  • Selvíria
  • Sidrolândia

Grau de risco médio - Bandeira laranja

  • Alcinópolis
  • Anaurilândia
  • Aparecida do Taboado
  • Aral Moreira
  • Bandeirantes
  • Bataiporã
  • Bonito
  • Brasilândia
  • Caarapó
  • Cassilândia
  • Chapadão do Sul
  • Corguinho
  • Coronel Sapucaia
  • Costa Rica
  • Coxim
  • Deodápolis
  • Douradina
  • Eldorado
  • Fátima do Sul
  • Glória de Dourados
  • Itaporã
  • Itaquiraí
  • Ivinhema
  • Jaraguari
  • Jardim
  • Jateí
  • Juti
  • Laguna Carapã
  • Naviraí
  • Nioaque
  • Nova Alvorada do Sul
  • Nova Andradina
  • Paranaíba
  • Paranhos
  • Pedro Gomes
  • Ribas do Rio Pardo
  • Rio Brilhante
  • Rio Negro
  • Rio Verde de Mato Grosso
  • Rochedo
  • São Gabriel do Oeste
  • Sonora
  • Tacuru
  • Taquarussu
  • Três Lagoas
  • Vicentina

Grau de risco alto - Bandeira vermelha

  • Amambai
  • Anastácio
  • Antônio João
  • Bela Vista
  • Bodoquena
  • Dourados
  • Japorã
  • Ladário
  • Maracaju
  • Miranda
  • Mundo Novo
  • Ponta Porã
  • Porto Murtinho
  • Sete Quedas
  • Terenos

feriadão

Veja os direitos do trabalhador no feriado da Sexta-feira Santa

O empregador pode exigir o trabalho em feriados por motivos de força maior e realização e conclusão de serviços inadiáveis ou que acarretem prejuízo ao serviço ou função do empregado

28/03/2024 09h15

ARQUIVO/CORREIO DO ESTADO

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No feriado da Sexta-feira Santa, o descanso é garantido para profissionais que não fazem parte de categorias consideradas essenciais e trabalham com carteira assinada. Caso convocado a trabalhar nesta sexta (29), o profissional deve ter folga compensatória ou remuneração paga em dobro.

Com a revogação da portaria 3.665 de 2023, que regula a jornada de trabalho em feriados, as regras sobre remuneração e folga definidas pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) são as que vigoram.

Nova portaria seria publicada em 1º de março, mas foi suspensa por 90 dias. A medida adiada permitia o trabalho aos feriados no comércio somente se houvesse acordo coletivo, convenção coletiva ou previsão em lei municipal. Caso não haja nova suspensão, uma nova medida entrará em vigor em 1º de junho.

Larissa Maschio Escuder, advogada trabalhista do escritório Jorge Advogados, afirma que o empregador pode exigir o trabalho em feriados por motivos de força maior e realização e conclusão de serviços inadiáveis ou que acarretem prejuízo ao serviço ou função do empregado.

"Considerando a portaria 671/2021 e a CLT [Consolidação das Leis do Trabalho], caso o empregado seja escalado para trabalhar no feriado, terá direito de receber folga compensatória ou pagamento em dobro pelo dia trabalhado."

Escuder diz também que devem ser observadas as normas previstas nas convenções coletivas dos sindicatos de cada categoria e que, por se tratar de feriado, o empregado não deve ter desconto salarial ou no banco de horas.

Com exceção dos trabalhadores em atividades essenciais, existe a possibilidade de recusa justificada ao trabalho no feriado, caso haja previsão em acordo ou convenção coletiva, sem que a empresa faça qualquer desconto sobre o salário do funcionário.

No entanto, caso haja previsão de trabalho aos feriados no contrato individual, a recusa não é possível.
Somente trabalhadores considerados essenciais possuem expediente no feriado, entre eles estão profissionais dos seguintes setores:

- Indústria
- Comércio e varejo
- Transportes
- Comunicações e publicidade
- Serviços funerários
- Agricultura, pecuária e mineração
- Saúde e serviços sociais
- Atividades financeiras e serviços relacionados
- Serviços como segurança, telemarketing, lotéricas e construção civil
- Nos serviços não essenciais a compensação em dobro do dia trabalhado é obrigatória e é recomendado que trabalhadores atendam à convocação.
Não há diferença de tratamento para os trabalhadores em regime de trabalho remoto no caso de feriados e nem na emenda deles. O empregado em home office está à disposição do empregador durante aquele horário de trabalho.

Veja os FERIADOS NACIONAIS DE 2024
- 29 de março: Sexta-Feira Santa (sexta-feira)
- 21 de abril: Tiradentes (domingo)
- 1º de maio: Dia do Trabalho (quarta-feira)
- 30 de maio: Corpus Christi (quinta-feira)
- 7 de setembro: Independência do Brasil (sábado)
- 12 de outubro: Dia de Nossa Sra. Aparecida (sábado)
- 2 de novembro: Finados (sábado)
- 15 de novembro: Proclamação da República (sexta-feira)
- 25 de dezembro: Natal (quarta-feira)

ALIMENTOS-DISPERDÍCIO

Mundo joga fora mais de 1 bilhão de refeições por dia, diz ONU

Isso representa aproximadamente quase um quinto de tudo o que é produzido, "uma tragédia global"

27/03/2024 21h00

O desperdício de alimentos produz cinco vezes mais emissões de CO2 que o setor da aviação e requer grandes áreas de terra onde são cultivados alimentos que não são consumidos Crédito: Freepik

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A humanidade desperdiçou por dia o equivalente a um bilhão de refeições em 2022, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira (27) pelo Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente).

Esse cálculo é provisório e a quantidade de alimentos desperdiçados pode ser muito maior, apontam os responsáveis pelo Índice de Desperdício de Alimentos.
Embora ainda existam 800 milhões de pessoas que sofrem com a fome, o mundo desperdiçou mais de um bilhão de toneladas de alimentos em 2022, o equivalente a mais de US$ 1 trilhão (R$ 5,21 trilhões na cotação da época).

Isso representa aproximadamente quase um quinto de tudo o que é produzido, "uma tragédia global", diz o texto.

"Milhões de pessoas passarão fome hoje enquanto os alimentos são desperdiçados em todo o mundo", afirma Inger Andersen, diretora-executiva do Pnuma. E esse não é apenas um fracasso moral, mas também ambiental, destaca ela.

O desperdício de alimentos produz cinco vezes mais emissões de CO2 que o setor da aviação e requer grandes áreas de terra onde são cultivados alimentos que não são consumidos.

O relatório, em conjunto com a organização sem fins lucrativos Wrap, é o segundo sobre desperdício global de alimentos elaborado pela ONU.

À medida que a coleta de dados melhora, a verdadeira magnitude do problema se torna mais clara, diz Clementine O'Connor, também do Pnuma.

"Para mim, é simplesmente assustador", reforça Richard Swannell, do Wrap. "Seria realmente possível alimentar todas as pessoas atualmente famintas no mundo com uma refeição por dia, apenas com a comida que é desperdiçada a cada ano."

Restaurantes, refeitórios e hotéis foram responsáveis por 28% do total de desperdício de alimentos em 2022, enquanto o comércio varejista, como açougues e mercearias, descartou 12%. Os maiores culpados foram os lares, que representaram 60%, cerca de 631 milhões de toneladas.

Muito disso ocorre porque as pessoas simplesmente compram mais alimentos do que precisam, calculam mal o tamanho das porções e não comem sobras, diz Swannell.
Outro problema são as datas de validade. Existem produtos perfeitamente bons que são jogados fora porque as pessoas supõem, incorretamente, que eles estragaram.
O relatório explica também que muitos alimentos, especialmente no mundo em desenvolvimento, se perdem no transporte ou estragam devido à falta de refrigeração.

Ao contrário da crença popular, o desperdício alimentar não é um problema apenas dos países ricos e pode ser observado em todo o mundo.

Os países com climas mais quentes também geram mais resíduos, possivelmente devido ao maior consumo de alimentos frescos.

Efeitos devastadores

As empresas também contribuem para o problema porque é barato descartar produtos não utilizados graças aos aterros. "É mais rápido e fácil descartar atualmente porque a taxação do lixo é zero ou muito baixa", diz O'Connor.
O desperdício de alimentos tem "efeitos devastadores" para as pessoas e o planeta, conclui o relatório.

A conversão de ecossistemas naturais em agricultura é uma das principais causas da perda de habitat, e o desperdício de alimentos ocupa o equivalente a quase 30% da terra destinada ao uso agrícola.

"Se o desperdício de alimentos fosse um país, seria o terceiro maior emissor de gases de efeito estufa do planeta, atrás dos Estados Unidos e da China", ressalta Swannell.

NO BRASIL 

O Índice de Desperdício de Alimentos calcula que, no Brasil, a taxa, na etapa de consumo familiar, esteja em 94 kg per capita ao ano.

Essa estimativa leva em conta somente o consumo doméstico de alimentos no país, com base em um estudo piloto realizado em 2023 em cinco regiões da cidade do Rio de Janeiro, com diferentes perfis socioeconômicos.

"Embora seja um estudo restrito ao Rio de Janeiro, os dados mostram que o desperdício ocorre mesmo em bairros de classe média baixa. Os fatores que levam ao desperdício precisam ser explorados em pesquisas qualitativas. É importante destacar que o montante de 94 kg por pessoa ao ano leva em conta tanto sobras de refeições, tais como arroz e feijão, quanto cascas de frutas e ossos", diz Gustavo Porpino, analista da Embrapa Alimentos e Territórios, que atuou como revisor do índice, em comunicado.

"A metodologia do Pnuma não categoriza o desperdício em evitável e inevitável, porque considera relevante reduzir o descarte de resíduos orgânicos como um todo", explica.

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